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Fábrica de brinquedos usa criatividade e reduz gastos com materiais

Com medidas simples, empresário de São Paulo investe na sustentabilidade

Após a reestruturação a produção triplicou; hoje a empresa produz 70 modelos diferentes de brinquedos (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2012 às 11h49.

Brasília – O mundo da fantasia sempre encantou o artesão Fernando Boleiz. E foi a mola que o levou a abrir, em 2008, as portas da empresa Pipoquinha, especializada em brinquedos educativos, produzidos em MDF. Enquanto estimulava a imaginação, a coordenação motora e a criatividade das crianças com jogos interativos, o empresário adotava ações de sustentabilidade para crescer. O resultado foi mais produção e menos gastos. Com o apoio do Sebrae e algumas ações simples, ele conseguiu reduzir em 40% as sobras de matéria-prima e em 30%, o consumo de energia elétrica.

À época da inauguração da Pipoquinha, sem experiência empresarial, Fernando percebeu que o gasto de energia e o desperdício das sobras da matéria-prima consumiam boa parte do lucro da empresa. Ele conta que eram hábitos o liga-desliga frequente das máquinas e deixar as luzes acesas por horas a fio. “A conscientização de todos nós foi essencial para que a Pipoquinha encontrasse o rumo certo”, admite Fernando. A produção inicial da empresa girava em torno de 1,5 mil peças por mês e dois funcionários davam conta das encomendas.

Incomodados com a situação, Fernando e a sócia, Andréa Fernandes, responsável pelos desenhos dos brinquedos, procuraram o Sebrae atrás de conhecimentos. Participaram de cursos e aprenderam a tornar, aos poucos, o negócio sustentável. Trocaram as lâmpadas tradicionais por fluorescentes e passaram a reaproveitar os descartes de madeira para transformá-los em outros objetos. “Pegamos as sobras e criamos novos produtos”, comemora o empresário.

Novos mercados

A produção triplicou e hoje a empresa produz 70 modelos diferentes de brinquedos, cujos preços variam de R$ 12 a R$ 75. As 4,5 mil produzidas geram faturamento anual de R$ 400 mil. Os produtos são vendidos para lojas especializadas em brinquedos educativos de São Paulo e também para outros mercados brasileiros, como Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.

Fernando sabe que ter um negócio verde significa não somente mais dinheiro no bolso. Significa também consciência tranquila: “Não há como fugir da sustentabilidade. Hoje só tem vida longa como empresário, quem mudar a atitude”, afirma o empreendedor.

Rio+20

Há 40 anos, o Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável da micro e pequena empresa. Sustentabilidade é empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e responsabilidade social e ambiental. Por isso, a entidade é parceira oficial da Rio+20.

O Sebrae representa 99,1% das empresas brasileiras, mais de 2 milhões de empreendedores individuais e 4,4 milhões de agricultores familiares: um universo de mais de 37 milhões de pessoas.

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Brasília – O mundo da fantasia sempre encantou o artesão Fernando Boleiz. E foi a mola que o levou a abrir, em 2008, as portas da empresa Pipoquinha, especializada em brinquedos educativos, produzidos em MDF. Enquanto estimulava a imaginação, a coordenação motora e a criatividade das crianças com jogos interativos, o empresário adotava ações de sustentabilidade para crescer. O resultado foi mais produção e menos gastos. Com o apoio do Sebrae e algumas ações simples, ele conseguiu reduzir em 40% as sobras de matéria-prima e em 30%, o consumo de energia elétrica.

À época da inauguração da Pipoquinha, sem experiência empresarial, Fernando percebeu que o gasto de energia e o desperdício das sobras da matéria-prima consumiam boa parte do lucro da empresa. Ele conta que eram hábitos o liga-desliga frequente das máquinas e deixar as luzes acesas por horas a fio. “A conscientização de todos nós foi essencial para que a Pipoquinha encontrasse o rumo certo”, admite Fernando. A produção inicial da empresa girava em torno de 1,5 mil peças por mês e dois funcionários davam conta das encomendas.

Incomodados com a situação, Fernando e a sócia, Andréa Fernandes, responsável pelos desenhos dos brinquedos, procuraram o Sebrae atrás de conhecimentos. Participaram de cursos e aprenderam a tornar, aos poucos, o negócio sustentável. Trocaram as lâmpadas tradicionais por fluorescentes e passaram a reaproveitar os descartes de madeira para transformá-los em outros objetos. “Pegamos as sobras e criamos novos produtos”, comemora o empresário.

Novos mercados

A produção triplicou e hoje a empresa produz 70 modelos diferentes de brinquedos, cujos preços variam de R$ 12 a R$ 75. As 4,5 mil produzidas geram faturamento anual de R$ 400 mil. Os produtos são vendidos para lojas especializadas em brinquedos educativos de São Paulo e também para outros mercados brasileiros, como Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.

Fernando sabe que ter um negócio verde significa não somente mais dinheiro no bolso. Significa também consciência tranquila: “Não há como fugir da sustentabilidade. Hoje só tem vida longa como empresário, quem mudar a atitude”, afirma o empreendedor.

Rio+20

Há 40 anos, o Sebrae promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável da micro e pequena empresa. Sustentabilidade é empreendedorismo, eficiência, inovação, gestão, lucro e responsabilidade social e ambiental. Por isso, a entidade é parceira oficial da Rio+20.

O Sebrae representa 99,1% das empresas brasileiras, mais de 2 milhões de empreendedores individuais e 4,4 milhões de agricultores familiares: um universo de mais de 37 milhões de pessoas.

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