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Volkswagen compra fatia majoritária da Scania

Negócio deixa a Volks a um passo de se tornar líder européia em fabricação de caminhões e fortalece a empresa na disputa com as montadoras japonesas e americanas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Primeira colocada na lista das maiores fabricantes de automóveis da Europa, a alemã Volkswagen ficou, nesta segunda-feira (03/03), a um passo de transformar-se em líder do continente também no ranking de fabricação de caminhões, com a compra de uma fatia majoritária da sueca Scania.

A Volks já tinha uma participação acionária de 17% da Scania, por meio da fabricante de caminhões MAN, da qual a Volks possui 29,9%. O aumento da participação, dessa vez, se dá pela compra dos quase 31% do capital votante da Scania detidos pelo fundo de investimentos Investor, da família Wallenberg, e pela Wallenberg Foundations.

Pela fatia, a Volks pagará um prêmio de 17% por ação, em relação ao preço de fechamento dos papéis da empresa sueca, no pregão da última sexta-feira (29/02). O valor total do negócio chega a 2,8 bilhões de euros e eleva o capital votante da Volkswagen para quase 69%.

A compra aumenta as chances de a empresa alemã fundir a Scania com a MAN assim que desejar. Segundo o jornal britânico Financial Times, a soma das duas companhias com a operação de caminhões da Volks no Brasil e a de vans na Europa resultaria num volume de negócios suficiente para pôr a empresa à frente de sua concorrente Volvo. Também favorece os planos da Volks de ultrapassar as concorrentes General Motors e Toyota, em termos de faturamento mundial, nos próximos anos. A Volkswagen informou ao mercado financeiro, porém, que manterá a Scania listada na bolsa.

Porsche aumenta participação na Volks

Simultaneamente ao negócio entre Volkswagen e Scania, a também alemã Porsche anunciou a decisão de ampliar sua fatia na Volkswagen dos atuais 31% para mais de 50%, num passo que pode defini-la como a empresa responsável por um dos maiores grupos de fabricação de automóveis e caminhões do mundo, com um faturamento anual de 150 bilhões de euros.

A medida depende apenas da aprovação das autoridades de regulação do setor, que podem levar meses para emitir uma decisão. A Porsche deixou claro, entretanto, que não pretende realizar uma fusão com a Volkswagen, mas apenas obter o controle majoritário.

"Nosso objetivo é criar uma das mais fortes e inovadoras empresas automobilísticas do mundo, com capacidade de fazer frente a um ambiente internacional cada vez mais competitivo", afirmou ao periódico nova-iorquino Wall Street Journal o executivo-chefe da Porsche, Wendelin Wiedekin.

Os rumores de um interesse da Porsche por ampliar sua participação na Volks já circulavam no mercado há tempos e, para muitos, a medida tem também a finalidade de proteger a Volkswagen de uma eventual oferta de estrangeiros.

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