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Vai vender pela internet? Veja 3 maneiras de começar sua loja online

EXAME separou dicas de plataformas digitais que ajudam os lojistas que querem começar a vender online

Marketplaces: grandes varejistas ajudam os pequenos lojistas com marketing e logística (Kathrin Ziegler/Getty Images)

Marketplaces: grandes varejistas ajudam os pequenos lojistas com marketing e logística (Kathrin Ziegler/Getty Images)

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Carolina Ingizza

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 15h54.

Última atualização em 16 de outubro de 2020 às 11h02.

Um dos setores mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus foi o varejo físico. Sem a possibilidade de vender no balcão, milhares de negócios tiveram uma redução significativa no seu faturamento mensal, muitos inclusive sem vender nada nos primeiros meses de crise. Em meio a essa imensa dificuldade, a inovação foi a chave da sobrevivência para milhares de lojistas. De março a julho, 30.000 lojas online foram criadas por mês no Brasil, três vezes mais do que a média de 2019.

Nessa jornada online, nova para milhares de empreendedores, grandes varejistas e empresas de tecnologia se propuseram a ajudar, oferecendo plataformas simplificadas e descontos para os pequenos lojistas. Dessa forma, elas conseguem aumentar sua participação no e-commerce sem precisar ampliar o estoque próprio. Em uma reportagem da última edição da EXAME, detalhamos a estratégia por trás dos mimos e benefícios que empresas como Magazine Luiza, Mercado Livre e Via Varejo oferecem para os pequenos. Leia aqui

Mas se você quer empreender online e ainda não encontrou uma maneira, a EXAME separou dicas de sites e plataformas que oferecem ferramentas para pequenos negócios. Confira abaixo:

1 - Marketplaces: shoppings virtuais

Das 150.000 novas lojas virtuais brasileiras, 80% estão nos marketplaces — uma espécie de shopping center virtual com ofertas de lojistas de todos os tamanhos — e mantido por gigantes como o Magazine Luiza, dispostos a impulsionar as vendas online de parceiros em troca de comissões. Se você não tem familiariedade com venda online, os marketplaces podem ser um caminho: eles levam milhares de pessoas até os lojistas menores e administram os pagamentos, a logística e o marketing.

“Na crise, não é hora de criar site próprio, sobretudo quem não tem familiaridade com tecnologia”, diz Alexandre Marquesi, especialista em e-commerce na faculdade ESPM. Para quem pensa em entrar em uma dessas plataformas, há dezenas de opções. Desde as mais tradicionais, como Mercado Livre, Magalu, Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio), B2W (Americanas, Submarino), a lojas mais segmentadas, como MadeiraMadeira, de móveis, por exemplo. 

Para saber se é uma boa investir em uma plataforma assim, André Dias, presidente da Neotrust/Compre&Confie, diz que os vendedores têm de avaliar três pontos: preço do produto, prazo de entrega e valor do frete. Se para oferecer um serviço competitivo o vendedor precisa sacrificar muito da sua margem de lucro, ele corre o risco de ficar no vermelho. Isso porque as plataformas cobram uma comissão que pode variar de 3% a 20% por venda, então os preços precisam estar equalizados para o negócio dar certo. 

O Sebrae desenvolveu um sistema para ajudar o comerciante que quer entrar em um marketplace pela primeira vez. Ao acessar o site, o empreendedor responde a perguntas básicas sobre o negócio e os produtos que vende. Na sequência, recebe indicações de onde vender com base no seu perfil. O serviço está disponível no site da entidade

2 - Feiras de artesanato digitais

Não são só os industrializados que têm vez no comércio eletrônico. No Brasil, existem plataformas que ajudam artistas e empreendedores a vender produtos artesanais online. Uma delas é o Elo7, site conhecido por oferecer produtos customizados para casamentos, aniversários e festas infantis. Com a pandemia, os empreendedores que vendem por lá passaram a focar mais em itens úteis para a quarentena, como objetos de decoração para casa e máscaras faciais de tecido.

Quem deseja vender pelo Elo7 não precisa ter uma empresa nem pagar mensalidades. Em troca dos anúncios feitos, a plataforma cobra uma porcentagem por venda realizada. Os anúncios clássicos custam 12%, enquanto os plus, com maior visibilidade no site, saem por 18% sobre o valor de cada venda. 

Outra alternativa é a plataforma Dotsy. Fundada por Kuki Bailly, a vitrine virtual nasceu a partir do sucesso de um grupo do Facebook, criado em 2015, em que 300.000 empreendedores e clientes podem comprar e vender produtos artesanais. 

Em 2017, a fundadora decidiu levar a proposta do grupo para fora da rede social, criando uma plataforma de marketplace diferente: por lá, o que importava era a história por trás dos produtos, não só o preço. Mesmo tendo recebido um investimento de 800.000 reais de um investidor anjo, o negócio não decolou. No final de 2019, Kuki decidiu que era hora de reinventá-lo.

Em julho deste ano, então, surgiu a nova rede Dotsy. O espaço não é um marketplace, mas uma vitrine virtual. Inspirada na estrutra do Pinterest, os produtos ficam expostos em uma página central de fotos. Para facilitar o processo de venda, a rede permite que os clientes contatem diretamente os vendedores e fechem a compra da forma que preferirem. Como as vendas não são transacionadas dentro do site, a Dotsy cobra uma assinatura mensal, a partir de 19,90 reais, para que os vendedores possam anunciar. Hoje, já são mais de 1.500 assinantes. 

3 - Loja própria

Nem sempre vender para o Brasil todo é o desejo dos lojistas. Nesse caso, entrar em plataformas de abrangência nacional pode acabar sendo um passo maior do que a perna. Para os empreendedores que querem ter uma presença digital só para se comunicar com clientes que estão em seu entorno, uma loja online própria pode ser a saída.

Algumas ferramentas oferecem a possibilidade de criar uma loja digital de forma simplificada. Uma delas é o Mercado Shops, do Mercado Livre. Por lá, é possível criar rapidamente um site próprio, com logo e design personalizado, e ainda utilizar a infraestrutura de logística e pagamento da companhia. Até o dia 30 de setembro, o Mercado Shops oferece 30 dias grátis para novos lojistas. Depois disso, será preciso pagar uma tarifa de 5,5% ou 10% por venda, a depender do plano escolhido. 

Não é só a gigante do e-commerce que ajuda os pequenos. Duas startups paranaenses, o Ebanx e a Olist, criaram ferramentas para que os lojistas possam ter uma primeira experiência digital. No caso do Ebanx Beep, uma taxa de 4,9% é aplicada sobre cada transação feita. Já no Olist Shops, a lojinha online é totalmente gratuita. “O sistema facilita a venda a clientes do bairro. É o primeiro passo antes de tentar dominar os marketplaces”, diz Tiago Dalvi, fundador da startup.

As grandes empresas de tecnologia também estão de olho nesse mercado. Em agosto, o Google e a empresa de tecnologia brasileira Vtex criaram uma campanha de treinamentos a vendas online com a meta de chegar a 100.000 lojistas até dezembro. Pelo programa, o lojista pode criar uma loja virtual e anunciar até 75 produtos de graça pelo sistema da Loja Integrada, solução da Vtex para pequenos e-commerces.

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