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Fintech Conta Simples quer movimentar R$ 4 bi até o fim de 2021

Negócio que facilita a burocracia de PMEs interessadas numa conta pessoa jurídica recebeu mais uma aporte de US$ 2,5 mi da aceleradora Y Combinator e quer virar uma SCD

Rodrigo Tognini, Ricardo Gotschalk e Fernando Santos, fundadores da Conta Simples: meta de movimentar 4 bilhões de reais até o fim do ano (Divulgação/Divulgação)
LB

Leo Branco

Publicado em 24 de junho de 2021 às 09h55.

Última atualização em 25 de junho de 2021 às 11h01.

Dedicada a resolver uma tarefa ingrata na vida de todo empreendedor —a abertura de uma conta de pessoa jurídica com serviços capazes de dar conta das demandas de uma empresa em crescimento—, afintechpaulistanaConta Simplestem provado a viabilidade deste modelo de negócios.

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O negócio começou a funcionar em 2019, meses antes da pandemia, e já movimenta valores expressivos. De lá para cá, mais de 2,3 bilhões de reais de uma base de 25.000 clientes já passaram pela plataforma da fintech. “A perspectiva é chegar a 4 bilhões de reais até o fim do ano”, diz o administrador Rodrigo Tognini, sócio-fundador da fintech ao lado de Ricardo Gotschalk e Fernando Santos.

Por causa da expansão acelerada, a Conta Simples acaba de receber uma nova rodada de investimento da aceleradora Y Combinator , uma das mais relevantes do Vale do Silício. O aporte, do tipo seed extension, uma espécie de ‘repeteco’ de investimento feito há pouco tempo, foi no valor de 2,5 milhões de dólares —o equivalente a 14 milhões de reais.

É a primeira startup brasileira com investimentos desse porte por parte da aceleradora. Em julho do ano passado, a Y Combinator já havia colocado 150.000 dólares no negócio. Em dezembro, fundos de peso na América Latina como o Quartz, FJ Labs, Big Bets, DOMO e Ab Seed também colocaram recursos na startup. Ao total, a Conta Simples captou 30 milhões de reais nos últimos 12 meses.

Na visão dos sócios, a injeção de recursos dá fôlego para a expansão. “É um movimento raro da Y Combinator”, diz. A ideia é usar os recursos para ampliar a mão de obra —no radar está a abertura de 100 vagas de trabalho, a maioria em TI --, e seguir na estratégia de marketing para captação de clientes.

No radar da Conta Simples também está o pedido junto ao Banco Central para virar uma Sociedade de Crédito Direto —também conhecida pela sigla SCD—, uma figura jurídica com mais autonomia para operações financeiras. Atualmente, a Conta Simples aluga a estrutura de outros bancos para oferecer os serviços.

A proposta de valor da Conta Simples é a de oferecer uma conta pessoa jurídica para pequenas e médias empresas com um funcionamento sem a enrolação típica dos bancos tradicionais de varejo. Neles, não é raro o empreendedor esperar um bocado para resolver questões simples como a abertura de conta.

A ideia do negócio surgiu de conversas de Tognini com outros empreendedores de setores com uso maciço de tecnologia, como o comércio eletrônico. É um grupo acostumado a fazer pagamentos de todo o tipo —seja para comprar espaço de armazenamento de dados na nuvem ou assinar algum software de gestãoas a service. “Tinha fundador de startup já graúda fazendo essas transações nos seus cartões de crédito pessoais porque a burocracia dos bancos atrasava o processo de abertura de uma conta jurídica”, diz Tognini.

Na Conta Simples, a papelada utilizada pelos bancos de varejo para medir o risco de abertura de uma conta de pessoa jurídica foi substituída por uma tecnologia de inteligência artificial dedicada a rastrear dados dos empreendedores interessados na conta —e, dessa maneira, dar o ok (ou reprovar) o pedido.

Além de um cartão de crédito, a Conta Simples oferece atualmente serviços como uma plataforma de gestão de pagamentos em que é possível, por exemplo, discriminar quem numa startup pode ter acesso ao cartão de crédito corporativo da empresa. Entre os clientes estão nomes em destaque no cenário de startups do Brasil, como a Vee.digital, de benefícios de recursos humanos.

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