Empreendedores na TreeLabs, em São Paulo; aceleradora oferece estrutura enquanto jovens focam em produtos (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2012 às 14h29.
São Paulo - Seis meses para aprimorar seu produto a fim de torná-lo atraente para clientes e investidores.
Esse é o tempo que dura o programa de desenvolvimento para startups da TreeLabs, aceleradora criada pelos sócios Antonhy Eigier, César Mufareg e Rogério Silberberg.
A ideia de começar uma aceleradora surgiu da dupla Eigier e Mufareg, ambos com 24 anos e com passagens pelo mercado financeiro.
“Nós buscávamos por novas ideias para investir, mas não encontrávamos empresas que estavam estruturadas para crescer”, afirma Eigier.
Fundador do site de entretenimento Fulano.com.br, que deu origem a agência F.Biz, Silberberg se juntou a dupla como mentor do projeto.
Desde março deste ano, a TreeLabs está instalada em um sobrado no bairro de Higienópolis, em São Paulo.
Para testar sua estratégia de gestão, inicialmente, o trio selecionou 70 empresas; 12 ficaram para o processo final; apenas cinco permaneceram. Cada uma delas recebeu um capital semente de 11 mil reais.
“Na hora de sua apresentação, o empreendedor precisa responder a três perguntas: ‘Qual o problema que o mercado enfrenta?’, ‘Qual a solução para este problema?’ e ‘Por que eu sou a pessoa certa para tocar essa ideia?’”, explica Eigier.
Segundo ele, o momento é bom para quem está desenvolvendo ideias para o mercado corporativo, ou seja, para empresas. “O brasileiro não gosta de pagar por serviços intangíveis, como uma rede social, por exemplo”, diz Mufareg.
Espaços e serviços compartilhados
Além de dividirem as mesmas mesas e espaços, os empreendedores das startups Agendor, AssinaMe, ClickArq, Logovia e Recruto compartilham os serviços oferecidos pela incubadora, como consultoria jurídica, contábil, e de marketing. Também não pagam aluguel nem conta de telefone ou internet. Um designer trabalha na identidade visual de todos.
A ideia é que eles foquem no desenvolvimento do produto enquanto a aceleradora trabalha em seus bastidores e promoção. Em troca, ela fica com 9% de participação acionária na nova empresa.
“Em média, dizem que seis meses de aceleração equivalem a dois anos de desenvolvimento tradicional. Posso dizer que essa projeção está até subestimada”, afirma Mauricio de Almeida, 35, fundador da Recruto, ferramenta que otimiza o processo de recrutamento e seleção de profissionais.
Já para Gustavo Paulillo, 24, da Agendor, ferramenta para avaliação de desempenho de negócios a partir dos contatos sociais, a relação com outros empreendedores é o diferencial de uma aceleradora.
“O programa nos coloca em contato com outras pessoas que enfrentam os mesmos desafios. Dessa forma, há várias cabeças pensando para resolver uma questão”, afirma ele.
Enquanto finalizam seus produtos, os empreendedores recebem treinamento para realizar o pitch (apresentação das empresas para os investidores) no Demo Day - a formatura deles.
O primeiro programa de aceleramento da TreeLabs se encerra em novembro.
Em outubro, a TreeLabs já deve iniciar um novo processo de seleção. As inscrições podem ser feitas em seu site.
Além dela, 21212, Aceleradora, Papaya Ventures, Pipa, Wayra e Appies são outras aceleradoras que atuam no mercado brasileiro.