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Doce Cacau reformula marca para chegar a novos mercados

A empresa mineira, agora chamada Qoy, mudou toda a identidade visual e até o nome para poder crescer

Além da matéria-prima, todas as embalagens e o design das lojas foram reformulados para a expansão
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 10h53.

São Paulo - A decisão de mudar o nome de uma marca já consolidada é uma estratégia arriscada para a maioria dos negócios. Com a Doce Cacau não foi diferente.

Há um ano, a empresa decidiu que era hora de ingressar em novos mercados e a mudança seria imprescindível. Virou Qoy. "Precisávamos ter uma personalidade, de o cliente escutar o nome e não se confundir", conta Flávia Falci, diretora comercial e sócia-proprietária da Qoy.

A empresária atua há 21 anos, ao lado de sua  irmã Andréia Falci, no ramo de chocolates. No começo, produziam as guloseimas em casa e vendiam na escola. O negócio deu tão certo que começou a ficar sério e há 12 anos elas criaram a Doce Cacau.

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A empresa mineira hoje tem oito unidades, sendo uma loja própria e sete franquias. "A Doce Cacau sempre trabalhou com o público A e B, mas novas marcas surgiram e popularizaram a venda de chocolate com nomes parecidos", conta Flávia.

Quando chegou a hora de crescer, as irmãs decidiram consultar a empresa de planejamento 2 Pontos Wide Business para ajudar no novo posicionamento da marca. "Foi todo um processo embasado em pesquisa e planejamento. O objetivo é o aumento de volume e de consumo e um posicionamento mais definido no mercado", explica.

Uma das primeiras constatações foi que, apesar de já estar consolidada no mercado mineiro, o negócio precisava crescer e a palavra "cacau" no nome remetia a outras marcas, já fortes em São Paulo, por exemplo. Por isso, decidiram que a nova marca seria batizada de "Qoy", que significa precioso. Segundo Flávia, "os antigos usavam essa palavra para se referir ao suco do cacau, por ele ser revigorante".

Com nome nove, chegou a hora de partir para a conquista de novos mercados. A principal bandeira para chegar a outros estados é a do chocolate gourmet, como combinações para harmonizar com vinhos. "O objetivo não é introduzir gordura hidrogenada no chocolate e reduzir preço. Para um público diferenciado, precisa ser diferente", explica Flávia.


Além da matéria-prima, todas as embalagens e o design das lojas foram reformulados para a marca se consolidar nacionalmente em um mercado que movimenta mais de 5 bilhões de reais ao ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Balas e Derivados (Abicab).

Até agora, três lojas de Belo Horizonte já estão no novo formato. "Tivemos um retorno imediato. O novo layout das lojas foi desenvolvido para aumentar o consumo. As pessoas deram mais importância para a textura e a cor do chocolate", conta. A Qoy espera aumentar em 15% a entrada de pessoas na loja e 35% o ticket médio.

A empresa, que começou o processo de franquias em 2000, planeja abrir 20 unidades em 12 meses, principalmente em São Paulo e no Nordeste. Uma franquia da rede custa em torno de 250 mil reais, com retorno em 24 meses.

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