iFood vai destinar R$50 mi em fundo para pequenos restaurantes
Empresa de delivery anunciou três medidas que irá adotar para tentar minimizar os efeitos da crise sobre os parceiros da plataforma
Carolina Ingizza
Publicado em 18 de março de 2020 às 21h48.
Última atualização em 18 de março de 2020 às 22h12.
A empresa de delivery brasileira iFood divulgou na noite desta quarta-feira 18 que irá destinar 50 milhões de reais do seu faturamento a um fundo de assistência a restaurantes , com foco especial nos pequenos estabelecimentos locais — fortemente impactados pela crise provocada pela pandemia de coronavírus .
O iFood também informou que irá antecipar os recebimentos dos restaurantes que operam na plataforma. Assim, todos que quiserem, poderão receber o pagamento sete dias após a venda feita pelo aplicativo. Pelos cálculos da empresa, isso irá injetar até 600 milhões de reais no mercado brasileiro.
Outra ação adotada pela companhia é a devolução de todo o valor cobrado em taxas sobre o serviço “para retirar”, em que o cliente encomenda o pedido pelo app do iFood, mas busca a entrega no restaurante.
De acordo com comunicado enviado à imprensa, a estratégia é uma forma dos restaurantes permanecerem “ainda como ponto de retirada de pedidos, o que mantém viva a atividade principal: o salão”. Hoje, 120.000 restaurantes brasileiros, em mais de mil cidades do país, usam o recurso.
As ações vão entrar em vigor a partir do dia 2 de abril. Na próxima quarta-feira, dia 25 de março, a empresa irá apresentar detalhadamente como cada uma das novidades irá funcionar. "Para nós, é de extrema importância que sejamos parceiros desses estabelecimentos nos próximos meses para que, juntos, possamos atravessar este momento difícil", escreveu a empresa.
Medidas de proteção
Nesta semana semana, o iFood também tinha anunciado a criação de um fundo de 1 milhão de reais para dar suporte aos motoristas parceiros que precisarem se ausentar pelo coronavírus. O entregador que ficar doente receberá um valor baseado na média dos repasses dos últimos 30 dias, proporcional aos 14 dias de quarentena.
Estão aptos a receber o auxílio, entregadores que realizaram pelo menos uma entrega desde o primeiro dia de fevereiro e que foram autorizados pela plataforma até o dia 15 de março. Após abertura de um chamado para reportar o diagnóstico positivo de covid-19, o motorista terá a conta bloqueada por 14 dias e poderá enviar as evidências necessárias para receber o valor do fundo em até 30 dias.
Para minimizar a chance de contágio dos consumidores, a empresa habilitou a opção de “entrega sem contato”, utilizada também pela Rappi. A opção pode ser escolhida pelo cliente na hora de realização do pedido, que exige pagamento online. Na hora da entrega, o motorista deixará a encomenda no local sem interagir fisicamente com o cliente, deixando o pacote no local indicado.