Comércio paulista fatura R$ 8,8 bilhões em janeiro
Crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado anima Fecomercio, que prevê bom nível de consumo para todo o ano
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2011 às 10h03.
São Paulo - O aumento da taxa de juros não tem assustado o consumidor paulistano. Mesmo com o impulso de três pontos percentuais no juro médio dos empréstimos à pessoa física, o comércio varejista paulista comemora o maior faturamento para o mês de janeiro, R$ 8,8 bilhões.
De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (e-PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a e-Bit, houve um crescimento de 6,6% em comparação com o mesmo mês de 2010, o que evidencia a continuidade do ciclo positivo que prevaleceu ao longo do ano anterior.
O que vem puxando o bom desempenho do comércio são as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos e o comércio eletrônico, que tiveram crescimento de 42,4% e 27,4%, respectivamente. Segundo a assessoria econômica da Fecomercio, o resultado mostra que o paulista ainda prefere ir à loja e analisar o produto “cara a cara” antes de comprar bens duráveis, como os de linha branca.
O resultado de janeiro aponta para um bom nível de consumo para todo o ano, caso a massa salarial real continue crescendo e o nível de emprego na Região Metropolitana do Estado permaneça estável.
Para a assessoria econômica da entidade, fatores como o aumento da taxa de juros não tem reduzido o acesso ao crédito. Mesmo com o impulso de três pontos porcentuais no juro médio cobrados dos consumidores, a quantidade de empréstimos teve incremento de 11% na comparação com o mesmo mês de 2010.
Em relação a dezembro do ano anterior, as atividades, de modo geral, apresentaram retração no nível de faturamento. Segundo a entidade, o resultado é natural por conta da base de comparação com o mês do Natal. Contudo, os setores de comércio de Veículos Automotivos, Móveis e Decoração e de Material para Construção apresentaram resultado positivo, crescendo 10,6%, 10,2% e 1,9%, respectivamente.