As startups que mais se destacaram em 2014
Conheça as empresas que deram o que falar neste ano, segundo especialistas do setor
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 17h31.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h57.
São Paulo – Uma em cada quatro startups brasileiras morre antes de completar um ano de vida, segundo um estudo inédito feito pela Fundação Dom Cabral (FDC) neste ano. Em 2014, isso pode ter sido ainda mais evidente. Este não foi um ano fácil: os fundos de investimento fizeram menos aportes em startups, algumas empresas não conseguiram se provar no mercado e os modelos de monetização são cada vez mais um desafio.Mesmo assim, algumas startups conseguiram se destacar, seja por acordos de venda ou aquisição, por estratégias ousadas de marketing ou por trazerem inovações ao mercado.Com a ajuda de Guilherme Calheiros, diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digital, Camila Farani, investidora-anjo, Yuri Gitahy, membro do conselho da ABStartups, e Reinaldo Normand, empreendedor , EXAME.com mostra quais foram as startups que se destacaram neste ano. Veja nas fotos as oito startups de destaque.
O app estava na lista de destaque de 2013 e mereceu aparecer novamente neste ano. Com a premissa simples de usar o celular para encontrar um taxi, a empresa evoluiu, fechou parcerias com várias outras startups, como o Waze, passou a receber pagamentos direto pelo app e revolucionou a vida de milhares de taxistas e passageiros. Em julho, recebeu 90 milhões de reais para seguir crescendo. Desde a sua criação, a empresa captou 145 milhões de reais em investimento. “Com mais de 300 mil taxistas atendendo corridas diárias, é uma das startups brasileiras que mais cresceu em 2014”, diz Gitahy.
O Uber é provavelmente uma das startups mais polêmicas do ano. O app para conseguir caronas foi criado em 2009, em São Francisco, e muitos dizem que o serviço é ilegal, desrespeita as regras locais de transporte e ainda invade a privacidade dos usuários. Até agora, a empresa não tem se mostrado abalada e tenta continuar as operações na maioria dos países em que atua. Nesta semana, um executivo disse que as manchetes não são tão ruins assim para o negócio.
A startup recebeu mais de 1 bilhão de dólares em investimento de 33 investidores e está sendo avaliado entre 18 bilhões e 40 bilhões de dólares. “Esses dados por si só já a colocam como uma das startups mais valiosas da história. É conhecida e bem avaliada pela maioria dos usuários que deseja rapidez e conveniência em um trânsito cada vez mais caótico”, afirma Camila.
A startup recebeu mais de 1 bilhão de dólares em investimento de 33 investidores e está sendo avaliado entre 18 bilhões e 40 bilhões de dólares. “Esses dados por si só já a colocam como uma das startups mais valiosas da história. É conhecida e bem avaliada pela maioria dos usuários que deseja rapidez e conveniência em um trânsito cada vez mais caótico”, afirma Camila.
É verdade que o Peixe Urbano não é uma startup iniciante, mas não poderia ficar de fora da lista. Depois de um crescimento meteórico, quando chegou a ter quase mil funcionários, e uma queda causada pelo modelo de negócios falido das compras coletivas, o Peixe Urbano voltou às manchetes neste ano. O responsável por isso foi o Baidu, gigante chinês da internet que anunciou a aquisição da empresa brasileira. “O Peixe Urbano tem 20 milhões de usuários cadastrados na plataforma, fazendo com que ele fosse estratégico para o Baidu se afirmar no mercado brasileiro”, explica Calheiros.
Eram pouco mais de 50 pessoas trabalhando em um app de troca de mensagens pelo celular. A moda pegou e o Whatsapp entrou para a lista das aquisições bilionárias do Facebook. O negócio, anunciado em julho, foi consolidado em outubro por 22 bilhões de dólares.
Usado para comprovar de traição e casos de polícia, o aplicativo ganhou espaço nos celulares de várias partes do mundo, revolucionando o mercado.
Usado para comprovar de traição e casos de polícia, o aplicativo ganhou espaço nos celulares de várias partes do mundo, revolucionando o mercado.
Considerada uma das melhores ferramentas para organizar as finanças pessoais, o GuiaBolso puxa os dados da conta bancária direto para o celular e facilita a administração dos gastos e receitas. No final de 2013, a empresa recebeu um aporte liderado pelo fundo e.Bricks Early Stage, braço de venture capital da e.Bricks Digital. Em 2014, venceu a competição InfoStart, organizada pela revista Info.
Os apps de pedidos de comida delivery tiveram em 2014 um momento de consolidação, com aquisições e investimentos. No final de 2013, o iFood recebeu um aporte de 5,5 milhões de reais da Movile. Neste ano, mostrou a que veio. Em setembro, anunciou uma fusão com o RestauranteWeb, app rival comandado pela empresa britânica JustEat. No mês seguinte, confirmou duas aquisições de players locais, somando três compras no ano.
Fundada em 2009, pelos empreendedores Leonardo Simão e Juliana Della Nina, a Bebê Store faz parte do grupo BB Box, que controla as lojas Toy Store, Mommy Store e Kids Store. No começo de 2013, recebeu 20 milhões de reais em investimento feito pelos fundos W7 Brazil Capital e Atomico. Em julho de 2014, recebeu um aporte de 500 mil dólares da Catalyst, fundo de investimento da Endeavor, e anunciou a compra do seu principal concorrente, a Baby.com.br. Com a aquisição, a empresa passou a oferecer mais de 55 mil itens para bebês e crianças.
Lorrana Scarpioni tirou do papel uma ideia que parecia impossível: vender tempo. Ela criou a rede social Bliive, que funciona como um banco de horas online em que os usuários podem trocar serviços entre si, pagando com uma moeda própria. Com mais de 30 mil usuários, a rede social venceu o Desafio Intel deste ano e foi selecionada pelo Sirius Program, um programa de incentivo a startups do Reino Unido.