Empresários do RJ vão a Paris para ver indústria da moda
Missão é liderama pela Firjan para que empresários ganhem experiência
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Rio de Janeiro - Uma delegação de 40 empresários brasileiros de micro e pequeno portes e de representantes do setor têxtil e de confecção do estado do Rio seguiu hoje (2) para Paris, na França, uma das capitais mundiais da indústria da moda.
"É um aprendizado in loco com uma das experiências que é referência mundial: a moda em Paris", disse à Agência Brasil o gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), João Paulo Alcântara.
A missão foi organizada para que os empresários brasileiros conheçam experiências que possam ser revertidas em ganhos de competitividade, novos negócios e produtos com maior valor agregado. "A ideia é dar aos empresários referências para que eles possam se planejar e estruturar. Não basta só trazer compradores ao Brasil e apresentar os produtos que eles têm hoje", explicou o gerente do CIN. "A gente também olha para o lado do desenvolvimento da empresa, para que o negócio esteja sempre caminhando no sentido de maior competitividade e melhoria de produtos".
Os empresários acompanharão em Paris, até o próximo dia 12, todo o processo de desenvolvimento de produtos ligados à moda. Manterão contato com especialistas do comércio varejista francês sobre tendências e critérios utilizados para a aquisição de bens. Também estão programadas visitas a oito feiras que estão ocorrendo simultaneamente na capital francesa. "Eles irão fazer uma imersão em moda francesa por uma semana. Esse é o foco da missão", afirmou Alcântara.
Os pequenos empresários brasileiros serão acompanhados pela equipe do Senai Moda e Design do Rio de Janeiro. Os brasileiros vão ficar sabendo, por exemplo, como os lojistas franceses preparam uma vitrine, como se organiza uma coleção para apresentação ao público, a logística das feiras de moda, a história da moda francesa e como funcionam as escolas de formação de estilistas e de mão de obra da indústria de vestuário. "Vamos passar, realmente, por toda a cadeia do vestuário francês, tendo isso como uma referência e influência do que hoje está sendo apresentado como tendência para as próximas estações".
A participação do estado do Rio de Janeiro na exportação de moda brasileira subiu de 3,71%, em 2001, para 15,57% nos quatro primeiros meses deste ano, de acordo com dados do CIN. "Isso mostra como o Rio vem ganhando relevância nessa pauta", observou Alcântara. O preço médio do quilo do produto de confecção e moda exportado pelas indústrias fluminenses no primeiro quadrimestre de 2010 alcançou US$ 86,59, contra US$ 22,75 em 2002. O preço representa mais que o dobro do valor médio do quilo exportado pelo Brasil no período, que foi de US$ 34, segundo informou o gerente do CIN.
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