WhatsApp ajuda até loja de luxo a vender e sai como vencedor da pandemia
Aplicativo tem feito a diferença para os varejistas, disseram executivos no Global Retail Show
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Whatsapp: ferramenta fundamental para manter lojas vivas durante a pandemia da covid-19 (Dado Ruvic/Reuters)
Publicado em 14 de setembro de 2020 às, 20h32.
Última atualização em 14 de setembro de 2020 às, 22h26.
Entre os varejistas brasileiros que vêm conseguindo sobreviver à crise imposta pela pandemia do novo coronavírus, há uma estratégia em comum: o uso do WhatsApp para alcançar o consumidor que está isolado em casa para se proteger da infecção covid-19. O aplicativo de mensagens, comprado pelo Facebook em 2014, tem feito a diferença para comerciantes de todos os portes, segundo executivos que participaram nesta segunda-feira, 14, dos painéis do Global Retail Show, congresso promovido pela consultoria de varejo Gouvêa.
O WhatsApp é o maior facilitador do chamado conversational commerce, o comércio eletrônico que demanda conversa. Pudera. "Os estrangeiros sempre se impressionam com o fato de que o brasileiro, para fechar negócio, precisa de interação", disse o consultor especializado em luxo Carlos Ferreirinha no painel "Aprendendo com as marcas premium", na tarde de hoje. A ampliação dos canais de venda usando o WhatsApp deu tão certo que agora a joalheira Swarovski está testando uma parceria de entrega com o aplicativo Rappi.
"De tendência, a venda pelo WhatsApp se tornou a realidade durante a pandemia", disse Gabriela Comazzetto, diretora de negócios do Facebook, na live "A nova era digital no Brasil". A possibilidade de mandar mensagens de áudio pelo WhatsApp também ajuda a explicar o sucesso do aplicativo no varejo do país — o brasileiro é o maior usuário mundial do recurso. "O consumidor usa a mensageria para negociar condições de pagamento, tirar dúvidas e ter certeza da compra", afirma Comazzetto.
A crise fez com que empresas que nunca sonharam em se digitalizar corressem para vender online, segundo Fábio Coelho, presidente do buscador Google no Brasil. "Agora, tem muito mais gente preparada para usar esse canal. Por isso, acreditamos que a [sexta-feira de promoções em novembro] Black Friday deste ano vai ser melhor do que a dos anos anteriores", disse Coelho.
Por enquanto, o medo de pegar o novo coronavírus ainda tem deixado o consumidor receoso de ir às lojas físicas, segundo Coelho. "Há dados mostrando que os clientes não ficam mais muito tempo desfrutando do ambiente, fazem sua compra e vão embora", afirmou o presidente do Google. Ao comerciante do país, resta aproveitar a oportunidade. "O varejo brasileiro foi um dos que melhor se saíram na crise: se reinventou, priorizou o que é urgente, fez uma transformação digital que em outros países levaria anos. A maior qualidade do empreendedor brasileiro é a adptabilidade, a capacidade de fazer mágica com o recurso que tem."
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