Até que ponto o empreendedor deve ouvir conselhos
Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia, conta como lidar com os conselhos de amigos e familiares para o seu negócio
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2013 às 11h12.
Até que ponto o empreendedor deve ouvir os conselhos dos outros?
Escrito por Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia
Uma das coisas mais bacanas da jornada empreendedora é o interesse que isso gera nas pessoas. Me lembro bem que, desde que tomei a decisão de iniciar meu próprio negócio, diversas pessoas passaram a perguntar sobre o andamento do projeto e também a dar dicas de como elas acham que eu deveria fazer.
Esse fenômeno traz algumas coisas bacanas, como a possibilidade de ideias que você não tinha pensado antes e a apresentação de novos contatos que podem ser bastante úteis para a sua empresa. Por outro lado, essa saraivada de ideias pode deixar o empreendedor perdido, já que dificilmente os conselhos apontarão na mesma direção.
Outro risco que acontece nesses casos é a possibilidade da pessoa ser muito bem intencionada, mas te dar uma ideia ruim, por não estar envolvida no dia a dia da empresa. Por diversos motivos, não é nem um pouco favorável para a relação responder “Olha, essa ideia é ruim, não vou seguí-la”.
Para lidar com essa situação, meu lema é: ouvir absolutamente tudo, analisar o que você considera relevante e tomar as decisões de acordo com as suas convicções. O equilíbrio entre a humildade de ouvir as pessoas e a confiança em tomar as próprias decisões é algo bem difícil de alcançar, mas é completamente necessário.
No caso de amigos e familiares, os conselhos pessoais devem ter um peso muito maior do que os técnicos. Como essas pessoas te conhecem há muito tempo e provavelmente não tem experiência no seu mercado, um conselho do tipo “Você não está feliz fazendo isso, deveria avaliar outras opções” tende a ter uma relevância muito maior do que “Seu logo não é muito profissional, você deveria passar um ar de mais seriedade”.
Quando o comentário ou sugestão vem de um cliente, isso pode ser um excelente indicador de como está a qualidade do serviço prestado. É impossível agradar a todos e sempre existirá alguém reclamando sem muita razão, mas se você vê que o cliente está correto ou muitos clientes estão pedindo algo, essa é a melhor oportunidade que você tem para melhorar seus serviços e conquistar ainda mais clientes.
Por último, temos os conselheiros e outros empreendedores mais experientes. Como eles “já estiveram lá”, existe uma tentação muito grande a sair fazendo o que eles recomendam. Porém, o mercado pode ter mudado desde que eles “estiveram lá” ou a situação é diferente do que eles viveram. Nesse caso, mais do que nunca, ouvir atentamente é fundamental, mas sempre levando em conta que a decisão final é sua e só sua.
Com essas dicas em mente, na próxima vez que ouvir um conselho e estiver na dúvida sobre o que fazer, lembre-se: ouça absolutamente tudo, analise o que você considera relevante e tome as decisões de acordo com as suas convicções.
Até que ponto o empreendedor deve ouvir os conselhos dos outros?
Escrito por Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia
Uma das coisas mais bacanas da jornada empreendedora é o interesse que isso gera nas pessoas. Me lembro bem que, desde que tomei a decisão de iniciar meu próprio negócio, diversas pessoas passaram a perguntar sobre o andamento do projeto e também a dar dicas de como elas acham que eu deveria fazer.
Esse fenômeno traz algumas coisas bacanas, como a possibilidade de ideias que você não tinha pensado antes e a apresentação de novos contatos que podem ser bastante úteis para a sua empresa. Por outro lado, essa saraivada de ideias pode deixar o empreendedor perdido, já que dificilmente os conselhos apontarão na mesma direção.
Outro risco que acontece nesses casos é a possibilidade da pessoa ser muito bem intencionada, mas te dar uma ideia ruim, por não estar envolvida no dia a dia da empresa. Por diversos motivos, não é nem um pouco favorável para a relação responder “Olha, essa ideia é ruim, não vou seguí-la”.
Para lidar com essa situação, meu lema é: ouvir absolutamente tudo, analisar o que você considera relevante e tomar as decisões de acordo com as suas convicções. O equilíbrio entre a humildade de ouvir as pessoas e a confiança em tomar as próprias decisões é algo bem difícil de alcançar, mas é completamente necessário.
No caso de amigos e familiares, os conselhos pessoais devem ter um peso muito maior do que os técnicos. Como essas pessoas te conhecem há muito tempo e provavelmente não tem experiência no seu mercado, um conselho do tipo “Você não está feliz fazendo isso, deveria avaliar outras opções” tende a ter uma relevância muito maior do que “Seu logo não é muito profissional, você deveria passar um ar de mais seriedade”.
Quando o comentário ou sugestão vem de um cliente, isso pode ser um excelente indicador de como está a qualidade do serviço prestado. É impossível agradar a todos e sempre existirá alguém reclamando sem muita razão, mas se você vê que o cliente está correto ou muitos clientes estão pedindo algo, essa é a melhor oportunidade que você tem para melhorar seus serviços e conquistar ainda mais clientes.
Por último, temos os conselheiros e outros empreendedores mais experientes. Como eles “já estiveram lá”, existe uma tentação muito grande a sair fazendo o que eles recomendam. Porém, o mercado pode ter mudado desde que eles “estiveram lá” ou a situação é diferente do que eles viveram. Nesse caso, mais do que nunca, ouvir atentamente é fundamental, mas sempre levando em conta que a decisão final é sua e só sua.
Com essas dicas em mente, na próxima vez que ouvir um conselho e estiver na dúvida sobre o que fazer, lembre-se: ouça absolutamente tudo, analise o que você considera relevante e tome as decisões de acordo com as suas convicções.