Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Eles criaram a Alexa das PMEs e agora receberam um aporte da KPTL

A Chatbot Maker, de inteligência artificial, recebeu um investimento de R$ 1,5 milhão para melhoria tecnológica da sua robô voltada a pequenas e médias empresas, a Suri

Modo escuro

Continua após a publicidade
Thiago Amarante e Marlos Távora, fundadores da Chatbot Maker: empresa criou a Alexa das PMEs e agora recebeu aporte de R$ 1,5 milhão (Edimar Soares/Divulgação)

Thiago Amarante e Marlos Távora, fundadores da Chatbot Maker: empresa criou a Alexa das PMEs e agora recebeu aporte de R$ 1,5 milhão (Edimar Soares/Divulgação)

M
Maria Clara Dias

Publicado em 23 de junho de 2021 às, 16h02.

Última atualização em 23 de junho de 2021 às, 16h03.

A comunicação entre consumidores e marcas está cada vez mais automatizada. O exemplo clássico está no setor financeiro e na extensa lista de assistentes virtuais que auxiliam clientes em serviços básicos e dúvidas cotidianas relacionadas às suas transações. É a ideia de robotizar o atendimento.

Algumas empresas levam a ideia mais a sério e criam personas para suas assistentes virtuais, com identidade própria e tudo. É o caso do Magazine Luiza e sua assistente Lu, que interage com consumidores pelas redes sociais e tem até mesmo um canal no YouTube.

  • A pandemia mostrou que a inovação será cada dia mais decisiva para seu negócio. Encurte caminhos, e vá direto ao ponto com o curso Inovação na Prática

Foi de olho nesse cenário que os empreendedores Thiago Amarante e Marlos Távora fundaram, ainda em 2017, a Chatbot Maker, startup de inteligência artificial que desenvolve chatbots personalizados para empresas. O propósito era facilitar a comunicação entre marcas e consumidores em um contexto que exigia cada vez mais agilidade no atendimento digital.

Sem deixar de lado a humanização, a premissa da Chatbot Maker é oferecer chatbots personalizados. A startup faz isso com a ajuda da Suri, sua robô. De maneira simplificada, a startup “pluga” a Suri aos canais de comunicação de pequenas e médias empresas, especialmente o WhatsApp. A partir disso, permite que empresas respondam, via chat, consumidores que tenham dúvidas sobre informações básicas como o horário de funcionamento e atendimento da companhia, localização, formas de pagamento e até mesmo vagas de emprego.

“Vimos que as empresas seriam quase obrigadas a dar atendimento via chat, pois teriam de estar onde os clientes estão. Hoje, a mudança de hábito dos usuários, com o advento dos aplicativos de mensagem, traz também a necessidade de imediatismo para as empresas”, diz Marlos Távora, cofundador da startup.

Agora, a empresa acaba de receber um investimento de 1,5 milhão de reais feito pela KPTL, em um fundo criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e que conta também com o Banco do Nordeste e mais nove organizações. O objetivo é usar o capital para trazer ainda mais opções à Suri.

Alexa das PMEs

Para deixar claro o diferencial da Suri, os fundadores comparam a robô com a Alexa, assistente virtual da Amazon. Assim como a robô da Amazon, a inteligência artificial da Chatbot Maker também conta com aprendizado de máquina, ou seja, vai se adaptando às necessidades dos usuários na medida em que é utilizada. “Criamos a Alexa para pequenas e médias empresas“, diz Thiago Amarante, CEO da Chatbot Maker.

Segundo o empreendedor, hoje o mercado oferece opções escassas para empresas que querem ter uma inteligência artificial. “Hoje, ou uma empresa precisa fazer a contratação de uma empresa terceirizada - o que é demorado e caro - ou ela mesma precisa construir seu chatbot, o que não é um processo fácil e também custoso”, diz Amarante.

Com a Suri, uma PME não precisa aprender conceitos relacionados especificamente ao desenvolvimento de chatbots, como design digital, por exemplo. Tampouco precisa contratar uma empresa. A solução já vem pronta: basta plugar e usar.

Com a pandemia, que trouxe às empresas uma necessidade de digitalização forçada e agilidade nos canais de atendimento - levando em conta que não mais existiam os pontos físicos -, a empresa saltou de 25 para 200 clientes. Desde 2017, a empresa já criou mais de 450 chatbots diferentes, que viabilizaram a troca de 1,5 bilhão de mensagens trocadas com a Suri por 3,5 milhões de pessoas.

Planos futuros

Segundo Amarante, o aporte recebido pela KPTL será utilizado para impulsionar a empresa. Para isso, o capital servirá para trazer um novo aparato tecnológico à Suri, ajudando a empresa a implementar novas tecnologias à robozinha. “Vamos melhorar a inteligência da Suri, colocando em novas verticais de negócios”, diz.

A ideia é incorporar novos canais de comunicação na robô, principalmente o Instagram. Hoje, o principal canal é o WhatsApp.

Além disso, com 70% do valor aplicado a estratégias de marketing e tecnologia, a startup quer também tornar a plataforma ‘self-service’, simplificando o acesso para que empresas possam entrar e testar livremente. Em segundo plano, a empresa quer também aperfeiçoar o acompanhamento de métricas obtidas pela Suri pelo celular, algo que hoje é feito apenas pelos desktops.

Em comum, todas as melhorias visam multiplicar por cinco a base de clientes até o final do ano, saltando de 200 para 1.500 usuários. “Esse capital ajudará na evolução que queremos fazer. Foram sete meses de muito diálogo com fundos e agora podemos ter o impulso que precisamos para crescer”, diz o CEO.

Fique por dentro das principais tendências do empreendedorismo brasileiro. Assine a EXAME.

De 1 a 5, qual sua experiência de leitura na exame?
Sendo 1 a nota mais baixa e 5 a nota mais alta.

Seu feedback é muito importante para construir uma EXAME cada vez melhor.

Últimas Notícias

Ver mais
Empreendedor Individual deve enviar declaração até dia 30 de junho; veja como fazer

seloPME

Empreendedor Individual deve enviar declaração até dia 30 de junho; veja como fazer

Há um ano

Além das salas de aula: 4 maneiras de aprender mais sobre empreendedorismo

seloPME

Além das salas de aula: 4 maneiras de aprender mais sobre empreendedorismo

Há um ano

Bolsonaro sanciona Pronampe; estimativa de crédito para MPEs é de R$ 50 bi

seloPME

Bolsonaro sanciona Pronampe; estimativa de crédito para MPEs é de R$ 50 bi

Há um ano

3 cases de inovação aberta - o que podemos aprender com eles?

seloPME

3 cases de inovação aberta - o que podemos aprender com eles?

Há um ano

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027

Lead Energy quer reduzir R$ 1 bi na conta de luz dos brasileiros até 2027

Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro

Ceará deve se tornar um dos maiores produtores do combustível do futuro

“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei

“O número de ciberataques tem crescido 20% ao ano”, diz a Huawei

“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara

“A geração de energia caminha lado a lado com o desenvolvimento econômico”, diz Paulo Câmara

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais