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4 perguntas essenciais antes de investir em franquias

A análise financeira e a escolha do ponto são fatores determinantes para o sucesso do negócio

Casal com cara de cansaço e dúvida (Divulgação/Imovelweb)

Casal com cara de cansaço e dúvida (Divulgação/Imovelweb)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 06h00.

São Paulo – Segurança, marca consolidada e suporte. O negócio das franquias não poderia ser mais sedutor para os empreendedores que estão começando a própria empresa. Ao lado dos fatores positivos, no entanto, estão os desafios diários que os franqueados precisam lidar e os riscos envolvidos no negócio.

Para chegar ao sucesso, o empresário deve ir além do investimento financeiro e dedicar tempo para fazer a franquia dar certo. “Não acredite no equívoco de que o negócio pode se desenvolver sozinho. O franqueado é parte do tripé da operação, que inclui o próprio negócio e o ponto comercial”, explica Lyana Bittencourt, diretora de marketing e relacionamento do grupo Bittencourt. 

Para Thais Kurita, especialista em franquias da KBM Advogados, a curva de amadurecimento das franquias é menor, mas isso não acaba com o trabalho duro. “Muitos franqueados têm a falsa impressão de que encontraram a fórmula mágica e nunca vão falir”, diz. Veja abaixo 4 cuidados essenciais antes de escolher uma franquia. 

1. Você tem capacidade financeira?

O valor de investimento inicial que as redes de franquias costumam divulgar leva em conta apenas o necessário para inaugurar o negócio. Por isso, o franqueado deve ter um caixa de reserva para o período de adaptação do negócio. “Ter o dinheiro justinho é um problema. A Circular de Oferta de Franquias diz que precisa de 100 mil reais para montar a unidade e é todo seu dinheiro. Mas, durante a obra acontecem imprevistos e esse valor é ultrapassado. Quem já reformou sabe como é”, explica Thais. 

Outra dica é tomar cuidado com os financiamentos. “Pegar financiamento pode ser uma boa, mas pode ser a causa de insucesso se ele contar que vai pagar as parcelas já no primeiro mês com o dinheiro da loja. Ter uma reserva de capital diminui os riscos”, afirma a advogada. 


2. Gosta mesmo de operar o negócio?

Há uma diferença entre gostar de um negócio como consumidor e como operador. Por isso, é preciso fazer uma autoanálise e entender até que ponto vai a afinidade pela marca. “Saiba distinguir muito o momento de consumo e o de operação. Você tem que entender se tem afinidade do balcão para dentro. Faça visitas à cozinha, ao estoque, e não necessariamente ao ambiente de consumo, porque não vai mais ser o seu momento”, diz Lyana.

É papel tanto do franqueado quanto do franqueador acertar o perfil para o negócio. “Na Circular de Oferta de Franquias, o franqueador tem que ser muito objetivo em relação ao tipo de perfil e o franqueado precisa ser honesto com ele mesmo na hora de analisar”, segure Thais. 

3. Encontrou o melhor ponto?

A escolha do melhor ponto comercial é determinante para o sucesso da franquia. “Em alguns negócios é um ponto crítico e não se deve ter pressa nessa decisão”, diz Lyana. A escolha do ponto deve ser consciente e estar dentro do planejamento financeiro. “É importante ter clareza na tomada de decisão sobre qual é o seu limite de investimento”, indica a consultora.

4. O franqueador é confiável?

Desistir de uma franquia costuma ser motivo para dor de cabeça. Por isso, escolher com calma e consciência o negócio é essencial. Isso inclui verificar a capacidade do franqueador e as autorizações para operar. “Isso faz parte da pesquisa, quanto mais visitas ele puder fazer aos franqueados para entender de fato quanto eles estão satisfeitos, se estão bem abastecidos, e que tipo de suporte existe, mais racional vai ser a decisão”, conclui Lyana. 

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