Copa vai gerar 448 oportunidades para pequenas empresas
Sebrae apresenta mapeamento em quatro setores da economia e lança programa de capacitação e desenvolvimento
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2011 às 14h09.
Rio de Janeiro - Construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo. Esses quatro setores da economia oferecem 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Os dados fazem parte do `Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede´, divulgado pelo Sebrae nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro.
O mapeamento é uma das ações previstas no Programa Sebrae na Copa de 2014, que receberá, até 2013, investimentos de R$ 79,3 milhões. Os recursos serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados, como o Sebrae Mais, Sebraetec, Agentes Locais de Inovação (ALI) e Centrais de Negócios. Para atender à demanda, novas soluções também poderão ser criadas.
De acordo com o mapeamento do Sebrae, encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), haverá possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos antes, durante e após o evento esportivo.
Alguns exemplos são as agências de viagens emissivas e de receptivo, fornecedores de uniformes, empresas de terraplanagem, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas, comércio de reparação e manutenção de equipamentos de comunicação, empresas de Internet e infraestrutura de tecnologia da informação (TI), produção de artesanato, design de produtos e embalagens, fornecedores de material e mobiliário de escritório.
As 448 oportunidades de negócios foram extraídas de uma lista de atividades nas quais essas empresas podem empreender com grande chance de sucesso. Esses segmentos incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) e os negócios diretamente com o mercado – que representam a maior parte das oportunidades.
Ainda no primeiro semestre de 2011, serão mapeados mais cinco setores: agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços.
Legado
Além da realização de negócios, o Programa Sebrae na Copa 2014 aproveita o impulso do evento esportivo para trabalhar no desenvolvimento das micro e pequenas empresas. “A ideia é permitir que elas ocupem um espaço maior na economia, não apenas no período até 2014, mas no futuro. Atualmente, 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas e elas respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países como a Alemanha, a participação no PIB chega a 40%”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Entre as ações para a Copa, está prevista, inicialmente, a capacitação de 7,7 mil empreendimentos avançados (com mais de dois anos de funcionamento) nas 12 cidades-sede, que serão multiplicadoras dos avanços de gestão e inovação para centenas de milhares de outros empreendimentos. “Tão importante quanto fazer essa capacitação de gestores é articular, junto às grandes corporações, a inserção das pequenas empresas nas principais cadeias produtivas. Já iniciamos o diálogo com as principais associações empresariais nesse sentido”, revela Luiz Barretto.
Neste primeiro momento, o levantamento está sendo feito em âmbito nacional. A segunda etapa será a identificação das atividades mais promissoras em cada estado que sedia a Copa, levando em consideração as aptidões locais.
Estão em andamento 14 mapeamentos locais, sendo nove no setor da construção civil – no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal, Ceará e Paraná. Em tecnologia da informação, os mapeamentos ocorrem no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Distrito Federal e Ceará. Até maio, deverão estar concluídos os dados regionais dos quatro setores.
As atividades priorizadas pelos estados serão trabalhadas em encontros de negócios organizados pelo Sebrae e irão contar com a participação de empresários (fornecedores e compradores de produtos e serviços), associações de classe, bancos de financiamento e outras entidades. Ao todo, serão 12 encontros, um por cidade-sede, que devem começar no primeiro semestre.
Regras do jogo
O Mapa de Oportunidades aponta quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários possam garantir seu espaço no mercado. Eliminatórios são aqueles sem os quais uma empresa é ou não contratada, normalmente por questões legais, como alvará de funcionamento, nota fiscal, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Inscrição Estadual.
Já os requisitos classificatórios são os que agregam valor à empresa, sendo uma condição diferencial que poderá aumentar as chances de desenvolvimento e exploração dos negócios. São de três tipos: documentação específica (como Crea e certificações ISO), gestão e sustentabilidade.
No setor de turismo, contam pontos a favor da empresa o apoio no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e a contratação prioritária de mão de obra de fornecedores locais.
Outro dado relevante do mapeamento é o índice de densidade das empresas nas atividades dos setores. Esse índice oscila entre 0 e 1. Um índice 0,80 significa que, do total de empresas da respectiva atividade econômica, 80% delas são micro e pequenas.
No setor de tecnologia da informação, as atividades de rádio têm nível de densidade de 0,82. No turismo, os serviços de guia registram índice de 0,99.
