Vivix, fábrica de vidros do Grupo Cornélio Brennand, investe R$ 1,3 bilhão em PE
Dona de 13% das vendas de vidros planos no Brasil, empresa pernambucana vai dobrar capacidade produtiva e espera receita de R$ 900 milhões em 2022
Leo Branco
Publicado em 27 de junho de 2022 às 12h00.
Última atualização em 27 de junho de 2022 às 13h05.
Uma das principais fábricas de vidros planos com capital 100% nacional, a pernambucana Vivix Vidros Planos anuncia um investimento de R$ 1,3 bilhão na expansão da fábrica de Goiana, nos arredores de Recife.
Fundada em 2011, a Vivix faz parte do grupo econômico ao redor da família Brennand, um dos mais diversificados da Região Nordeste.
Com mais de 100 anos, o Grupo Cornélio Brennand (GCB) começou as atividades no setor cerâmico, com olarias espalhadas por Pernambuco. Ao longo da história, diversificou as atividades ao entrar na produção de porcelanas e azulejos, além de manter negócios na cadeia sucroalcooleira.
O tamanho da Vivix
A obra para expansão da fábrica da Vivix deve gerar 4 mil empregos e ficar pronta em 2025. A ser erguida ao lado da planta atual, a unidade deverá colaborar para a Vivix empregar 600 pessoas diretamente e chegar a 2,4 mil empregos indiretos.
A nova fábrica terá um forno com capacidade de mil toneladas por dia — o maior do país e um dos maiores do mundo, de acordo com a empresa.
O investimento deve mais que dobrar a capacidade atual de produção de vidros da Vivix, de 900 para 1,9 mil toneladas por dia, diz Henrique Lisboa, presidente da Vivix.
Em 2022, a Vivix espera receitas na casa de R$ 900 milhões, uma expansão de 12% na comparação com o resultado do ano passado.
O mercado de vidros no Brasil
A Vivix tem fatia de 13% das vendas de vidros planos no Brasil, um mercado com forte presença de competidores estrangeiros — a japonesa AGC, a americana Guardian e a francesa Saint-Gobain estão entre as principais concorrentes.
“A expansão da Vivix sempre fez parte do nosso planejamento estratégico. Realizamos algumas pesquisas na época que demonstravam o elevado potencial existente no País, e sobretudo na Região Nordeste, para o consumo de vidro plano. O vidro plano é um material de tendência, utilizado já há muito tempo em países desenvolvidos em uma escala maior que no Brasil", diz Lisboa, que está a frente da Vivix desde a abertura da primeira fábrica, em 2011.
Antes, passou dez anos como executivo comercial e de marketing do GCB após passagens pelas áreas comerciais e de operações de Bunge, PepsiCo e ExxonMobil.
Os planos pós-expansão
"Aqui no país, percebemos a presença crescente do vidro, porém com um consumo per capita baixo em comparação com alguns países da Europa e com os Estados Unidos, o que demonstra o enorme potencial existente. Acreditamos que o mercado está evoluindo a cada ano.”
Os produtos fabricados em ambas as plantas serão comercializados em todas as regiões do Brasil, e uma parcela será destinada à exportação. Assim como a primeira, a nova planta também utilizará o método “Mine to Line”, que consiste em controlar a fabricação do vidro plano a partir da extração das matérias-primas em minas próprias. Para isso, a Vivix possui uma usina de beneficiamento situada no município de Pedras de Fogo, no estado vizinho da Paraíba.
A indústria produz vidros planos destinados a atender aos mercados de construção civil, decoração e moveleiro, com moderna tecnologia e alto padrão de qualidade. Fazem parte do portfólio da empresa os vidros planos incolores e coloridos (VIVIX Colora), laminados (VIVIX Lamina), espelhos (VIVIX Spelia), pintados (VIVIX Decora) e proteção solar (VIVIX Performa).
Atualmente, os dois principais negócios do GCB são a Vivix e a Atiaia Energia, de geração através de fontes renováveis.
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