Como trazer uma franquia estrangeira para o Brasil?
Especialista comenta as desvantagens de trazer um modelo internacional para o país
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2011 às 12h12.
Como trazer uma franquia estrangeira para o Brasil? (Pergunta enviada por Marian Guilgen)
Respondido por Claudia Bittencourt, especialista em franquias
São Paulo - A internacionalização de negócios e marcas é hoje um movimento que vem crescendo no franchising mundial, porém alguns cuidados devem ser observados quando o empreendedor pensar em trazer um negócio de outro país para explorar no Brasil, minimizando os riscos de perda do investimento realizado entre eles:
Antes de qualquer ação, veja se o negócio já é sucesso lá fora e se os brasileiros conhecem. Isso tornaria a aceitação mais rápida, como foi o caso das franquias de frozen yorgut, por exemplo.
O produto precisa ser aceito e consumido pelo público brasileiro. Vale um estudo para avaliar qual classe social usaria a nova franquia. Depois, analise a que preço este produto vai chegar ao Brasil, caso dependa de importações, e se este preço está de acordo com as condições de compra do público alvo.
Outro ponto importante é avaliar se a marca está registrada no Brasil pelo dono do negócio. Pode ser que tenha sido registrada no INPI por outro empresário e o empreendedor será impedido de operar o negócio aqui com o mesmo nome.
Se as negociações avançaram e o modelo proposto for o de máster franqueado, os contratos precisam ser analisados por advogados do Brasil para avaliar as condições e a adaptação às leis brasileiras.
O tempo de contrato deve ser o suficiente para operar o negócio e ganhar com a operação, portanto não deve ser inferior a 5 anos, em média, e ainda dependendo do prazo de retorno previsto para o negócio.
Se houver um plano de expansão para outros estados, veja com calma as condições e o tempo para a abertura dessas unidades. Veja também se um estudo foi feito para avaliar se esses mercados comportam a franquia.
Certifique-se da condição financeira do franqueador lá fora. O empreendedor não pode correr o risco de entrar em um negócio que esteja passando por situações financeiras difíceis e que possa vir a falência. Isso vai refletir em sua operação no Brasil.