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Candidata a nova bolsa brasileira aposta em PMEs

Dona de 20% da ATS Brasil, em sociedade com a Americas Trading Group (ATG,com 80%), a Nyse Euronext anunciou em maio a abertura da EnterNext, seu mercado para esse segmento

Dedicada a empresas com capital inferior a 1 bilhão de euros, a EnterNext, da Nyse Euronext, já nasce com mais de 750 pequenas e médias empresas (Mario Tama/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 15h38.

São Paulo - A entrada da Americas Trading System Brasil (ATS Brasil) no mercado brasileiro de bolsas pode ser mais uma frente para pavimentar o caminho de pequenas e médias empresas (PMEs) ao mercado de ações.

Dona de 20% da empresa brasileira, em sociedade com a Americas Trading Group (ATG, com 80%), a Nyse Euronext anunciou em maio a abertura da EnterNext, seu mercado para esse segmento. A ATS protocolou esta semana o pedido de licença na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar como bolsa de valores no País e aguarda o sinal verde do órgão regulador.

Dedicada a empresas com capital inferior a 1 bilhão de euros, a EnterNext já nasce com mais de 750 pequenas e médias empresas. Elas estão listadas na Euronext, baseada em Amsterdã, e na Alternext, outra plataforma da Nyse que reúne emissoras de pequeno porte.

Em meio à crise na Europa, a EnterNext foi criada para ajudar a capitalizar e desenvolver as PMEs europeias com atuação local ou internacional. Na Europa, a Nyse opera na Holanda, Bélgica, Portugal e Paris.

Questionado sobre o interesse em criar algo parecido no Brasil, o presidente da ATS, Alan Gandelman, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que apoia as iniciativas para impulsionar a entrada das PMEs no mercado acionário, por considerar que o Brasil tem um número de empresas listadas muito aquém do potencial de sua economia - até maio eram 456 na BM&FBovespa.

No entanto, frisou que a prioridade inicial é montar a nova bolsa. “"A Nyse trabalha com esse mercado, tem tecnologia e conhecimento. A partir do momento que a gente existir como bolsa vai olhar isso. Mas temos deveres de casa a fazer antes"”, afirmou.


PMEs

A proposta da EnterNext é criar um modelo de listagem adaptado às necessidades das PMES. Além de atrair investidores e criar opções de financiamento alternativas, a bolsa pretende prestar serviços específicos, como o desenvolvimento da estratégia de marketing dessas empresas.

Na época do anúncio, o presidente da Nyse Euronext, Dominique Cerutti, afirmou que a criação da EnterNext seguia apelos do presidente da França, François Hollande, pela oferta de novas fontes de financiamento às PMEs. “Como um operador de mercado, estamos conscientes de que essa atividade está no cerne da nossa missão estratégica”, disse Cerutti em comunicado.

O incentivo ao mercado de acesso vem sendo debatido com mais força no Brasil desde o ano passado. De um lado está o grupo de trabalho composto por BM&FBovespa - que detém o monopólio do setor de bolsas no Brasil - BNDES, ABDI e CVM para buscar soluções para o setor.

'Bovespa Mais'

O presidente da Bovespa, Edemir Pinto, apresentou neste mês ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, proposta que prevê isenção fiscal sobre o imposto de renda incidente em ganhos de capital do investidor nesse segmento (hoje a alíquota para pessoa física é de 15%).

A Bolsa tenta fazer deslanchar o Bovespa Mais, segmento de acesso criado há oito anos que tem apenas quatro empresas listadas: Nutriplant, Desenvix, Senior Solution e Nortec Química.

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São Paulo - A entrada da Americas Trading System Brasil (ATS Brasil) no mercado brasileiro de bolsas pode ser mais uma frente para pavimentar o caminho de pequenas e médias empresas (PMEs) ao mercado de ações.

Dona de 20% da empresa brasileira, em sociedade com a Americas Trading Group (ATG, com 80%), a Nyse Euronext anunciou em maio a abertura da EnterNext, seu mercado para esse segmento. A ATS protocolou esta semana o pedido de licença na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar como bolsa de valores no País e aguarda o sinal verde do órgão regulador.

Dedicada a empresas com capital inferior a 1 bilhão de euros, a EnterNext já nasce com mais de 750 pequenas e médias empresas. Elas estão listadas na Euronext, baseada em Amsterdã, e na Alternext, outra plataforma da Nyse que reúne emissoras de pequeno porte.

Em meio à crise na Europa, a EnterNext foi criada para ajudar a capitalizar e desenvolver as PMEs europeias com atuação local ou internacional. Na Europa, a Nyse opera na Holanda, Bélgica, Portugal e Paris.

Questionado sobre o interesse em criar algo parecido no Brasil, o presidente da ATS, Alan Gandelman, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que apoia as iniciativas para impulsionar a entrada das PMEs no mercado acionário, por considerar que o Brasil tem um número de empresas listadas muito aquém do potencial de sua economia - até maio eram 456 na BM&FBovespa.

No entanto, frisou que a prioridade inicial é montar a nova bolsa. “"A Nyse trabalha com esse mercado, tem tecnologia e conhecimento. A partir do momento que a gente existir como bolsa vai olhar isso. Mas temos deveres de casa a fazer antes"”, afirmou.


PMEs

A proposta da EnterNext é criar um modelo de listagem adaptado às necessidades das PMES. Além de atrair investidores e criar opções de financiamento alternativas, a bolsa pretende prestar serviços específicos, como o desenvolvimento da estratégia de marketing dessas empresas.

Na época do anúncio, o presidente da Nyse Euronext, Dominique Cerutti, afirmou que a criação da EnterNext seguia apelos do presidente da França, François Hollande, pela oferta de novas fontes de financiamento às PMEs. “Como um operador de mercado, estamos conscientes de que essa atividade está no cerne da nossa missão estratégica”, disse Cerutti em comunicado.

O incentivo ao mercado de acesso vem sendo debatido com mais força no Brasil desde o ano passado. De um lado está o grupo de trabalho composto por BM&FBovespa - que detém o monopólio do setor de bolsas no Brasil - BNDES, ABDI e CVM para buscar soluções para o setor.

'Bovespa Mais'

O presidente da Bovespa, Edemir Pinto, apresentou neste mês ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, proposta que prevê isenção fiscal sobre o imposto de renda incidente em ganhos de capital do investidor nesse segmento (hoje a alíquota para pessoa física é de 15%).

A Bolsa tenta fazer deslanchar o Bovespa Mais, segmento de acesso criado há oito anos que tem apenas quatro empresas listadas: Nutriplant, Desenvix, Senior Solution e Nortec Química.

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