Marcelo Toledo e André Sá , fundadores da Klivo: healthtech quer ajudar no tratamento de doenças crônicas (Klivo/Divulgação)
A Klivo é uma startup de saúde que olha para além dos planos de assistência médica. A healthtech fundada por André Sá e Marcelo Toledo, ex-sócios do banco BTG, da Stone e do Nubank quer ajudar pessoas no tratamento de doenças crônicas e para isso, acaba de captar 45 milhões de reais em uma rodada série A liderada pelo Valor Capital Group nesta terça-feira, 23.
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A proposta da Klivo é promover o tratamento humanizado para pacientes portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, obesidade e hipertensão, por exemplo. Para isso, a startup se propõe a usar tecnologia para ajudar pessoas com a prevenção e cuidados diários, como lembretes automáticos sobre horários de medicação.
Acompanhar de perto esses pacientes, porém, não depende apenas de tecnologia. A Klivo tem uma equipe multidisciplinar formada por profissionais como médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, que acompanham uma base de 21.000 pessoas, 24 horas por dia, diariamente.
“A nossa tese é simples: acreditamos que o tempo que o paciente passa fora do sistema de saúde é tão valioso quanto o tempo em que ele recorre ao atendimento”, diz Sá, fundador da startup. “O que queremos é estar ao lado dele, mantendo ele estável e sem dúvidas sobre o tratamento no meio do caminho”.
Antes da captação liderada pelo Valor Capital Group — e que também envolveu os grupos Civilization Ventures, Tau Ventures, Reaction, Canary e Norte Ventures, a Klivo também já recebeu cheques de investidores-anjo em rodada semente de 2,5 milhões de dólares, no ano passado.
Com o aporte, a nova aposta da Klivo está em aumentar suas linhas de cuidado e no futuro, triplicar a sua base de usuários já no próximo ano. “A digitalização das rotinas e a preocupação com grupos de risco mostraram a importância de gerir os cuidados com a saúde como algo prioritário para a população”, diz.
A ambição está em linha com o momento atual da empresa. Com a pandemia, a atenção às doenças crônicas esteve em alta, junto da percepção do sistema de saúde de que existe a necessidade de diferentes acompanhamentos para esse público. Nessa toada, a Klivo cresceu.
Do ano passado para cá, a healthtech que trabalha no modelo B2B2C (de empresa para empresa e então para o consumidor), cresceu no número de CNPJs em sua base. Na lista estão grandes farmacêuticas como Roche, operadoras de plano de saúde como Unimed e Prevent Senior e multinacionais da indústria, como Ambev — um dos seus principais casos de sucesso. São essas empresas que pagam pelos serviços da Klivo. Para o paciente, o atendimento é gratuito.
Chegar ao resultado esperado em 2022 vai depender de tecnologia e novos produtos, algo que será feito como o novo capital que vem com a série A.
Oportunidade para esse crescimento não vai faltar. No Brasil, 52% da população adulta já foi diagnosticada com alguma doença crônica nos últimos dois anos. O contingente de pacientes crônicos no Brasil também pesa no bolso das empresas do segmento: os pacientes crônicos representam 80% da base de custos do setor de saúde.
Nos planos da Klivo estão novos serviços relacionados à saúde mental e também aquisições em um futuro próximo.