Rio de Janeiro - Construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo. Esses quatro setores da economia oferecem 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Os dados fazem parte do `Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede´, divulgado pelo Sebrae nesta terça-feira (29), no Rio de Janeiro.
O mapeamento é uma das ações previstas no Programa Sebrae na Copa de 2014, que receberá, até 2013, investimentos de R$ 79,3 milhões. Os recursos serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados, como o Sebrae Mais, Sebraetec, Agentes Locais de Inovação (ALI) e Centrais de Negócios. Para atender à demanda, novas soluções também poderão ser criadas.
De acordo com o mapeamento do Sebrae, encomendado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), haverá possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos antes, durante e após o evento esportivo.
Alguns exemplos são as agências de viagens emissivas e de receptivo, fornecedores de uniformes, empresas de terraplanagem, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas, comércio de reparação e manutenção de equipamentos de comunicação, empresas de Internet e infraestrutura de tecnologia da informação (TI), produção de artesanato, design de produtos e embalagens, fornecedores de material e mobiliário de escritório.
As 448 oportunidades de negócios foram extraídas de uma lista de atividades nas quais essas empresas podem empreender com grande chance de sucesso. Esses segmentos incluem as compras governamentais (com as garantias previstas na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa) e os negócios diretamente com o mercado – que representam a maior parte das oportunidades.
Ainda no primeiro semestre de 2011, serão mapeados mais cinco setores: agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços.
Legado
Além da realização de negócios, o Programa Sebrae na Copa 2014 aproveita o impulso do evento esportivo para trabalhar no desenvolvimento das micro e pequenas empresas. “A ideia é permitir que elas ocupem um espaço maior na economia, não apenas no período até 2014, mas no futuro. Atualmente, 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas e elas respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países como a Alemanha, a participação no PIB chega a 40%”, afirma o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
Entre as ações para a Copa, está prevista, inicialmente, a capacitação de 7,7 mil empreendimentos avançados (com mais de dois anos de funcionamento) nas 12 cidades-sede, que serão multiplicadoras dos avanços de gestão e inovação para centenas de milhares de outros empreendimentos. “Tão importante quanto fazer essa capacitação de gestores é articular, junto às grandes corporações, a inserção das pequenas empresas nas principais cadeias produtivas. Já iniciamos o diálogo com as principais associações empresariais nesse sentido”, revela Luiz Barretto.
Neste primeiro momento, o levantamento está sendo feito em âmbito nacional. A segunda etapa será a identificação das atividades mais promissoras em cada estado que sedia a Copa, levando em consideração as aptidões locais.
Estão em andamento 14 mapeamentos locais, sendo nove no setor da construção civil – no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal, Ceará e Paraná. Em tecnologia da informação, os mapeamentos ocorrem no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Distrito Federal e Ceará. Até maio, deverão estar concluídos os dados regionais dos quatro setores.
As atividades priorizadas pelos estados serão trabalhadas em encontros de negócios organizados pelo Sebrae e irão contar com a participação de empresários (fornecedores e compradores de produtos e serviços), associações de classe, bancos de financiamento e outras entidades. Ao todo, serão 12 encontros, um por cidade-sede, que devem começar no primeiro semestre.
Regras do jogo
O Mapa de Oportunidades aponta quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários possam garantir seu espaço no mercado. Eliminatórios são aqueles sem os quais uma empresa é ou não contratada, normalmente por questões legais, como alvará de funcionamento, nota fiscal, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e Inscrição Estadual.
Já os requisitos classificatórios são os que agregam valor à empresa, sendo uma condição diferencial que poderá aumentar as chances de desenvolvimento e exploração dos negócios. São de três tipos: documentação específica (como Crea e certificações ISO), gestão e sustentabilidade.
No setor de turismo, contam pontos a favor da empresa o apoio no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e a contratação prioritária de mão de obra de fornecedores locais.
Outro dado relevante do mapeamento é o índice de densidade das empresas nas atividades dos setores. Esse índice oscila entre 0 e 1. Um índice 0,80 significa que, do total de empresas da respectiva atividade econômica, 80% delas são micro e pequenas.
No setor de tecnologia da informação, as atividades de rádio têm nível de densidade de 0,82. No turismo, os serviços de guia registram índice de 0,99.