Empreendedorismo digital abre espaço para pequenos negócios
Brasileiros passaram a trabalhar por conta própria e descobriram que podem transformar conhecimento e paixões em lucro
Beatriz Correia
Publicado em 13 de setembro de 2021 às 12h52.
Última atualização em 13 de setembro de 2021 às 12h53.
Com certeza você já deve ter visto algum curso online bombar na internet. Tem aulas de violão, marketing, finanças pessoais, beleza e até sobre cafés. Mas, o que você pode talvez não saber é que, por trás desses cursos, há sempre um empreendedor que conseguiu fazer de uma habilidade ou paixão um negócio que gera lucro.
Durante a quarentena, o tráfego nas redes sociais e na própria internet aumentou. Lives, jogos, e-books, bate-papos, cursos online e outras plataformas chamaram a atenção dos usuários, e esse cenário mostra a mudança do público brasileiro que trocou ambientes físicos pelo virtual, até no momento de estudar e se aperfeiçoar. A HeroSpark , solução completa para empreendedores digitais, viu a venda de cursos online aumentar entre janeiro e julho de 2021. O salto foi de 60% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Para Rafael Carvalho, COO da startup, a pandemia acelerou ainda mais esse movimento e, além disso, transformou as redes sociais e as plataformas digitais em um ambiente propício para o empreendedorismo. “O consumo da internet e a participação das pessoas no universo digital já estava em alta e assim como foi para diversos setores, a pandemia só acelerou mais esse cenário. Isso também abriu os olhos das pessoas que perderam o emprego, muitas delas viram esse mercado como uma alternativa para ganhar uma renda extra”, avalia.
Com o alto índice de desemprego e a economia abalada, inúmeros brasileiros tiveram que aceitar ‘bicos’, se reinventar e investir em novos meios para gerar renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgados na última terça-feira (31), o trabalho por conta própria cresceu 14,7% em um ano, o índice bateu o patamar recorde de 24,8 milhões de pessoas.
Um dos exemplos com esse perfil é o das sócias Josiane Shizuno e Michelle Ambos. Juntas criaram a Casa Di Pães - sem glúten, sem lactose e produtos low carb. Michelle entrou no desafio por necessidade, frente ao desemprego na pandemia. Para ela, agora, o objetivo é inaugurar um espaço físico e expandir o atendimento. “Eu estava desanimada com a profissão e vi nisso uma oportunidade de me reinventar em meio à pandemia. Trabalhar por conta com um negócio que eu amo e acredito me deixa mais realizada”, afirma, enquanto Josiane completa: “Nosso negócio me deixou ainda mais esperançosa. Eu era dona de casa e agora estou indo morar em outra cidade para que esse sonho aconteça”.
Já Stephanne Fernandes, parceira da HeroSpark, é uma empreendedora digital que aprendeu na prática estratégias de branding e marca pessoal e ensina para seus seguidores como se posicionarem na internet. Segundo ela, a paixão e a vontade de compartilhar conhecimento foram essenciais para sua trajetória. “Coincidentemente a pandemia surgiu bem no momento em que eu estava largando a CLT para empreender. Comecei, então, como social media, porque já tinha experiência na área, e acabei criando um perfil no Instagram para compartilhar meus conhecimentos. Foi assim que esbarrei no mundo das mentorias e consultorias e me apaixonei. Hoje minha renda vem 100% desses infoprodutos”, comenta.
Segundo Carvalho, todos podem viver da sua paixão, transformar aquilo que conhecem, suas experiências e ideias em um negócio de alto impacto e lucro. “Na HeroSpark nós já vimos inúmeras histórias: já ajudamos mais de 10 mil pessoas a fazer seus projetos decolarem na internet e isso motivou também a criação do livro Paixão S.A., que fala sobre empreendedorismo digital, marketing e claro, paixão e habilidade como negócio. Afinal, são as nossas paixões e histórias que fazem a gente seguir diariamente”, finaliza.