Lucas Rana, CEO da DNC Group: empresa que aposta na formação para o mercado de trabalho do futuro recebeu aporte de R$ 1,1 milhão (DNC Group/Divulgação)
O setor de educação segue atraindo a atenção de investidores e vem sofrendo profundas modificações que buscam preparar, cada vez mais, alunos para o novo contexto do ensino profissional do país. Depois da recente autorização do Banco Central para a criação da fintech da escola de programação Trybe, foi a vez da DNC Group, edtech de formação profissional complementar, movimentar o setor. A empresa acaba de captar 1,1 milhão de reais em rodada de investimento anjo liderada pelos fundadores da Cuponomia, Antônio Miranda e Vinicius Dornela e os fundadores da startup Buser, Marcelo Abritta e Marcelo Vasconcellos.
A DNC, atualmente sediada em São José dos Campos, é uma escola de formação profissional complementar que oferece cursos de longa duração que pretendem preparar alunos para a nova realidade do mercado de trabalho. São quatro trilhas de conhecimento: projetos, negócios, dados, marketing e vendas.
Fundada pelo empreendedor Lucas Rana, a startup tem o objetivo de ser a maior escola de formação complementar do mercado por meio do desenvolvimento das habilidades comportamentais e técnicas exigidas de profissionais em qualquer ambiente de trabalho. O modelo de negócios fez com que a startup multiplicasse seu faturamento em mais de 11 vezes entre 2019 e 2021 — a empresa não divulga os resultados financeiros. O número de alunos também triplicou, de 1.800 em 2019 para 6.857 em 2020.
Ao todo, a metodologia de ensino da DNC já impactou cerca de 15.000 alunos por meio de cursos pagos e gratuitos, formados para atuar em projetos de empresas como Ambev, Unilever, Nestlé, Mlabs e Burger King.
Miranda e Dornela, da Cuponomia, atuavam como mentores da DNC e decidiram investir na empresa por acreditar no seu potencial de crescimento. Já Abbrita, CEO da Buser, afirma que a missão da DNC em ir além do diploma é algo que interessa o mercado. "Investi na DNC pois acredito na missão da empresa, de não apenas vender diploma, mas sim de ensinar o que é realmente importante no dia a dia das empresas que estão disputando o mercado”, diz.
Essa é a primeira vez que a startup participa de uma rodada de captação externa. O novo valuation, porém, não foi divulgado.
Com o novo investimento, a DNC pretende ampliar o número de funcionários — atualmente em 80 pessoas — e também investir no desenvolvimento de uma trilha de tecnologia para a formação de desenvolvedores.
Segundo Rana, CEO da DNC, o principal diferencial do negócio está no suporte oferecido aos alunos, além dos cursos. “Não acreditamos em cursos de soft skills ou hard skills de forma isolada. Para nós, isso funciona de maneira integrada. Um aluno que vem estudar conosco, desenvolve um projeto real, em uma empresa real. Não é fácil. Feedbacks são constantes e o aluno soluciona problemas corriqueiros no dia a dia de uma empresa”, diz.
Entendendo que é preciso se adaptar de maneira ágil às novas tendências do mercado, o braço educacional da EXAME, a EXAME Academy, lançou um joint venture para a criação da Futuro Dojo, escola virtual de competências cada vez mais pedidas pelas empresas, como trabalho em equipe, criatividade e gestão do tempo — as chamadas soft skills. Os cursos oferecidos pela escola vão desde inovação e transformação ágil até decodificação e imersão em corporate venture.
Saiba o que acontece nos bastidores das principais startups do país. Assine a EXAME