6 sinais de que está na hora de empreender
Entenda como fazer uma autoanalise para acabar com a dúvida se deve ou não abrir um negócio
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2011 às 11h31.
São Paulo – Com economia mais aquecida e todos os predicados que têm feito o Brasil ser o país da vez no cenário internacional, mais gente está considerando o empreendedorismo como opção de vida. Mesmo assim, a dúvida de colocar em risco a segurança de um emprego por poder tocar a própria empresa pode ser cruel. Ou mais, pode virar um caso médico.
Fernando Canuto descobriu no consultório médico que queria ser empreendedor. Foi depois de uma crise de ansiedade que ele decidiu que estava na hora certa e no lugar certo para empreender. “Essa crise foi um reflexo da minha dúvida entre o que eu queria fazer e o medo de deixar alguma coisa para trás”, conta.
Hoje, Canuto está no controle do site bougue, que faz comparações de orçamentos de serviços em tempo real, e explica que a vontade de ser dono de um negócio sempre falou mais alto. “Eu investi muito na minha carreira. Aos 30, eu era executivo e ganhava bem. Mas queria, de fato, algo que pudesse impactar o meu ambiente”, diz.
Para Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP, o perfil empreendedor está dentro de quase todo mundo. “Alguns desenvolvem melhor do que outros a capacidade de correr risco, de se comunicar bem e analisar cenários. Mas tem que horas que não é preciso ter todas essas habilidades”, diz.
1.Eu tenho certeza (e medo)
Um dos principais sinais de que está na hora certa de empreender é a soma de certeza e medo. “Ter certeza do que e onde empreender é um sinal claro. Isso vem da paixão por ter um negócio em uma área que você gosta”, sugere Maurício Galhardo, especialista em empreendedorismo e sócio da Praxis Consultoria.
Daniel Turini, fundador da Crivo, define o medo como um dos sinais mais explícitos de que o negócio pode dar certo. A empresa que dobra de tamanho a cada ano, teve receita de 20 milhões de reais em 2009. “A certeza e o medo de dar errado te ajudam a tomar cuidados, ponderar as decisões e não fazer loucuras”, conta.
2.Estou disposto a fazer de tudo
Conhecer um setor que te agrada e querer ser o próprio chefe são bons indicativos de que o empreendedorismo pode ser o caminho certo. O próximo passo é aceitar as condições do negócio. “Por exemplo, uma pessoa que gosta de chocolate e quer abrir uma loja tem que pensar se está disposta a acordar cedo, gerir funcionários e trabalhar nos finais de semana”, diz Galhardo.
Saiba até que ponto você está disposto a aceitar as condições específicas do negócio e investir na ideia. “Eu vendi o carro e hoje ando a pé. Estou vendendo um imóvel para investir no negócio que eu acredito. Com isso, o que era intangível começa a parecer real”, explica Canuto.
3.Eu tenho um plano
Para os especialistas, virar empreendedor não é uma decisão a ser tomada do dia para a noite. Antes do famigerado plano de negócios, é preciso ter um planejamento de vida. “Antes da Crivo, abri uma empresa que não deu certo. Mesmo assim, minha segunda opção era começar outro negócio”, diz Turini.
Para Galhardo, quem se planeja geralmente aproveita uma oportunidade de mercado. “É legal fazer um planejamento de preparação para empreender. Geralmente, quando a pessoa sabe tudo da área técnica, mas não entende de gestão de pessoas ou financeira ou não sabe conversar com o contador e escolher um regime tributário, o negócio pode desandar”, conta.
4.Tenho capital para uma emergência
Outra preparação importante é a financeira. “Analise se é viável e faça um planejamento para saber se a empresa vai dar lucro e se você tem recursos para começar”, sugere o consultor do Sebrae/SP, Reinaldo Messias.
Turini conta que a Crivo levou quatro anos para dar retorno e eles estavam preparados para isso. “Sabia dos riscos e que, em três anos, não teríamos quase nada de volta”, conta. Por isso, não colocar todo o seu dinheiro no negócio é recomendado. “Isso é muito arriscado, já que sempre há a possibilidade de não ir tão bem e você vai precisar de uma reserva nesse período”, explica Galhardo.
5.Conheço as consequências do fracasso
Não existe plano de negócio ou curso que faça um negócio dar certo. Por isso, a consciência de sua empresa pode entrar para as estatísticas de fracassos precisa estar sempre presente. A dica de Turini para evitar isso é queimar as pontes com o passado. “Pense que se a empresa acabar, você vai se dar muito mal. Enquanto a gente está confortável e tem um plano B, não se esforça o máximo que pode”, diz.
6.Não estou tentando fugir do emprego
Se o empreendedorismo é uma alternativa ao emprego chato, mude de ideia. “Eu acho que arriscar não é trocar de emprego. É quando você desestrutura sua zona de conforto, muda o ambiente, as pessoas”, opina Canuto.
A regra, para Galhardo, é bem clara: não empreenda para fugir de um emprego ou simplesmente por necessidade. “As chances de insucesso são maiores nesses casos”, conclui.
