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A Qod começou com uma conversinha de salão

Os sócios da Qod, fabricante de cosméticos, usaram a divulgação boca a boca para impulsionar a expansão no exterior — agora eles tentam usar a mesma estratégia para crescer no Brasil

Hilal e Morsch, da Qod: artimanhas de marketing (Tamires Kopp/Print Maker)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 12h20.

São Paulo - Os sócios Fernando Hi­lal, de 33 anos, e Heitor Morsch, de 34, tiveram de usar artimanhas de market­ing pouco convencionais em 2003, quando abriram uma distribuidora de cosméticos em Porto Alegre. Na época, eles vendiam algumas marcas asiáticas que quase ninguém conhecia no Sul do país.

Para divulgá-las, primeiro incumbiam uma funcionária de ligar para salões de beleza passando-se por uma cliente interessada em tratar os cabelos com os tais produtos importados. Dias depois, faziam uma visita aos mesmos cabeleireiros apresentando o mostruário.

"Funcionou e, em menos de três meses de operação, conquistamos os primeiros 120 clientes", afirma Hilal.

De lá para cá, a empresa se transformou na Qod, fabricante de cosméticos para tratamento dos cabelos, como cremes e alisadores. No ano passado, as receitas chegaram a 20 milhões de reais, 82% mais que em 2011.

Como nos primeiros tempos, Hilal e Morsch continuaram procurando modos criativos de entrar em novos mercados — principalmente estimulando a propaganda boca a boca em torno de seus produtos. Hoje, só 20% da produção é vendida no Brasil — o restante é exportado para mais de 60 países.

Para vender fora do Brasil, os sócios da Qod investiram no boca a boca online. Eles criaram uma loja virtual em inglês e passaram a divulgar a marca em outros sites de comércio eletrônico. Também fez parte da estratégia enviar amostras dos produtos a blogueiras especializadas em beleza para que divulguem a marca.


Nos países em que quer marcar presença, a Qod contrata representantes que têm como tarefa propor parcerias com salões de beleza, principalmente os mais badalados — aqueles com potencial de venda alto têm desconto nos preços. O objetivo é associar a marca à alta qualidade e à imagem de beleza que as brasileiras têm no exterior. “O mercado para produtos feitos no Brasil é enorme”, diz Morsch.

Foi assim que a Qod passou a ter como cliente o salão Rik Rak, de Miami, frequentado por celebridades como a cantora Beyoncé e a atriz Jennifer Aniston. Os funcionários da Qod depois se encarregam de repercutir as novidades — como as parcerias com salões famosos e a avaliação das blogueiras — em redes sociais, como Facebook, aumentando o burburinho em torno da marca.

Agora, os sócios pretendem aumentar as vendas no Brasil. Desde o ano passado, Hilal e Morsch buscam inserir os produtos da Qod nas gôndolas de lojas especializadas em produtos de beleza do Rio Grande do Sul. Além dos tratamentos de uso profissional, eles investiram em novas linhas para consumidores finais.

"Os donos da Qod podem aproveitar as estratégias que deram certo no exterior e aplicá-las no Brasil", afirma Marcelo Nakagawa, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.

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São Paulo - Os sócios Fernando Hi­lal, de 33 anos, e Heitor Morsch, de 34, tiveram de usar artimanhas de market­ing pouco convencionais em 2003, quando abriram uma distribuidora de cosméticos em Porto Alegre. Na época, eles vendiam algumas marcas asiáticas que quase ninguém conhecia no Sul do país.

Para divulgá-las, primeiro incumbiam uma funcionária de ligar para salões de beleza passando-se por uma cliente interessada em tratar os cabelos com os tais produtos importados. Dias depois, faziam uma visita aos mesmos cabeleireiros apresentando o mostruário.

"Funcionou e, em menos de três meses de operação, conquistamos os primeiros 120 clientes", afirma Hilal.

De lá para cá, a empresa se transformou na Qod, fabricante de cosméticos para tratamento dos cabelos, como cremes e alisadores. No ano passado, as receitas chegaram a 20 milhões de reais, 82% mais que em 2011.

Como nos primeiros tempos, Hilal e Morsch continuaram procurando modos criativos de entrar em novos mercados — principalmente estimulando a propaganda boca a boca em torno de seus produtos. Hoje, só 20% da produção é vendida no Brasil — o restante é exportado para mais de 60 países.

Para vender fora do Brasil, os sócios da Qod investiram no boca a boca online. Eles criaram uma loja virtual em inglês e passaram a divulgar a marca em outros sites de comércio eletrônico. Também fez parte da estratégia enviar amostras dos produtos a blogueiras especializadas em beleza para que divulguem a marca.


Nos países em que quer marcar presença, a Qod contrata representantes que têm como tarefa propor parcerias com salões de beleza, principalmente os mais badalados — aqueles com potencial de venda alto têm desconto nos preços. O objetivo é associar a marca à alta qualidade e à imagem de beleza que as brasileiras têm no exterior. “O mercado para produtos feitos no Brasil é enorme”, diz Morsch.

Foi assim que a Qod passou a ter como cliente o salão Rik Rak, de Miami, frequentado por celebridades como a cantora Beyoncé e a atriz Jennifer Aniston. Os funcionários da Qod depois se encarregam de repercutir as novidades — como as parcerias com salões famosos e a avaliação das blogueiras — em redes sociais, como Facebook, aumentando o burburinho em torno da marca.

Agora, os sócios pretendem aumentar as vendas no Brasil. Desde o ano passado, Hilal e Morsch buscam inserir os produtos da Qod nas gôndolas de lojas especializadas em produtos de beleza do Rio Grande do Sul. Além dos tratamentos de uso profissional, eles investiram em novas linhas para consumidores finais.

"Os donos da Qod podem aproveitar as estratégias que deram certo no exterior e aplicá-las no Brasil", afirma Marcelo Nakagawa, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper.

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