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Depois dos R$ 40 mi, Gupy vai além do recrutamento e anuncia aquisição

Empresa acaba de adquirir a startup Niduu e marca entrada no mercado de treinamento e desenvolvimento de funcionários

Mariana Dias, CEO da Gupy: empresa anuncia sua primeira aquisição desde aporte de R$ 40 milhões (Germano Lüders/Exame)

Mariana Dias, CEO da Gupy: empresa anuncia sua primeira aquisição desde aporte de R$ 40 milhões (Germano Lüders/Exame)

A Gupy, startup de recrutamento e seleção, está em busca de mais espaço no mercado de recursos humanos e novas soluções para esse setor das empresas. Parte desse desejo está enraizado em um aporte de 40 milhões de reais da Oria Capital, recebido pela empresa em 2020.

Há um ano, o momento era de incertezas no mercado. Com a pandemia e a eminência do trabalho remoto, empresas tiveram de reinventar a maneira como conduziam seus processos de contratação, agora totalmente digitais. Foi nesse contexto que a Gupy cresceu e ganhou novo caixa para expandir suas soluções.

Um ano e meio depois, a empresa faz sua primeira grande movimentação após o aporte que surgiu com a promessa de marcar o novo momento da companhia e anuncia a aquisição da Niduu, startup de treinamento de funcionários.

A compra, de valor não revelado, marca a entrada da Gupy no setor de treinamento e desenvolvimento contínuo de funcionários. A motivação? Um mercado de trabalho sedento por novas qualificações e atualizações constantes.

“Dentro de um contexto no qual o Banco Mundial mostra que em 30 anos, mais de 50% da mão de obra vai precisar se requalificar e de que empresas vão precisar acelerar essa capacitação, precisávamos dar um próximo passo", diz Mariana Dias, cofundadora e CEO da Gupy.

A percepção da Niduu é de que as empresas precisam ir além de uma plataforma de treinamentos, mas olhar funcionários de forma individualizada, de forma a preencher possíveis lacunas de habilidades e capacitações, pessoa por pessoa.

Para isso, a empresa se propõe a ensinar funcionários a partir de microlearning, mobile learning e gamificação. Isso significa que há uma metodologia baseada em ensino remoto e adaptável, ou seja, que considera as particularidades de cada pessoa, além de ter aulas em formatos de jogos. Tudo para incentivar o engajamento durante o aprendizado.

A Niduu foi fundada em 2017 pelos empreendedores Júnior Mateus e Rômulo Martins e hoje tem mais de 70 colaboradores, 300 clientes e uma projeção de faturamento de 5 milhões para 2021. O bom resultado também já foi comprovado nos últimos 12 meses, quando a startup dobrou de tamanho.

A proposta com a aquisição é integrar as soluções das duas empresas em um único lugar. No primeiro momento, os serviços serão oferecidos como uma parceria, um na plataforma do outro. Mas a intenção é integrar isso em um único local já no ano que vem. “Agora a Gupy passa a olhar não só a empregabilidade, mas a educação como parte do futuro do mercado de trabalho”, diz.

Além de trazer uma nova área de atuação para a Gupy, a Niduu também vem para auxiliar a startup de recrutamento a manter o crescimento de dois dígitos por mais um ano. "Duplicamos de tamanho no último ano, e não esperamos menos para o futuro”.  A partir da junção com a Niduu, a Gupy também salta de 1.300 para 1.600 clientes.

Já a proposta para a Niduu é triplicar de tamanho agora que integra a gigante de RH com mais de 20 milhões de usuários cadastrados e clientes como Ambev, GPA, Sicredi, Vivo, Cielo e Renner. “Assim como tornamos a Gupy na mais importante de seu segmento, com a Niduu, sabemos que criaremos a líder no mercado de treinamento e desenvolvimento corporativo”, diz Dias.

“Desde as primeiras conversas percebemos que havia muita sinergia entre as duas empresas em termos de cultura e propósito. Nos demos muito bem com os fundadores da Gupy, parecia que já nos conhecíamos há muito tempo. Foi muito bom ver que já estávamos indo na mesma direção e trabalhando para sanar dores do mesmo mercado. Estamos muito animados para transformar o futuro do RH no Brasil juntos”, diz Júnior Mateus, co-CEO da Niduu.

Com o crescimento acelerado, a Gupy não descarta novas aquisições no futuro. “Vemos M&As como uma possível via para conseguir manter o nosso ritmo de expansão, mas uma outra forma de inovação também é com desenvolvimento interno”, diz Dias.

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