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4 lições do MercadoLivre para o seu negócio

Como a trajetória da plataforma argentina pode ajudar os novos empreendedores

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Marcos Galperin, CEO do MercadoLivre: "arrisque e enxergue longe para ter uma empresa de sucesso" (Divulgação)

Marcos Galperin, CEO do MercadoLivre: "arrisque e enxergue longe para ter uma empresa de sucesso" (Divulgação)

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Priscila Zuini

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às, 05h00.

São Paulo – Treze países, 62 milhões de usuários, 1,5 mil funcionários e mais de 55 milhões de dólares de lucro líquido. Estes números pertencem ao MercadoLivre, plataforma de compra e venda online e o site mais acessado na América Latina.

O empreendedor por trás deste negócio é Marcos Galperin. O argentino fazia MBA em Stanford quando pensou em criar o site. Fundado em 1999, o negócio resistiu à bolha que acabou com muitas empresas de internet e passou a operar na Nasdaq, em 2007.

Além da plataforma de comércio eletrônico, a empresa inclui uma plataforma de pagamentos online, classificados, uma ferramenta para criação de lojas virtuais e outra de links patrocinados.

Hoje, o MercadoLivre se posiciona como um celeiro de empreendedores e garante que mais de 52 mil famílias na América Latina usam o site como fonte de renda. “Um dos casos mais interessantes de empreendedores que começaram a venda online pelo MercadoLivre talvez seja a Netshoes. Eles já tinham lojas, começaram a vender pela plataforma e agora acho que estão entre os maiores sites de e-commerce do Brasil”, conta Galperin.

Confira as dicas de Galperin para quem quer se dar bem com um negócio próprio.

1. Enxergue longe

O negócio de Galperin começou como um plano de negócios no MBA e virou uma empresa de bilhões de dólares. Segundo ele, o essencial para quem quer ter sucesso com um negócio próprio é enxergar longe. “Muitos empreendedores pensam em curto prazo e isso faz com que se frustrem ou fiquem muito contentes com alguma coisa. É muito importante ter uma visão de longo prazo para realmente construir uma empresa que seja permanente com o tempo e não uma moda que desaparece porque não era sustentável”, sugere.


Ele diz que é comum = tomar decisões que podem ser ruins no curto prazo, mas acabam virando investimentos no longo prazo.

2. Arrisque

A primeira rodada de investimentos que a plataforma recebeu foi de 7,6 milhões de reais, oito meses depois da empresa começar a operar. O investidor surgiu de uma carona. “Sabia de um investidor que estava fazendo muitos investimentos na América Latina e o meu professor conseguiu que eu desse uma carona para ele até o aeroporto. Eu dei a carona, contei o plano de negócios, ele gostou e disse que queria investir”, conta Galperin.

Arriscar-se é, para ele, essencial para fazer algo novo, que chame a atenção do público e dos investidores. “Se ninguém tenta fazer algo distinto, o mundo não muda. E o que todo empreendedor tenta fazer, ao final do dia, é mudar o mundo para melhor”, diz.

3. Inove e mude

Mais do que arriscar para começar uma coisa nova, Galperin defende a inovação permanente na empresa. “Toda empresa quando cresce e tem sucesso tenta manter tudo no lugar. Quando a gente cresceu, o desafio foi seguir buscando as mudanças e a inovação”, explica.


Mudar a cada dia inclui também mudar a visão que o empreendedor tem do próprio negócio, ou seja, ampliar sua atuação e se reposicionar, se for preciso. “Quando começamos, éramos um site de leilões e nossa visão era que as pessoas viessem e não saíssem do site. Agora, nossa visão é oferecer ferramentas para que as pessoas façam comércio eletrônico”, afirma.

4. Segure as contas

Galperin conta que a segunda rodada de investimentos do MercadoLivre foi a mais difícil. No auge da bolha das empresas pontocom, quando várias startups fecharam as portas, o empreendedor negociava um investimento de 46,5 milhões de dólares. “Isso foi na época que a bolha estourou e estivemos perto de não assinar e ter que fechar a empresa”, conta.

O investidor confiou no potencial do negócio e este recurso serviu para garantir a continuidade do negócio. “Esse capital nós conservamos muito bem e usamos para financiar todas as perdas até 2005, quando pela primeira vez tivemos lucro”, explica.

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