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Como o viral Harlem Shake se tornou um bom negócio

O vídeo, copiado por milhares de usuários, rende ganhos ao artista original e sua gravadora

Harlem Shake (Reprodução/YouTube)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 17h22.

São Paulo – Universidades, agências de publicidade, feiras, avenidas e até piscinas já viraram cenário para o Harlem Shake, a mais nova moda das redes sociais. Com movimentos frenéticos ao som do DJ e produtor nova-iorquino Baauer, pessoas do mundo todo estão fazendo vídeos da coreografia e rendendo bons ganhos ao criador do meme.

O vídeo, considerado a maior tendência do mês pelo Youtube, já teve mais de 12 mil versões publicadas no site desde o começo de fevereiro que já foram vistas mais de 175 milhões de vezes. São, segundo o YouTube , mais de 4 mil novos vídeos do tipo por dia, conforme noticiou o site Mashable.

O que parece brincadeira de adolescente, no entanto, está se mostrando um negócio lucrativo para o seu criador e sua gravadora, a Mad Decent. Isso graças ao sistema Content ID, do YouTube, que controla os direitos autorais dos vídeos postados.

Neste sistema, o usuário fornece informações ao site e um arquivo de referência que permitem localizar vídeos com o mesmo conteúdo. Com isso, o autor original escolhe se quer que os vídeos sejam bloqueados ou se deseja uma parte da receita dos anúncios. “É a forma do Google incentivar o usuário a continuar criando conteúdos interessantes”, explica Luís Felipe Cota, co-fundador da agência Goomark.

De acordo com a Billboard, a gravadora contratou a empresa INDmusic para ajudá-la a localizar as cópias e garantir a sua fatia de ganhos. Em entrevista à publicação, Jasper Goggins, gerente da gravadora, disse que Harlem Shake é o maior lançamento da Mad Decent e aconteceu em apenas seis dias. “É realmente maluco”, afirmou.

Apesar de não divulgar quanto dinheiro exatamente o viral tem rendido, há estimativas que o valor seja considerável. O fenômeno Gangnam Style ajuda a ter uma ideia desse lucro. O vídeo do coreano Psy rendeu mais de 8 milhões de dólares em publicidade para o YouTube. Segundo uma reportagem da Time, o astro pop teria levado 870 mil dólares com os direitos do vídeo.


Em entrevista também à Time, Goggins afirmou que defende que os usuários façam o que quiser com o material do DJ, desde que a gravadora seja capaz de faturar com isso. Esta seria, segundo ele, uma ótima maneira de espalhar a música, o que também tem funcionado.

As vendas do hit no iTunes dispararam na semana passada. De acordo com a Nielsen SoundScan, as vendas passaram de 1000 para 18 000 por semana, ultrapassando 260 mil downloads.

A música foi parar no topo dos sucessos da Billboard. O fenômeno foi tamanho que levou a própria Billboard a anunciar novas regras para seu ranking musical, incluindo o YouTube em sua metodologia, segundo o jornal The New York Times.

Viral e dinheiro
Desde 2009, o YouTube permite que os autores de vídeos escolham monetizar seus conteúdos. Para isso, o material precisa respeitar algumas regras. Segundo o site de vídeos, o conteúdo deve ser atraente para anunciantes, o autor precisa ser dono ou ter permissão para usá-lo comercialmente (inclusive com documentos que comprovem isso) e estar em conformidade com os termos do site.

Nem todo vídeo, no entanto, tem apelo para ser um viral. A rapidez na proliferação ajuda, mas sem alguns elementos essenciais, o conteúdo não viraliza. “O vídeo tem que ser divertido, tem que carregar entretenimento, ser diferente e inusitado. Mas, o mais importante, que as marcas se esquecem de fazer, é ser um vídeo repassável”, diz Cota. A fórmula que Harlem Shake cumpriu perfeitamente.

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São Paulo – Universidades, agências de publicidade, feiras, avenidas e até piscinas já viraram cenário para o Harlem Shake, a mais nova moda das redes sociais. Com movimentos frenéticos ao som do DJ e produtor nova-iorquino Baauer, pessoas do mundo todo estão fazendo vídeos da coreografia e rendendo bons ganhos ao criador do meme.

O vídeo, considerado a maior tendência do mês pelo Youtube, já teve mais de 12 mil versões publicadas no site desde o começo de fevereiro que já foram vistas mais de 175 milhões de vezes. São, segundo o YouTube , mais de 4 mil novos vídeos do tipo por dia, conforme noticiou o site Mashable.

O que parece brincadeira de adolescente, no entanto, está se mostrando um negócio lucrativo para o seu criador e sua gravadora, a Mad Decent. Isso graças ao sistema Content ID, do YouTube, que controla os direitos autorais dos vídeos postados.

Neste sistema, o usuário fornece informações ao site e um arquivo de referência que permitem localizar vídeos com o mesmo conteúdo. Com isso, o autor original escolhe se quer que os vídeos sejam bloqueados ou se deseja uma parte da receita dos anúncios. “É a forma do Google incentivar o usuário a continuar criando conteúdos interessantes”, explica Luís Felipe Cota, co-fundador da agência Goomark.

De acordo com a Billboard, a gravadora contratou a empresa INDmusic para ajudá-la a localizar as cópias e garantir a sua fatia de ganhos. Em entrevista à publicação, Jasper Goggins, gerente da gravadora, disse que Harlem Shake é o maior lançamento da Mad Decent e aconteceu em apenas seis dias. “É realmente maluco”, afirmou.

Apesar de não divulgar quanto dinheiro exatamente o viral tem rendido, há estimativas que o valor seja considerável. O fenômeno Gangnam Style ajuda a ter uma ideia desse lucro. O vídeo do coreano Psy rendeu mais de 8 milhões de dólares em publicidade para o YouTube. Segundo uma reportagem da Time, o astro pop teria levado 870 mil dólares com os direitos do vídeo.


Em entrevista também à Time, Goggins afirmou que defende que os usuários façam o que quiser com o material do DJ, desde que a gravadora seja capaz de faturar com isso. Esta seria, segundo ele, uma ótima maneira de espalhar a música, o que também tem funcionado.

As vendas do hit no iTunes dispararam na semana passada. De acordo com a Nielsen SoundScan, as vendas passaram de 1000 para 18 000 por semana, ultrapassando 260 mil downloads.

A música foi parar no topo dos sucessos da Billboard. O fenômeno foi tamanho que levou a própria Billboard a anunciar novas regras para seu ranking musical, incluindo o YouTube em sua metodologia, segundo o jornal The New York Times.

Viral e dinheiro
Desde 2009, o YouTube permite que os autores de vídeos escolham monetizar seus conteúdos. Para isso, o material precisa respeitar algumas regras. Segundo o site de vídeos, o conteúdo deve ser atraente para anunciantes, o autor precisa ser dono ou ter permissão para usá-lo comercialmente (inclusive com documentos que comprovem isso) e estar em conformidade com os termos do site.

Nem todo vídeo, no entanto, tem apelo para ser um viral. A rapidez na proliferação ajuda, mas sem alguns elementos essenciais, o conteúdo não viraliza. “O vídeo tem que ser divertido, tem que carregar entretenimento, ser diferente e inusitado. Mas, o mais importante, que as marcas se esquecem de fazer, é ser um vídeo repassável”, diz Cota. A fórmula que Harlem Shake cumpriu perfeitamente.

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