As startups brasileiras entre as mais inovadoras do mundo
As participantes brasileiras da lista global usam a tecnologia para resolver problemas antigos, como produtividade em campo e gestão de resíduos
Karin Salomão
Publicado em 12 de julho de 2018 às 08h00.
Última atualização em 12 de julho de 2018 às 08h00.
São Paulo - O Fórum Econômico Mundial acaba de lançar a sua lista das startups mais inovadoras do mundo. Essas empresas, vindas de países diferentes, são pioneiras em tecnologias que estão transformando os mercados em que atuam.
As inovações vão desde o uso de inteligência artificial para a criação de novos remédios até o desenvolvimento de veículos autônomos, cybersegurança e redução de resíduos. Para participar da lista, a empresa precisava ser independente, não uma subsidiária ou joint venture, e ter faturamento anual abaixo de 500 milhões de dólares.
As empresas escolhidas participam, por dois anos, de iniciativas, eventos e atividades desenvolvidas pelo Fórum e contribuem com ideias e perspectivas novas para problemas globais, diz a publicação.
Entre as 61 empresas da lista, 28 são dos Estados Unidos, oito de Israel, cinco do Reino Unido e três da Suíça. O Brasil está representado com duas empresas, a Agrosmart e a Plataforma Verde.
Usando sensores e dados de satélite, a Agrosmart monitora plantações em tempo real. O modelo de irrigação economiza água e energia e aumenta a produtividade.
Criada por três jovens empreendedores em 2014, ela entrou para programas de aceleração do governo brasileiro, da Google e se tornou uma parceira da Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, depois que a sócia Mariana Vasconcelos foi selecionada como bolsista na Singularity University, do Vale do Silício.
No mercado desde 2016, a startup tem hoje 120 mil hectares monitorados pelo Brasil, e atua também em países como México, Colômbia, Peru e Israel.
A segunda brasileira da lista também usa tecnologia para ajudar a melhorar a eficiência, mas agora da gestão do lixo e resíduos. A companhia desenvolveu um software que usa tecnologia blockchain para rastrear o lixo resíduos, transportes e destinos de toda a cadeia produtiva. Assim, a empresa consegue controlar melhor suas perdas.
Ela entrou no mercado há dois anos e busca clientes como indústrias, comércios, transportadoras, unidades de serviço, gerenciadoras e destinos finais de resíduos sólidos.
Confira as outras startups da lista do Fórum Econômico Mundial aqui.