As 10 franquias que mais crescem no Brasil
Veja quais são e qual o segredo das redes que mais abriram novas unidades no ano passado
Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2012 às 18h02.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.
São Paulo – Em 2010, o total de franquias em operação no Brasil aumentou em 8%, somando mais de 86 mil lojas. Mas algumas redes cresceram muito acima da curva, chegando a registrar quase 2000% de aumento no número de unidades. De setores variados, as marcas que mais cresceram em quantidade de lojas no ano passado são, na maioria, jovens e com grande potencial de expansão, assim como o próprio setor de franquias. Depois de aumentar em 20% o faturamento em 2010, chegando aos 76 bilhões de reais, o franchising brasileiro deve alavancar em mais 15% a receita em 2011. Confira nas próximas páginas as dez franquias que mais cresceram em 2010, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Saiba ainda quais foram os fatores por trás da expansão e conheça as metas de cada rede para este ano.
A rede de lojas de piscina foi a que mais cresceu no ano passado. Das 25 unidades em operação em 2009, a rede passou para quase 500. Para Marcos Nascimento, diretor de franchising da marca, o crescimento se deve à relação entre franqueadora, fábricas e os franqueados. “Os fabricantes, ao serem nomeados máster-franqueados, intensificaram a busca por franqueados com perfil empreendedor adequado, interessados no segmento, com disponibilidade imediata para investir e iniciar as atividades comerciais”, explica. Cada unidade requer investimento de 150 mil reais, que inclui taxa de franquia, estoque inicial, obras de adaptação da unidade e plano de inauguração para as lojas. O retorno do investimento é calculado para acontecer em 20 meses. A meta para 2011 é criar duas novas fábricas e abrir mais 70 franquias, sendo 20 no Brasil e outras 50 no exterior.
Criada há pouco mais de dois anos, a rede de lojas do Corinthians cresce ancorada em um dos maiores times do país. A marca, que já conta com mais de cem lojas, intensifica o crescimento no estado de São Paulo, incluindo a capital, a região metropolitana e Campinas. “A existência de um grande público consumidor de mais de 35 milhões de torcedores e a competência de desenvolver produtos específicos para as mais diversas ocasiões de consumo foram responsáveis pela expansão”, diz André Giglio, da consultoria Francap, que opera as franquias. Em 2011, a marca prevê um crescimento um pouco mais lento. Com a abertura de 20 novas franquias, a Poderoso Timão aposta na venda de produtos para tanto para o dia a dia quanto para a prática de esportes. Para taxa de franquia e capital de giro, o candidato a franqueado desembolsa 200 mil reais. O payback acontece entre 18 e 36 meses.
A paulista D’Pil, rede de clínicas de depilação, fechou 2010 com 315 unidades e para este ano já pensa em dobrar a rede. Segundo o diretor-geral da marca Danny Kabiljo, uma política agressiva de expansão com planos e metas bem definidos ajudaram na abertura de novas unidades. “A meta oficial é encerrar 2011 com 600 unidades em funcionamento, mas acerditamos que há espaço para atingir 700 unidades até dezembro no Brasil, sem considerar a expansão internacional”, diz. A marca oferece etorno relativamente rápido: quem investe 85 mil reais em uma unidade da D’Pil recupera o investimento em até 10 meses. A região sudeste é a mais procurada por novos franqueados.
A rede de sorveterias deu um salto na quantidade de unidades, triplicando o número de sorveterias em funcionamento. Para Sidney Kalaes, sócio da SMZTO Participações, holding que comanda a marca, a Casa do Sorvete Jundiá cresceu por conta da experiência. “A força da marca Jundiá, as ações de marketing da fábrica e o posicionamento da marca no mercado ajudaram na abertura de novas franquias”, explica. O investimento em uma sorveteria da rede fica entre 90 mil e 160 mil reais. O retorno, segundo a marca, acontece a partir de 10 meses de operação. São Paulo abriga a maioria das lojas da rede, que pretende inaugurar 24 novas unidades em 2011.
