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Franquias de times de futebol invadem a área

Com sucesso da rede Poderoso Timão, clubes como São Paulo e Vasco apostam no modelo e abrem oportunidade para empreendedores lucrarem com o time do coração

Lojas da rede Poderoso Timão oferecem mais de mil itens e faturam, em média, R$ 100 mil por mês (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 06h12.

São Paulo - Dono da segunda maior torcida do país e da marca mais valiosa do futebol brasileiro, o Corinthians tornou-se também oportunidade de lucro para pequenos empreendedores.

Com pouco mais de dois anos de vida, a rede de lojas Poderoso Timão, que vende roupas e acessórios exclusivos para torcedores da Fiel, foi a segunda franquia que mais cresceu no ano passado segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Com cerca de 100 unidades em funcionamento (quatro vezes mais que no ano anterior), a rede deve encerrar este ano com um faturamento superior a R$ 100 milhões e pelo menos mais 20 novas lojas em atividade.

Os fieis consumidores gastam em média de R$ 60 a R$ 150 em cada visita a uma loja da rede, que fatura entre R$ 50 mil e R$ 150 mil por mês. A margem de lucro pode chegar a até 20%.

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Cada loja conta mais de mil itens à disposição do torcedor e traz lançamentos todas as semanas. Mas, segundo André Giglio, sócio-diretor da Francap, que administra a rede Poderoso Timão em parceria com a SPR, não são só os aficionados que são seduzidos pelo variado acervo. “Temos um alto volume de compras para presente”, relata.

E não é só o empreendedor que lucra com o modelo. Cada franqueado destina e 7% e 10% do seu faturamento ao pagamento de royalties, que são repassados ao clube. "Além de encontrar produtos exclusivos, o torcedor contribui com o seu time. É um incentivo a mais", diz  Giglio. “O que explica o sucesso do negócio é o tamanho e a capilaridade das torcidas no Brasil”, justifica

O Corinthians foi pioneiro em adotar o modelo, mas outros clubes estão de olho na oportunidade de faturar com a paixão do torcedor.

A franquia São Paulo Mania estreou em dezembro do ano passado e a marca Gigante da Colina, do Vasco, se prepara para abrir suas três primeiras lojas ainda neste trimestre.

O plano é chegar ao final do ano com mais de 40 lojas de cada uma das marcas abertas. Outros clubes, como Internacional e Fluminense, também teriam planos de investir no modelo.


Para Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF, o modelo chegou para ficar. “O sucesso do Poderoso Timão encorajou outros clubes a montarem operações similares”, diz.

De acordo com ele, as franquias de times faturaram R$ 96 milhões em 2010 e a previsão de crescimento para este ano é de pelo menos 40% - além das lojas de roupas e acessórios, o número inclui o faturamento das franquias de escola de futebol de clubes como Flamengo e Ponte Preta.

Para aproveitar a oportunidade, não é necessário ser fã de carteirinha de nenhum clube, nem mesmo um amante do futebol. “O requisito principal é ser bom em gestão. Ser um torcedor ajuda, mas não é fundamental”, assegura Giglio.

O investimento médio para abrir uma loja de time varia entre 150 mil a 250 mil, dependo do ponto comercial escolhido. O prazo para retorno do investimento é estimado em 18 a 36 meses.

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