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App que agenda serviços de beleza recebe aporte de R$ 57 mi

A Vaniday pretende tornar a conexão entre salões e clientes mais eficiente. O negócio acaba de receber 15 milhões de euros da Rocket Internet, sua incubadora

Vaniday: em São Paulo, já são 400 salões de beleza cadastrados no aplicativo (Divulgação)

Mariana Fonseca

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 15h00.

São Paulo - A Vaniday, aplicativo que permite encontrar e agendar serviços de beleza e bem-estar, recebeu um aporte no valor de 15 milhões de euros (cerca de 57 milhões de reais, pela cotação atual).

O investimento foi feito pela alemã Rocket Internet , que tem no portfólio de aportes companhias como Dafiti e Easy Taxi, e também por investidores anônimos.

Segundo Cristiano Soares, co-fundador e CEO brasileiro da Vaniday, o aplicativo começou a partir de outro projeto. Soares havia elaborado no final de 2014 uma ferramenta similar ao que é a Vaniday hoje. Em janeiro deste ano, essa plataforma já tinha mais de 10 mil downloads.

O empreendedor acabou sabendo que a Rocket Internet procurava investir no mesmo ramo do seu serviço. "A Rocket absorveu o aplicativo e também o meu time. Incubando o projeto, ofereceu a estrutura inicial, apoio jurídico e de RH, além de um aporte inicial", conta o CEO, que não releva o valor desse primeiro investimento.

A Vaniday teve seu lançamento no dia 29 de março deste ano, no Brasil. A escolha pelo país se deu por duas razões, diz Soares: a primeira é que o Brasil é o terceiro maior mercado de beleza do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. A outra razão é que o ramo de salões ainda é muito offline. "Queremos aproximar esses estabelecimentos dos consumidores de uma forma mais eficiente. Hoje, é muito difícil fugir de participação digital", diz Soares.

O CEO conta que esse segundo investimento da Rocket, contando com o necessário para deslanchar a Vaniday, é um marco muito importante. "Em cinco meses de operação, é um sinal de reconhecimento e de aceitação por parte do mercado".

Além do Brasil, a Vaniday está também nos Emirados Árabes Unidos, na França, na Itália e no Reino Unido. No Brasil, o aplicativo se encontra apenas em São Paulo, com 400 estabelecimentos online na plataforma e outros 200 em contrato.

Funcionamento

No início, o foco era em profissionais independentes, mas depois a empresa se voltou aos salões. "Beleza não é apenas o serviço em si, mas uma experiência que envolve tanto o profissional quanto o ambiente. Queremos oferecer essa sensação completa", diz Soares.

Quando um salão se cadastra no aplicativo, a Vaniday oferece gratuitamente uma assessoria para montar o perfil do estabelecimento e para fazer uma divulgação do salão, tirando fotos profissionais e incluindo uma descrição dos serviços. Se o trabalho da Vaniday gera um novo atendimento no salão, aí sim uma comissão de 20% sobre o serviço é cobrada pelo app.

"Acho que estamos ajudando os negócios a passarem pela crise. No momento em que eles mais precisam, em que as pessoas reduzem suas visitas, conseguimos suprir horários vazios pela divulgação na plataforma. Preenchemos as lacunas, principalmente nos dias de semana", diz Soares.

Aporte

Para o CEO, o que mais atraiu os investidores foi o potencial da equipe. "Conseguimos construir e oferecer resultados rapidamente. Esse esforço de trabalho em equipe, todos apaixonados, fez com que conseguíssemos um dos maiores aportes da história da internet".

Os 15 milhões de euros serão usados principalmente para expandir a atuação do aplicativo para outras localidades e também para aumentar a operação de marketing e de tecnologia. Dentro do país, a ideia é chegar a estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro. "Esperamos realmente expandir, melhorar a experiência do usuário, conseguir alcançar novas regiões, alcançar mais pessoas. Com um investimento maior, conseguimos acelerar o processo".

São Paulo - Montar uma startup e ter sucesso com ela não é uma missão simples. Para ajudá-lo nesta tarefa, EXAME.com consultou especialistas que elencaram as principais dicas para quem está começando a trilhar este caminho. Os conselhos abrangem assuntos que vão do amadurecimento da sua ideia de negócio até a melhor forma de buscar ajuda de investidores. Veja as dicas nas fotos acima.
  • 2. 1 – Critique a sua ideia

    2 /12(Foto/Thinkstock)

  • Veja também

    Se você teve uma ideia de negócio para uma startup, precisa estar preparado para colocá-la à prova. “É importante o empreendedor tentar entender se essa ideia é consistente, se existe um mercado para isso e se as pessoas estão dispostas a pagar por aquilo”, afirma Giuliano Baptistella, COO da Gema Ventures, uma aceleradora de startups. Como fazer isso? Converse com o máximo de pessoas possíveis e coloque-se na pele do seu possível cliente, tente imaginar como ele se comportaria usando esse produto e busque identificar se aquela solução vai de fato facilitar a vida dele. Essa é a fase de validação da sua startup.
  • 3. 2- Seja flexível e, ao mesmo tempo, persistente

    3 /12(Rolphot/iStock)

