6 empreendedores que faturam com vendas por assinatura
No mercado, há empresas que oferecem produtos como lentes de contato, vinhos e até cuecas por assinatura
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2012 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h19.
São Paulo – Por meio de uma assinatura mensal é possível receber, na comodidade da sua casa, produtos que você gosta ou precisa. No mercado, há sites especializados em entregar produtos que vão desde vinhos e cervejas a cuecas e sapatos pagos por assinatura. Os sites do tipo começaram a pipocar neste ano e já estão gerando filhotes. É o caso do AssinaMe, um agregador de empresas que oferecem o serviço de vendas por assinatura. Fundado por Fernando Nigri Wolff, o site serve para dar uma dimensão deste mercado e reúne 50 empresas de diversos segmentos como vinhos, roupas para o público feminino, entre outros. “Até o final do ano que vem devemos ter 300 parceiros”, afirma Wolff. É cobrada uma comissão de 10% a 15% de cada venda realizada pelo AssinaMe. Confira nas páginas seguintes seis exemplos de pequenas empresas que faturam com vendas por assinatura.
O Clube da Lente é a venda por assinatura oferecida pela eÓtica. O usuário recebe em casa as lentes de contato pelo período desejado com o frete grátis.“Lembrar de comprar lentes é uma preocupação a mais e no Brasil este serviço não existia ainda”, explica Ballardie. Até 2013, a expectativa é de atrair 100 mil usuários. Com crescimento médio de 40% por mês, é estimado que o número de assinaturas da empresa chegue a mais de 10 mil até o final do ano que vem. Para Ballardie, interessados em investir no mercado de vendas por assinatura devem estar atentos a produtos que os consumidores necessitem. “Invista em produtos que tragam benefícios para o cliente e coisas que tragam alguma facilidade e conforto para o usuário”, conta. A startup eÓtica foi fundada por Bruno Ballardie e Eduardo Baek no final do ano passado e é uma loja virtual de produtos óticos. Recentemente, recebeu um aporte de valor não divulgado da Kaszek Ventures e do investidor-anjo Kai Schoppen, ex-CEO do BrandsClub.
José Augusto Saraiva, proprietário da empresa Vitis Vinifera Comércio Importadora, fundada em 2000, conta que a ideia de criar um clube de assinaturas de vinho surgiu quando percebeu que tinha uma demanda nesse modelo de compra. O site Clube dos Vinhos entrou no ar em maio deste ano. As assinaturas variam de 100 a 300 reais, e o usuário recebe duas, quatro ou seis garrafas de vinho, na sua maioria importados, por mês. O custo do frete está incluído no valor da mensalidade. Para Saraiva, a conveniência de receber periodicamente vinhos em casa e ter alguém que ajude na seleção dos rótulos são as principais vantagens do serviço. Hoje, de acordo com o empresário, o Clube tem aproximadamente mil usuários e ele acredita que esse número possa dobrar. “Mais ou menos metade dos nossos clientes estão fora das capitais. As pessoas têm vantagem de ter acesso aos produtos porque as lojas locais não têm”, explica ele.
Fundado pelas beer sommeliers Kathia Zanatta e Cristiana Bratt, no final de 2011, o CluBeer exigiu um investimento inicial de 200 mil reais. A empresa é especializada em vendas de cervejas especiais por assinatura. O cliente recebe em casa kits com dicas de harmonização e os rótulos que escolher. São quatro kits oferecidos e o preço varia de acordo com a duração da assinatura e a variedade de cervejas especiais. Há opções somente com rótulos nacionais e outras com rótulos internacionais, por exemplo. Cristina explica que os clientes se dividem em três grupos: os apaixonados pela bebida, os curiosos e os presenteadores. A expectativa é de fechar o primeiro ano do negócio com faturamento superior a 2 milhões de reais, mais de 5 mil associados e 50 mil kits entregues.
Com investimento inicial de 50 mil reais, os sócios Carlos Eduardo Manssur e Diogo Vernier criaram, em abril deste ano, o Rabixo, site que vende assinaturas de acessórios masculinos como cuecas e meias. “São produtos que eu não lembro de comprar ou que perco tempo e são necessários”, explica Manssur. A empresa trabalha com marcas como Lupo, Mash, Zorba, Cavalera, Gillette e Adidas. A marca teve como inspiração o site norte-americano Manpacks. Hoje, a empresa conta com 300 assinantes, com idade de 25 a 35 anos. Em junho, os sócios fundadores do Kekanto, Bruno Yoshimura e Allan Panossian, investiram 100 mil reais na startup. O faturamento até o final deste ano é de 200 mil reais e a assinatura depende do produto escolhido, podendo custar a partir de 24 reais.
A startup, uma das pioneiras do ramo no Brasil, foi fundada em 2011 por Olivier Grinda, Fabrice Grinda, Carlos Martin e Jose Marin e começou atuando no segmento de calçados por assinatura. Hoje, a marca trabalha também com bolsas, bijuterias e óculos. A usuária desembolsa 99,99 reais por mês e recebe em casa uma seleção de objetos selecionados de acordo com o seu perfil. As expectativas deste ano é vender mais de 55 mil produtos, o que geraria aproximadamente 5,5 milhões de reais de faturamento.
A Glambox chegou ao Brasil em janeiro deste ano. Presente em países como China, Rússia, Austrália, África do Sul e Hong Kong, a empresa oferece um serviço online de assinatura mensal de cosméticos. A usuária paga 50 reais mensais e recebe em casa todos os meses uma caixa com cinco miniaturas de produtos de beleza de marcas como Lancôme, La Roche-Posay, Shiseido, Calvin Klein, Versace, entre outras. Para Fernando Leal, diretor executivo da marca, um dos principais desafios de trabalhar com vendas por assinatura é o de manter o nível de qualidade profissional. “É preciso investir na melhor operação possível, além do cuidado e respeito com as assinantes e as marcas”, explica. A marca tem curadoria da Princesa Paola de Orleans e Bragança e até o final deste ano, de acordo com Leal, estima chegar 10 mil assinantes por mês.
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