São Paulo – Com economia mais aquecida e todos os predicados que têm feito o Brasil ser o país da vez no cenário internacional, mais gente está considerando o empreendedorismo como opção de vida. Mesmo assim, a dúvida de colocar em risco a segurança de um emprego por poder tocar a própria empresa pode ser cruel. Ou mais, pode virar um caso médico.
Fernando Canuto descobriu no consultório médico que queria ser empreendedor. Foi depois de uma crise de ansiedade que ele decidiu que estava na hora certa e no lugar certo para empreender. “Essa crise foi um reflexo da minha dúvida entre o que eu queria fazer e o medo de deixar alguma coisa para trás”, conta.
Hoje, Canuto está no controle do site bougue, que faz comparações de orçamentos de serviços em tempo real, e explica que a vontade de ser dono de um negócio sempre falou mais alto. “Eu investi muito na minha carreira. Aos 30, eu era executivo e ganhava bem. Mas queria, de fato, algo que pudesse impactar o meu ambiente”, diz.
Para Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP, o perfil empreendedor está dentro de quase todo mundo. “Alguns desenvolvem melhor do que outros a capacidade de correr risco, de se comunicar bem e analisar cenários. Mas tem que horas que não é preciso ter todas essas habilidades”, diz.
1.Eu tenho certeza (e medo)
Um dos principais sinais de que está na hora certa de empreender é a soma de certeza e medo. “Ter certeza do que e onde empreender é um sinal claro. Isso vem da paixão por ter um negócio em uma área que você gosta”, sugere Maurício Galhardo, especialista em empreendedorismo e sócio da Praxis Consultoria.
Daniel Turini, fundador da Crivo, define o medo como um dos sinais mais explícitos de que o negócio pode dar certo. A empresa que dobra de tamanho a cada ano, teve receita de 20 milhões de reais em 2009. “A certeza e o medo de dar errado te ajudam a tomar cuidados, ponderar as decisões e não fazer loucuras”, conta.
2.Estou disposto a fazer de tudo
Conhecer um setor que te agrada e querer ser o próprio chefe são bons indicativos de que o empreendedorismo pode ser o caminho certo. O próximo passo é aceitar as condições do negócio. “Por exemplo, uma pessoa que gosta de chocolate e quer abrir uma loja tem que pensar se está disposta a acordar cedo, gerir funcionários e trabalhar nos finais de semana”, diz Galhardo.
Saiba até que ponto você está disposto a aceitar as condições específicas do negócio e investir na ideia. “Eu vendi o carro e hoje ando a pé. Estou vendendo um imóvel para investir no negócio que eu acredito. Com isso, o que era intangível começa a parecer real”, explica Canuto.
3.Eu tenho um plano
Para os especialistas, virar empreendedor não é uma decisão a ser tomada do dia para a noite. Antes do famigerado plano de negócios, é preciso ter um planejamento de vida. “Antes da Crivo, abri uma empresa que não deu certo. Mesmo assim, minha segunda opção era começar outro negócio”, diz Turini.
Para Galhardo, quem se planeja geralmente aproveita uma oportunidade de mercado. “É legal fazer um planejamento de preparação para empreender. Geralmente, quando a pessoa sabe tudo da área técnica, mas não entende de gestão de pessoas ou financeira ou não sabe conversar com o contador e escolher um regime tributário, o negócio pode desandar”, conta.
4.Tenho capital para uma emergência
Outra preparação importante é a financeira. “Analise se é viável e faça um planejamento para saber se a empresa vai dar lucro e se você tem recursos para começar”, sugere o consultor do Sebrae/SP, Reinaldo Messias.
Turini conta que a Crivo levou quatro anos para dar retorno e eles estavam preparados para isso. “Sabia dos riscos e que, em três anos, não teríamos quase nada de volta”, conta. Por isso, não colocar todo o seu dinheiro no negócio é recomendado. “Isso é muito arriscado, já que sempre há a possibilidade de não ir tão bem e você vai precisar de uma reserva nesse período”, explica Galhardo.
5.Conheço as consequências do fracasso
Não existe plano de negócio ou curso que faça um negócio dar certo. Por isso, a consciência de sua empresa pode entrar para as estatísticas de fracassos precisa estar sempre presente. A dica de Turini para evitar isso é queimar as pontes com o passado. “Pense que se a empresa acabar, você vai se dar muito mal. Enquanto a gente está confortável e tem um plano B, não se esforça o máximo que pode”, diz.
6.Não estou tentando fugir do emprego
Se o empreendedorismo é uma alternativa ao emprego chato, mude de ideia. “Eu acho que arriscar não é trocar de emprego. É quando você desestrutura sua zona de conforto, muda o ambiente, as pessoas”, opina Canuto.
A regra, para Galhardo, é bem clara: não empreenda para fugir de um emprego ou simplesmente por necessidade. “As chances de insucesso são maiores nesses casos”, conclui.