  • Ao criticar a sua ideia, você provavelmente vai precisar fazer ajustes para que ela amadureça. Portanto, não se apegue. “Você vai consultar as pessoas e, a partir dos feedbacks que receber, vai precisar adaptar seu produto. Sendo assim, você não pode ter aquele apego muito forte ao seu negócio”, afirma Luisa Ribeiro, CEO da Gema Ventures. Porém, ao mesmo tempo em que o empreendedor deve ter flexibilidade, ele também precisa ser persistente – e muito. “Se perceber que sua ideia não é tão boa assim, não precisa desistir. O empreendedor precisa ser resiliente, ter garra para continuar”, ressalta.
  • 4. 3 – Conheça suas limitações

    4 /12(Getty Images)

    Não queira colocar sua ideia em prática sozinho. “Quando você tem uma ideia, deve pensar: Quem vai fazer isso comigo?”, afirma Marcilio Riegert CEO da aceleradora Start You Up. Segundo Riegert, é importante buscar pessoas que te complementem, ou seja, que tenham habilidades que você não tem. Outra coisa: essas pessoas precisam estar engajadas com o projeto. “A equipe precisa estar jogando junto, precisa querer fazer acontecer”, resume.
  • 5. 4 - Resolva os problemas como se fossem seus

    5 /12(Thinkstock)

    A máxima “Trate os outros como gostaria de ser tratado” também vale para os negócios. Frederico Flores, consultor e CEO da startup Ecommet, recomenda que, para ter sucesso com a sua startup, você precisa “resolver o problema dos outros da mesma forma que gostaria que resolvessem os seus”. “Essa máxima tem norteado todas as nossas ações na E-commet, e com isso conseguimos ótimos resultados. A gente se coloca no lugar do cliente e vê como gostaríamos que aquilo fosse feito. Um conhecimento avançado do seu produto e do seu público é o que resume esse princípio. Não faça simplesmente o que o mercado está fazendo”, aconselha.
  • 6. 5 - Mantenha o foco

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    Focar sua energia no seu produto inicial é uma das chaves para não se perder no começo da sua startup. “No início, você tem pouco recurso, poucos clientes e pouco nome no mercado. Se começar a atirar para todos os lados, isso será muito prejudicial. É melhor focar e uma ou duas coisas que você faz melhor”, recomenda Flores. Isso não significa que você não poderá diversificar seus produtos no futuro. “Depois que estiver mais desenvolvido, com mais clientes e mais nome no mercado, você pode começar a ir para outros produtos”, afirma o empresário.
  • 7. 6 – Valorize os talentos

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    O CEO da Ecommet conta que, no início, sua startup não tinha dinheiro para valorizar os bons profissionais com aumento salarial. Assim, a empresa buscou outras formas de reter esses funcionários. “Oferecemos um ambiente de trabalho super agradável, com videogame e sala de jogos. A ideia era: faça seu próprio horário e venha com a roupa que quiser”, conta. “Em sua jornada, você vai encontrar pessoas ruins, pessoas medianas, e algumas muito boas. Essas precisam ser valorizadas, seja com dinheiro, seja com um ambiente favorável para trabalharem”, resume Flores.
  • 8. 7 – Controle suas contas com rigor

    8 /12(iStock)

    O início de uma startup costuma ser um tempo de vacas magras. Sendo assim, para fazer com que sua empresa sobreviva, a dica é: economize ao máximo. Verifique a necessidade de cada gasto e, se necessário, dispense serviços que considerar supérfluos. “Se você não pode contratar uma faxineira, peça a colaboração da equipe para manter o local de trabalho limpo”, sugere Frederico Flores da Ecommet. Além de economizar, é preciso saber separar as suas contas pessoias das contas da empresa. “É comum acontecer dos donos de um negócio tirarem dinheiro da empresa para gastos pessoais. E se o custo de vida dele aumenta, às vezes ele tira mais dinheiro. Isso é muito cancerígeno para a empresa”, afirma Flores.
  • 9. 8 – Torne-se conhecido

    9 /12(Thinkstock/alphaspirit)

    Investir em marketing é fundamental. E para startups em início de carreira, as redes sociais e mídias digitais podem ser um bom caminho, já que são mais baratas do que as mídias tradicionais. “Não adianta você criar um produto fantástico e as pessoas não saberem que ele existe. Então é preciso divulgar, comunicar, as pessoas precisam te achar”, ressalta Luisa Ribeiro, CEO da Gema Ventures.
  • 10. 9 – Não tenha pressa de buscar investidores

    10 /12(weerapatkiatdumrong/ThinkStock)

    Não é uma boa ideia buscar investidores numa fase muito inicial da startup, aconselha Luisa. “É preciso lembrar que cada investimento é um percentual da empresa que você está entregando para alguém. Você deve buscar em primeiro lugar gerar receita própria, e aí buscar dinheiro de investidor para um plano específico”, afirma a CEO da Gema Ventures. Outra dica é buscar investimentos apenas quando houver um objetivo claro do que fazer com o dinheiro. “Vemos muitos empreendedores querendo o dinheiro como um fim”, afirma.
  • 11. 10 – Quer dinheiro? Mostre resultados

    11 /12(ThinkStock/Minerva Studio)

    Depois que você já amadureceu a sua ideia e conseguiu andar com as próprias pernas por um tempo, pode ser o momento de buscar investimento fora. E como fazer isso? “Mostre resultado. Não adianta apresentar um conceito para o investidor brasileiro, ele não está acostumado”, afirma Marcilio Riegert da aceleradora Start You Up. O investidor quer saber como o dinheiro dele vai render ali, ele precisa visualizar que aquele valor pode ser multiplicado, lembra Riegert.
  • 12. Veja agora dicas para largar o emprego

    12 /12(gpointstudio/Thinkstock)

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