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1. Boas de briga
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1/7 (Divulgação/UFC)
São Paulo – Um esporte antes marginalizado que caiu no gosto popular e hoje reúne milhares de pessoas em volta de um octógono. As artes marciais mistas, conhecidas como MMA e popularizadas pelo Ultimate Fighting Championship (
UFC), atingiram uma popularidade semelhante ao boxe, porém ganham no quesito sucessos. Enquanto a participação brasileira no boxe sempre foi tímida, o MMA conta com grandes nomes e muitos brasileiros no ringue. O auge veio com a denominada “luta do século”, em fevereiro do ano passado, em que
Anderson Silva nocauteou Vitor Belfort, em um confronto que durou apenas três minutos e 25 segundos. Desde então, a luta, um misto de diversas modalidades de artes marciais, começou a ganhar espaço nas televisões em noites de sábado, quando ocorrem os confrontos do UFC, bem como em academias, que atraem cada vez mais alunos. A novidade é que, antes procurado por lutadores com alguma experiência em outras modalidades, o MMA hoje leva iniciantes, com nenhuma prática em artes marciais, às aulas específicas. Existe de tudo no mercado. Algumas academias se focam apenas em treinar atletas profissionais, mas há espaço para amadores, que podem aprender as técnicas sem ter nenhum contato físico. Por isso, em muitos lugares é possível encontrar até mulheres e adolescentes treinando MMA. A melhora no condicionamento físico, na resistência e no alongamento são atrativos, além da possibilidade de queimar até 1,5 mil calorias em uma hora e meia. Há espaço, ainda, para produtores de materiais para esportes de impacto que garantiram um crescimento nas vendas após a popularização do esporte. Veja a seguir seis
pequenas empresas que têm se beneficiado dessa nova onda esportiva.
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2. Forcefield
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2/7 (Divulgação)
Uma pesquisa de mercado mostrou à dentista Nathalie Mikellides que não havia protetores bucais de qualidade fabricados no Brasil. A partir daí, com a ajuda de um investidor-anjo, a empresária desenvolveu o produto. “Temos o mesmo princípio do vidro à prova de balas, só que com várias camadas de uma liga específica”, explica. O valor de um desses produtos, que protegem contra fortes impactos no rosto e ainda podem ser personalidos, varia de 139 a 365 reais. São mais de 200 dentistas parceiros em todo o país que fazem o molde da boca do atleta – quando o cliente faz o pedido no site da Forcefield, recebe o endereço e os contatos do profissional mais próximo – e enviam para a fábrica, que leva cerca de 10 dias para entregar o protetor. Após o primeiro UFC no Rio de Janeiro, em meados de 2011, Nathalie destaca um aumento de 20% nas vendas. “Mas o crescimento é contínuo, especialmente após conseguirmos ser o protetor oficial do reality show da Globo”, conta a empresária, referindo-se ao The Ultimate Fighter, em que duas equipes disputam um contrato com o UFC.
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3. Spank
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3/7 (Divulgação)
Com mais de 100 produtos associados a luta, a Spank completa três anos no mercado em 2012 com um número expressivo em vendas. "Hoje meu maior problema é não ter produtos suficientes para atender a demanda do mercado”, destaca o fundador Ricardo Santana. Os itens mais vendidos são luvas, protetores bucais e bandagens. A empresa foi criada em 2009 pelo também proprietário da MMAShop, especializada em venda de artigos de luta online. Santana acredita que esse é um mercado em franca expansão, porque está deixando de ser estigmatizado. “Estamos deixando de ser um nicho para sermos um lifestyle. Esse é, inclusive, o slogan da nossa marca." Além dos artigos mais conhecidos em lutas, também compõem a linha da Spank camisetas, shorts, bonés, chaveiros e até kits infantis, com um mini saco de pancada e uma luva de boxe.
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4. MMAShop
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4/7 (Divulgação)
Além de ofertar produtos para lutadores de diversas modalidades, entre elas o MMA, o MMAShop oferece a possibilidade de alugar ringues e octógonos para lutas. Entre os materiais disponíveis, a loja online oferece os produtos necessários para prática de qualquer esporte de combate e trabalha com mais de 30 marcas. Há desde shorts, protetores bucais, luvas e bandagens, passando por sacos de pancada e chaveiros. O proprietário da empresa, Ricardo Santana, sempre foi um apaixonado e praticante de artes marciais. Após enfrentar muita resistência em casa, por conta do preconceito pelo esporte, hoje ele é também consultor para equipamentos do UFC. Santana destaca que, após a chegada do UFC no Brasil, as vendas começaram a fluir com mais facilidade. “Antes ser lutador era algo estigmatizado, associado à marginalidade. O grande público começou a aceitar com bons olhos e logo o esporte e o estilo de vida do MMA fará parte da cultura brasileira”. As vendas triplicaram nos últimos dois anos.
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5. Academia Versus Fight Club
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A popularização do MMA alcançou várias academias que se dedicavam a artes marciais. Uma delas, a Versus Fight Club, viu a procura dos alunos pela aula crescer 40%. Esse aumento começou a ser notado no último ano, impulsionado pela luta que consagrou o esporte no país, entre Vitor Belfort e Anderson Silva. Segundo um dos sócios da academia, Fernando Rocha, o que mais surpreende é o interesse de pessoas sem nenhum histórico com lutas. “Antes, o aluno de MMA já praticava alguma outra arte marcial, mas agora a procura é, inclusive, de quem nunca treinou”. A aula recreativa de MMA tem 1h30 de duração e, com o condicionamento máximo, pode queimar até 1,5 mil calorias. A mensalidade custa 130 reais e a turma, ainda única, tem 17 alunos. “Todos os dias tem gente que vem assistir a uma aula ou participar experimentalmente”, conta Rocha que avalia a abertura de outra turma da modalidade. Além da turma recreativa, a academia patrocina 4 atletas que treinam profissionalmente.
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6. Pretorian Hard Sports
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Há 45 anos no mercado, a Pretorian desenvolve e fabrica equipamentos para esportes de contato que visam melhorar o desempenho do atleta. As linhas são dividas para atender diversos níveis de utilização, desde atividades recreativas até treinamentos de alto desempenho para profissionais. Os produtos são feitos em 10 fábricas no Brasil. Alguns itens são trazidos da Ásia. Hoje são mais de 4 mil pontos de venda em todo o país. Entre os produtos mais vendidos estão sacos de pancada, luvas e aparadores de chute. Segundo a empresa, o UFC tem impulsionado o crescimento do MMA no mundo e isso abre caminho para as empresas que atuam no segmento. Em meio à popularização do esporte, a empresa mantém um ritmo constante de crescimento há quatro anos.
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7. Rudel
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7/7 (Divulgação)
No início das atividades, em 1991, a produção era de acessórios civis e paramilitares. De lá pra cá, a empresa praticamente revolucionou sua atuação, primeiro ao incorporar a produção de acessórios de fitness e depois, em 2007, ao entrar no segmento de lutas. “Vamos lançar ainda mais produtos voltados ao MMA. A ideia é aproveitar essa onda”, destaca o presidente da Rudel, Mario Garcia. As luvas de combate para box e MMA estão entre os produtos mais vendidos. A comercialização ocorre ou via atacado, por meio de representantes, ou pelo próprio site da empresa. Após a incorporação da linha fight, a empresa apresenta um vertiginoso crescimento. Só no ano passado, quando o MMA começou a virar febre nacional, a Rudel lucrou 36,24% a mais do que em 2010. Parta esse ano a expectativa é de um crescimento também na casa dos 30%.