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Deborah Secco se torna sócia da startup para manicures Singu

Atriz investe pela primeira vez em negócios inovadores e se associa a marketplace de beleza que reúne "milhares de profissionais"

Deborah Secco: atriz conheceu o marketplace Singu ao usar seus serviços (André Nicolau/Divulgação)

Mariana Fonseca

Publicado em 3 de julho de 2019 às 07h00.

Última atualização em 3 de julho de 2019 às 07h18.

Celebridades investirem em startups não é algo tão incomum em potências como o Vale do Silício -- o ator Ashton Kutcher, por exemplo, tem o seu próprio fundo e coloca recursos em negócios como os marketplaces Airbnb e Uber e a plataforma de streaming musical Spotify.

Estamos no começo de um movimento similar no Brasil, com a popularização das startups. A atriz Deborah Secco (de novelas como Lações de Família, O Beijo do Vampiro, A Favorita e Segundo Sol ) acabou de se tornar sócia do marketplace de beleza e bem-estar Singu. Além de investidora e a nova imagem do negócio, a atriz será também diretora criativa.

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Enquanto Secco adiciona uma alternativa de investimento, a Singu ganha um novo impulso para crescer -- o negócio projeta triplicar de tamanho neste ano.

Singu: começo e crescimento

Criada há três anos pelo empreendedor Tallis Gomes, fundador do aplicativo de mobilidade urbana Easy Taxi, a Singu concentra “milhares de profissionais de beleza” e fornece “dezenas de milhares de serviços de beleza e bem-estar mensalmente”, como manicure e depilação.

Os preços dos serviços são tabelados e o atendimento é no local de preferência do cliente, sete dias por semana entre 7h e 21h30. A manicure sai por R$ 48 e uma escova modelada custa a partir de R$ 76.

Seus serviços estão disponíveis por um aplicativo próprio e pelos de parceiros, como a startup colombiana de delivery Rappi.

-(Singu/Divulgação)

A startup já recebeu 18 milhões de reais em aportes, desde recursos do próprio fundador até os de executivos do mercado financeiro e das famílias das marcas O Boticário e Natura. O negócio quadruplicou em 2017 e triplicou em 2018, na comparação com os anos anteriores. A Singu faturou “dezenas baixas de milhões” em 2018 e espera, neste ano, arrecadar “dezenas altas de milhões” e triplicar receita, profissionais e serviços de beleza e bem-estar mediados.

Para isso, o foco estará nas operações bancárias. A Singu já emite cartões de débito e crédito e 90% de sua base de profissionais usa a antecipação de recebíveis (geralmente, em uma salão de beleza as manicures demoram ao menos 15 dias para receberem). “Boa parte do nosso público não é bancarizado. É uma linha de receita para nós, mas também a criação de um vínculo com nosso profissional”, diz Gomes.

De cliente para sócia

De acordo com Secco, o interesse pela Singu começou quando ela mesma testou o serviço diversas vezes, desde fevereiro do ano passado. “Faço as unhas duas ou três vezes por semana, por diferentes gravações e eventos, e preciso marcar em cima da hora. Acho a Singu muito prática”, conta a atriz.

“Ao mesmo tempo, já vinha procurando um investimento diferente da minha área. As startups me fascinam porque estão mudando as nossas vidas. Converso com as manicures e percebo como elas se tornaram suas próprias patroas, quando antes era difícil conciliar o emprego com as tarefas de casa que recaem sobre elas.”

A ambição de Secco se encontrou com a de Gomes. “Fizemos um estudo que mostrou como a nossa maior receita vinha de um público que também a acompanhava. Daí propomos que ela composse sua carteira de investimentos com produtos de venture capital [aportes em startups]”, diz o fundador da Singu.

O valor do investimento e a participação de Secco na empresa não foram divulgados. A atriz é diretora criativa e visitará a startup a cada uma ou duas semanas. Uma ação já aprovada é premiar as manicures que mais e melhor atendem, por exemplo.

A princípio, a ideia era manter a personalidade pública da atriz separada do cargo de investidora. A oportunidade de impulsionar a popularização da Singu, porém, fez Secco se tornar a nova cara da startup.“Em um modelo de negócio B2C [de empresa a consumidor final], trazer uma celebridade se reflete em crescimento”, afirma Gomes.

Cada vez mais, as personalidades não chegarão às startups apenas para filmarem comerciais ou participarem de anúncios. Colocar dinheiro em um negócio inovador tornou-se um bom negócio.

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