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Walmart descarta compra no Brasil em 2011, mas não depois disso

Maior rede varejista vai se concentrar em seu crescimento orgânico no país, antes de fazer aquisições

No início de maio, o Walmart anunciou plano de investir 1,2 bilhão de reais no Brasil neste ano (Wikimedia Commons)

No início de maio, o Walmart anunciou plano de investir 1,2 bilhão de reais no Brasil neste ano (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 13h56.

São Paulo - O Walmart, maior varejista do mundo, não realizará aquisições no Brasil em 2011, mas não decarta a compra de ativos no país no futuro.

Neste ano, o Walmart - tido como potencial interessado na operação brasileira do Carrefour após o colapso da negociação do grupo francês para união com o Pão de Açúcar no mercado local - se concentrará no crescimento orgânico.

"Fizemos duas aquisições entre 2004 e 2005 muito bem calculadas e estruturadas. Para valer a pena, tem que agregar valor suficiente. Outras aquisições desse tipo podem ser estudadas no futuro, mas agora estamos focando no crescimento orgânico", afirmou nesta quarta-feira o presidente da subsidiária brasileira do Walmart, Marcos Samaha.

O executivo se referia às compras das redes varejistas Bompreço e Sonae no Brasil pelo Walmart.

"Desde 2006 nosso foco está na expansão orgânica... Vamos continuar investindo fortemente no Brasil", declarou a jornalistas.

Ao ser questionado sobre o interesse específico nos ativos do Carrefour no Brasil, Samaha disse que não comentaria especulações sobre qualquer aquisição.

Depois, afirmou que não prevê compras no mercado nacional em 2011, mas que eventuais oportunidades poderão ser estudadas no futuro.

No início de maio, o Walmart anunciou plano de investir 1,2 bilhão de reais no Brasil neste ano para abertura de 80 lojas nos 18 Estados em que já atua.

Brasil em foco

Grandes grupos de varejo globais buscam uma posição relevante no crescente mercado brasileiro, diante da estagnação de vendas em seus países-sede.


Na noite de terça-feira, o empresário Abilio Diniz desistiu da proposta de unir o Pão de Açúcar ao Carrefour no Brasil, duas semanas após a apresentação do plano.

O sócio da varejista brasileira, o também francês Casino, se posicionou contra o negócio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cancelou seu apoio à operação.

O fracasso do plano de fusão de Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil --ao menos em seu formato atual-- foi particularmente ruim ao Carrefour, que luta para se recuperar de quatro alertas de lucro feitos em menos de um ano, o mais recente deles nesta quarta-feira.

O Carrefour é o segundo maior varejista do Brasil, atrás justamente do Pão de Açúcar.

Em novembro passado, o Carrefour mais do que triplicou as provisões com sua operação brasileira, para 550 milhões de euros, por irregularidades contábeis na subsidiária.

O grupo francês, que no início deste mês separou sua rede de lojas de descontos Dia para se concentrar na reorganização de seus negócios de hipermercados, já disse anteriormente não ter planos de sair do Brasil.

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