No atendimento, a experiência de consumo do cliente deve ser positiva (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 05h00.
São Paulo – As compras de Natal estão a todo vapor. Os empreendedores que se preparam e planejam para a data não costumam ter problemas no pico de vendas. Mas, com menos de uma semana para o Natal, quem não se preparou também não precisa se desesperar ou deixar para melhorar só no ano que vem.
Confira a seguir as dicas de especialistas sobre problemas corriqueiros no comércio nesta época, como driblá-los e dispensá-los neste e nos próximos anos.
1. Estoque a favor das vendas
O resultado de um bom atendimento é ter dedicação e agilidade. Em uma loja de roupas, por exemplo, o vendedor busca na arara a melhor peça conforme o gosto do consumidor. Mas, quando falta o produto por ali, correr para o estoque pode afetar as vendas. Um estoquista e um repositor que trabalhem em conjunto com o vendedor contribuem para a agilidade do restante da equipe. Estes funcionários levam a “bagunça” da loja para o estoque, onde organizam novamente o que não foi vendido.
É importante que o local esteja devidamente organizado para facilitar a procura dos produto. Cada loja tem um processo de armazenagem diferente e, por isso, cada funcionário novo precisa conhecer as mercadorias e saber como identificá-las, seja por código, modelo, tamanho ou cor, por exemplo. “Um funcionário bem treinado consegue multiplicar por três a capacidade de atendimento”, comenta o sócio da Práxis Education, Leonardo Marchi.
2. Mais gente no caixa
O preparo para atender os clientes tem que valer para o caixa também. É alto o índice de desistência dos clientes quando se deparam com filas imensas no caixa. Por isso, tenha mais funcionários treinados para assumir o posto em momentos de pico.
“Se não consegue eliminar a fila, ofereça oferecer água ou café e cadeiras para os clientes aguardarem”, propõe o consultor do Sebrae, Gustavo Carrer.
3. Cuidado com as maquininhas
Muita gente pensa em economizar e contrata apenas um serviço de máquinas de cartão. Quando o sistema cai ou congestiona, o empresário vira refém da operadora e sem saber quando poderá voltar a passar cartões. A recomendação dos especialistas é trabalhar com dois fornecedores distintos.
Outras formas de pagamento também são bem vindas, mas podem exigir cuidados. Para aceitar cheques, por exemplo, verifique a credibilidade do cliente ou passe para uma empresa que assuma o risco da inadimplência – elas costumam cobrar uma remuneração por isso.
Com o fluxo intenso nestas semanas, não perca o faturamento também por falta de troco. Para quem tem um bom relacionamento e uma boa movimentação bancária, Marchi sugere pedir ao gerente do banco para fazer saques com dinheiro trocado.
4. Nota fiscal à moda antiga
Muitos estabelecimentos utilizam a rede para enviar dados da movimentação a uma central. Se o sistema cai, o lojista precisa ter o velho talão de nota fiscal por perto. O mesmo vale se acontecer problemas como falta de energia ou se a impressora quebra. “O grande ponto é proporcionar uma experiência de consumo positiva ao cliente”, lembra Marchi.
5. Invista para vender mais
As lojas de rua podem perder cliente caso não oferecem uma opção de estacionamento. Uma opção é contratar um serviço de manobrista por duas semanas. O sócio da Práxis Education lembra que essa opção compensa conforme o ticket médio da loja, que precisa ser acima de 100 reais. Também é possível cobrar o serviço do cliente, mas, neste caso, vale considerar se o perfil da sua clientela pagaria para ter o carro estacionado.
6. Estabeleça horários para trocas
Com tanta gente querendo comprar, um pedido de troca ainda resulta em mau atendimento. Leonardo Marchi explica que na troca a comissão já foi paga ao vendedor e o cliente fica no jogo do empurra-empurra.
Para evitar isso neste período de maior movimentação, deixe claro e visível na loja qual o prazo, dias e horários para fazer troca. Peça, inclusive, para o responsável pelo caixa dar o recado. “Se o cliente é avisado, ele até acata”, comenta o especialista. Muitas empresas incentivam a troca depois do Natal, respeitando o prazo e dias adequados, pois a prática tem sido uma possibilidade para uma nova venda.
7. Evite também o caos online
Os sites de compra online também podem sofrer com o excesso de clientes. Diego Maia, especialista em vendas, sugere que os empresários busquem um provedor confiável e com atendimento 24 horas. Assim, qualquer problema pode ser resolvido mais rápido e a empresa evita perder a venda. Além disso, monitore o acesso à loja e aos produtos e faça testes para identificar logo quando estiver fora do ar.
Outro problema associado às vendas pela internet é a entrega. Faça ajustes na promessa de prazos ao cliente e um acordo com a empresa de logística sobre o serviço. Assim, se a companhia contratada não cumprir as entregar, terá que pagar uma multa.