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O competidor virou cliente

Wellson Ferreira deixou três salões de beleza para ensinar outros cabeleireiros a organizar as finanças O cabeleireiro Wellson Ferreira, de 43 anos, descobriu uma boa oportunidade de negócios ao lidar com dificuldades que ele próprio enfrentara como empreendedor. No final dos anos 90, Ferreira era dono de três salões de beleza em São Paulo e […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Wellson Ferreira deixou três salões de beleza para ensinar outros cabeleireiros a organizar as finanças

O cabeleireiro Wellson Ferreira, de 43 anos, descobriu uma boa oportunidade de negócios ao lidar com dificuldades que ele próprio enfrentara como empreendedor. No final dos anos 90, Ferreira era dono de três salões de beleza em São Paulo e empregava mais de 80 funcionários, mas não estava satisfeito com sua própria administração. Filho de cabeleireiros, ele sabia o quão amador podia ser o dia-a-dia desse tipo de empresa - e buscava uma saída para tornar a gestão um pouco mais profissional. "Eu pensava que poderia manter os melhores cabeleireiros do mercado se pudesse, por exemplo, criar um programa para distribuir lucros aos funcionários", diz Ferreira. "Outro objetivo era diminuir a rotatividade para acabar com a fuga de clientes que costuma acontecer sempre que um cabeleireiro troca de emprego."

Como muitos pequenos e médios empresário do setor, Ferreira às vezes se sentia perdido em meio a números como fluxo de caixa, contas a pagar e a receber e índices de inadimplência. Para piorar, ele não encontrava, na época, um software de gestão que pudesse ser adaptado à rotina dos salões e que coubesse no orçamento de negócios menores.

Ferreira decidiu ele mesmo aprender a administrar do jeito certo e se matriculou num curso de contabilidade. Ao mesmo tempo, encomendou um software exclusivo para a administração de suas lojas. Aos poucos, ex-funcionários que haviam saído para abrir seus próprios salões começaram a lhe pedir para comprar cópias do sistema. "Percebi que poderia ganhar mais prestando consultoria para ajudar outros donos de salão a administrar seus negócios do que cuidando dos cabelos dos meus clientes", diz Ferreira.

No começo, ele apenas revendia o software que havia sido desenvolvido para seu salão, sem pensar muito. Mas logo Ferreira voltou aos estudos e se matriculou em cursos de especialização sobre marketing. Em 2000, se desfez dos salões e fundou a Avanto Educação Empresarial, que fatura 1,5 milhão de reais por ano dando cursos que ensinam administração - sobretudo de finanças - a donos de salões. Outra especialidade da Avanto é treinar os funcionários dos clientes, ensinando a eles técnicas de atendimento. "A rentabilidade no novo negócio é três vezes maior", diz ele. "E agora que encontrei o caminho certo temos muito o que crescer."

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