Warren Buffett aumenta a chance da Coty na compra da Avon
Nova proposta de 10,69 bilhões de dólares conta com a participação da holding de investimentos Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 12h26.
São Paulo - A empresa francesa de cosméticos Coty turbinou o poder de fogo na tentativa de comprar a americana Avon. Além de elevar o valor da oferta para 10,69 bilhões de dólares, um aumento de 6,5% sobre a última proposta, a empresa passou a contar com a credibilidade do bilionário Warren Buffett na investida: a Berskhire Hathaway, holding do "Oráculo de Omaha", entrou no grupo de investidores dispostos a financiar parte do negócio.
Em abril, a companhia já havia conseguido uma carta de crédito de 5 bilhões de dólares para dar cabo ao plano. Uma parcela do dinheiro seria concedida pela firma BDT & Co, fundada por Byron Trott. Com uma passagem de 27 anos pelo Goldman Sachs, o executivo era conhecido como um dos banqueiros prediletos de Buffett. A proposta também fora apoiada pelo grupo Joh. A. Benckiser, braço de investimento da família alemã Reimann, que é dona da Coty. Agora, a Berkshire Hathaway entra oficialmente no time.
A necessidade de financiamento para a Coty fazer frente ao eventual aporte fica evidente quando comparado o tamanho das duas companhias. Em seu último ano fiscal, encerrado em junho de 2011, a Coty faturou 4,1 bilhão de dólares. O resultado corresponde a menos da metade da receita de 11,3 bilhões acumulada pela Avon.
Mudança
Se a primeira proposta de compra foi tachada pela Avon como " oportunista e hostil ", desta vez a recepção da companhia parece ter mudado. A empresa divulgou a carta da Coty nesta quinta e afirmou que seu conselho irá avaliar as novas condições.
Caso a Avon não se manifeste até a próxima segunda-feira, a Coty irá cancelar a proposta. Atualmente, ela precifica as ações da empresa em 24,75 dólares. A primeira oferta, feita no começo de abril, avaliava os papéis em 22,25 dólares.
Enquanto não se decide, a Avon segue amargando maus resultados. Nos três primeiros meses do ano, o lucro líquido diminuiu 82% em relação ao mesmo período de 2011, chegando a 26,5 milhões de dólares. As vendas da empresa também caíram 2,6%, atingindo 2,6 bilhões dólares. No Brasil, seu principal mercado, a queda foi de 4%.
No último mês, a executiva Sheri McCoy assumiu a cadeira de CEO para reestruturar as operações da companhia.
São Paulo - A empresa francesa de cosméticos Coty turbinou o poder de fogo na tentativa de comprar a americana Avon. Além de elevar o valor da oferta para 10,69 bilhões de dólares, um aumento de 6,5% sobre a última proposta, a empresa passou a contar com a credibilidade do bilionário Warren Buffett na investida: a Berskhire Hathaway, holding do "Oráculo de Omaha", entrou no grupo de investidores dispostos a financiar parte do negócio.
Em abril, a companhia já havia conseguido uma carta de crédito de 5 bilhões de dólares para dar cabo ao plano. Uma parcela do dinheiro seria concedida pela firma BDT & Co, fundada por Byron Trott. Com uma passagem de 27 anos pelo Goldman Sachs, o executivo era conhecido como um dos banqueiros prediletos de Buffett. A proposta também fora apoiada pelo grupo Joh. A. Benckiser, braço de investimento da família alemã Reimann, que é dona da Coty. Agora, a Berkshire Hathaway entra oficialmente no time.
A necessidade de financiamento para a Coty fazer frente ao eventual aporte fica evidente quando comparado o tamanho das duas companhias. Em seu último ano fiscal, encerrado em junho de 2011, a Coty faturou 4,1 bilhão de dólares. O resultado corresponde a menos da metade da receita de 11,3 bilhões acumulada pela Avon.
Mudança
Se a primeira proposta de compra foi tachada pela Avon como " oportunista e hostil ", desta vez a recepção da companhia parece ter mudado. A empresa divulgou a carta da Coty nesta quinta e afirmou que seu conselho irá avaliar as novas condições.
Caso a Avon não se manifeste até a próxima segunda-feira, a Coty irá cancelar a proposta. Atualmente, ela precifica as ações da empresa em 24,75 dólares. A primeira oferta, feita no começo de abril, avaliava os papéis em 22,25 dólares.
Enquanto não se decide, a Avon segue amargando maus resultados. Nos três primeiros meses do ano, o lucro líquido diminuiu 82% em relação ao mesmo período de 2011, chegando a 26,5 milhões de dólares. As vendas da empresa também caíram 2,6%, atingindo 2,6 bilhões dólares. No Brasil, seu principal mercado, a queda foi de 4%.
No último mês, a executiva Sheri McCoy assumiu a cadeira de CEO para reestruturar as operações da companhia.