A área de acessórios pessoais, na qual se encaixam as redes de bijuterias, aumentou em 30% o faturamento no ano passado e é uma das mais promissoras do setor. A Pinkbiju, criada em 2005, tem hoje 262 unidades em funcionamento. “Uma marca forte, com variedade de produtos para todos os estilos e uma loja de layout atraente trouxeram os novos franqueados”, explica Humberto Rebeschini, do departamento de marketing da rede. O capital inicial mínimo para implantação de uma franquia é de 165 mil reais, mas pode chegar a mais de meio milhão dependendo do tamanho da loja, localização, instalações e estoque inicial. O retorno previsto do investimento fica entre 18 e 36 meses. Para 2011, a meta é chegar a 350 unidades.
A franquia de lojas virtuais tem um baixo investimento, de 7,2 mil reais. Esse é um dos motivos que levou a rede a crescer quase 200% no ano passado. Com 70 unidades em funcionamento, a Zets atua com mais força em São Paulo e no Rio de Janeiro. Shlomo Revi, proprietário da marca, acredita que a divulgação ajudou no crescimento. “Aumentamos os catálogos de produtos em oferta e fizemos uma divulgação maior”, diz. Com prazo de retorno calculado entre 12 e 18 meses, a rede planeja, em 2011, rever a estrutura de marketing para desenvolver lojas mais lucrativas.
Com a venda de produtos para segurança, a Castilho conta com 40 unidades em funcionamento no país. Para David Roberto Bianchini, da área de franchising da empresa, o mercado de segurança impulsionou o crescimento da rede. “Somamos o sucesso do negócio, a satisfação do franqueado e o fato do mercado de segurança eletrônica crescer 15% ao ano”, diz. Segundo ele, o negócio comporta uma unidade por um determinado grupo de cidades. O investimento inicial, com taxa de franquia, capital de giro, implantação e estoque, fica perto dos 300 mil reais. O retorno do capital acontece em 32 meses. “Nossa meta é abrir mais 5 unidades até dezembro, com foco no Nordeste”, afirma.
A rede de escolas de ensino profissionalizante foi criada em 2003, em Chapecó, Santa Catarina, e está no sistema de franquias desde 2005. A Pet Cursos fechou o ano com 230 unidades e, em 2011, já abriu outras 16 escolas. “O responsável pelo rápido crescimento é o modelo de negócio, em que o interessado investe apenas 25 mil reais”, afirma Everton Carlos Sabú, sócio-proprietário. O retorno do investimento inicial é previsto para acontecer entre 5 e 8 meses. O plano de expansão da rede prevê 60 novas unidades em 2011 e atingir a marca de 300 escolas em todo o país.
A Havaianas começou a vender seus produtos em lojas franqueadas em 2008. Já no ano seguinte acumulou 80 unidades. Hoje, são 145 lojas em funcionamento, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Parte do crescimento foi por franqueados que abriram novas lojas, estamos incentivando a rede a continuar investindo. O mercado aquecido e o modelo de negócio também colaboraram”, explica Rogério Bastos, diretor de Varejo da Alpargatas. Uma franquia – fora o custo com ponto comercial – custa 180 mil reais e tem retorno do investimento esperado para 24 a 36 meses. Para 2011, a rede já espera um crescimento ainda maior do que o de 2010. “Vamos ter uma expansão ainda mais agressiva”, diz Bastos.
A franquia faz parte do Grupo Zaiom, que se destacou no último ano com a abertura de 185 operações de todas as suas marcas. A Doutor Faz Tudo, que presta serviços de consertos e reformas, teve o melhor desempenho e tem, hoje, 156 unidades. “Mais recentemente, a demanda pelos serviços triplicou pois passou a vir também de condomínios, das administradoras e mesmo do sindico, para as áreas comuns dos prédios”, explica um dos sócios do grupo, Marco Imperador. A franquia custa 20 mil reais e promete retorno do investimento a partir do sexto mês de operação. Neste ano, a rede planeja abrir outras 100 novas unidades franqueadas até dezembro.
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