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Disney aposta em startups para moldar futuro da empresa

A safra deste ano de nove empresas revela o interesse da Disney em e-sports, realidade virtual, robótica e conteúdos “snackable”


	Disney: “Nós pensamos no futuro da mídia e do entretenimento e em como vemos a evolução do mundo”
 (Foto/Getty Images)

Disney: “Nós pensamos no futuro da mídia e do entretenimento e em como vemos a evolução do mundo” (Foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2016 às 15h47.

Los Angeles - A Atom Tickets permite que você compre antecipadamente os ingressos e a pipoca do cinema, e divida o custo com um amigo.

A Ader conecta comerciantes e entusiastas dos videogames que vão falar sobre esses produtos enquanto jogam uma partida pela internet. E a Pley possibilita alugar brinquedos de marcas como Lego e bonecas American Girl por uma mensalidade de US$ 13.

Essas empresas estão entre as nove que participaram do programa Accelerator, da Walt Disney Co., neste ano. A tutoria, que dura três meses na sede da Disney em Burbank, Califórnia, nos EUA, reúne empresas novatas e gerentes, entre eles o CEO Bob Iger.

O programa dá à Disney a possibilidade de estabelecer parcerias com startups promissoras e aos investidores uma visão sobre o que a maior empresa de entretenimento do mundo considera como oportunidades lucrativas.

A safra deste ano de nove empresas -- que apresentam na quinta-feira seus planos de negócios a executivos da Disney, investidores de risco e mídia -- revela o interesse da Disney em e-sports, realidade virtual, robótica e conteúdos “snackable” (de consumo rápido) para redes sociais.

“Nós pensamos no futuro da mídia e do entretenimento e em como vemos a evolução do mundo”, disse Michael Abrams, executivo da Disney que administra o programa. “Nós nos concentramos nas áreas que consideramos importantes.”

BB-8 de brinquedo

O programa Disney Accelerator, agora em seu terceiro ano, possibilitou algumas parcerias bem-sucedidas.

A Sphero, empresa de robótica com sede em Boulder, Colorado, nos EUA, e uma das participantes de 2014, produziu o brinquedo de sucesso do ano passado, uma cópia de US$ 150 do BB-8, o androide do filme “Star Wars: O Despertar da Força”, da Disney.

Em edições anteriores, participaram do programa empresas de apenas um mês de existência e alguns produtos que pareciam um pouco fora do âmbito da Disney, como a Open Bionics, que fabrica membros artificiais para crianças.

A safra deste ano focou mais em empresas que estão em etapas mais avançadas, disse Abrams.

Entre as que vão se apresentar no Demo Day 2016 estão:

A Jaunt Inc., que produz vídeos para assistir com óculos de realidade virtual. A Disney investiu na empresa no ano passado e colaborou em produções para sua divisão ABC News. Mais parcerias estão em andamento, disse Abrams.

A Hanson Robotics, com sede em Hong Kong, que cria robôs que parecem vivos, conversam e imitam expressões humanas.

Ela poderia ser uma oportunidade para a Disney, a maior operadora de parques temáticos do mundo, porque está criando novas atrações baseadas em filmes como “Star Wars” e “Avatar”.

A Playbuzz, que fabrica ferramentas de edição digital que dão a possibilidade a profissionais de marketing e blogueiros de criarem pesquisas ou enquetes, por exemplo, que depois distribuem a parceiros que as divulgam nas redes sociais.

Seus conteúdos estão entre as prioridades do Facebook.

“Essas são empresas em que a Disney precisa estar”, disse Abrams.

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