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YPF veta diesel barato argentino a brasileiros e uruguaios

Petrolífera quer impedir que veículos dos países vizinhos continuem a cruzar a fronteira para encher o tanque com seu diesel barato

Funcionário trabalham em uma estação de gás da YPF em Buenos Aires, na Argentina (Marcos Brindicci/Reuters/Divulgação)

Funcionário trabalham em uma estação de gás da YPF em Buenos Aires, na Argentina (Marcos Brindicci/Reuters/Divulgação)

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Bloomberg

Publicado em 9 de junho de 2022 às 12h35.

A petrolífera estatal argentina YPF quer impedir que veículos dos países vizinhos continuem a cruzar a fronteira para encher o tanque com seu diesel barato diante do risco de escassez do combustível.

Carros e caminhões com placas estrangeiras não poderão abastecer com diesel normal e serão cobrados muito mais do que os argentinos por diesel premium, disse a YPF em comunicado quarta-feira à noite. A política já começou na região que faz fronteira com Brasil, Uruguai e Paraguai e em Mendoza, que faz fronteira com o Chile.

A Argentina, um perene subsidiador de energia que atualmente fixa os preços do petróleo muito abaixo dos níveis do mercado global, tem preços de diesel entre os mais baratos do mundo, de acordo com a GlobalPetrolPrices.com. Os motoristas no Uruguai, Paraguai, Brasil e Chile pagam mais.

Abastecer as filas de veículos que atravessam fronteiras para encher o tanque na Argentina é um problema para a YPF porque a estatal mal consegue atender a demanda interna, em particular as indústrias de transporte rodoviário e agrícola.

Isso porque a ampla diferença entre os preços locais e globais do petróleo encorajou os produtores na Argentina a exportar em vez de fornecer às refinarias locais. No mercado argentino, o petróleo valia cerca de US$ 60 o barril no primeiro trimestre; O petróleo Brent é negociado atualmente em torno do dobro disso no mercado internacional.

As refinarias compensam o déficit com importações de diesel que se tornaram caras ou difíceis de obter em meio à guerra na Ucrânia.

Executivos da YPF disseram na última teleconferência de balaço que esperam que os preços locais de petróleo subam 10% no segundo trimestre. As refinarias tentam convencer os produtores a manter mais petróleo no país.

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