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A startup colombiana que quer ser o “Google das viagens”

A Viajala, que chegou ao Brasil há seis meses, cresce ajudando viajantes que não querem perder tempo na busca de passagens mais baratas

Viajala: os fundadores Julien Vincent, Catalina Jaramillo, Thomas Allier e Josian Chevallier (ao fundo) (Viajala/Divulgação)

Rita Azevedo

Publicado em 20 de maio de 2017 às 08h00.

Última atualização em 20 de maio de 2017 às 08h00.

São Paulo — O negócio da startup colombiana Viajala, que chegou recentemente ao Brasil,  é dar uma mãozinha aos viajantes que já sabem para onde ir, mas não pretendem perder muito tempo na pesquisa de preços.

Diferentemente de uma plataforma de compra, o site oferece aos usuários um buscador de preços de passagens de avião, pacotes de viagens e diárias em hotéis. A transação é fechada diretamente com a empresa que oferecerá o serviço.

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História do negócio

A ideia de criar um metabuscador surgiu quando o francês Thomas Allier ainda morava em seu país natal. Depois de casar com uma colombiana, a engenheira Catalina Jaramillo, Allier viu no país latino uma oportunidade de colocar o plano em prática, aproveitando o surgimento de companhias aéreas low cost no país.

Além de Allier e Catalina, o Viajala tem outros três co-fundadores. São os franceses Josian Chevallier, Luc Guilhamon e Julien Vincent.

Pouco tempo de ser criado, na cidade de Medellín e em 2013, o Viajala foi aprovado no Start-Up Chile, programa do governo chileno, recebendo 40 mil dólares em capital semente.

Depois disso, entrou no programa de incubação da Wayra, aceleradora de startups da Telefônica. Em 2015, recebeu um investimento de cerca de 500 mil dólares do fundo Altabix, do grupo hoteleiro mexicano City Express.

A empresa começou a operar no Brasil em outubro de 2016. Antes disso, desembarcou no Chile, no Peru, no México, na Argentina.

“O Brasil foi o último por ter um mercado de viagens online mais complexo. Precisávamos aperfeiçoar alguns detalhes antes de dar esse passo estratégico”, explica Eduardo Martins, gerente da startup no Brasil."Em menos de um ano de operação, o país está se tornando o terceiro maior mercado do Viajala."

Como se diferenciar da concorrência?

O conhecimento do mercado latino é a grande aposta da empresa para lidar com concorrentes de peso como o norte-americano Kayak, em operação há 14 anos.

“Somos os únicos latinos nesse segmento, o que permite nos aproximarmos mais dos locais onde atuamos do que as empresas globais, que estão mais focadas no mercado europeu, por exemplo”, diz Martins.

“Acompanhar e entender as especificidades de cada país nos ajuda, por exemplo, a buscar parcerias não apenas com empresas tradicionais, mas com aquelas que sejam relevantes para a população local”, diz Martins.

Atualmente, o Viajala tem 25 parceiros no Brasil, como TAM, Gol, Avianca, Submarino Viagens, Viajanet, ToGoTravel e Booking.

Monetização e metas

Para o viajante, o uso do site é gratuito. O modelo de receita da Viajala tem como base a cobrança de uma comissão do anunciante das ofertas, que decide se irá pagar um percentual da venda fechada ou um valor pré-determinado por cada clique.

A empresa não divulga faturamento, mas diz que a receita gerada para parceiros é, em média, de 10 milhões de dólares por mês. "Desde quando a iniciamos a operação, crescemos sete vezes a cada ano", diz Martins.

A expectativa do Viajala é que, até o final de 2017, a marca de 1 milhão de visitas mensais seja alcançada no Brasil. No mundo, a média de usuários únicos é de 1,8 milhão por mês.

 

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