Vinci Partners negocia compra de projeto de transmissão de energia
Se o negócio for fechado, a Vinci somaria o empreendimento a uma concessão para a construção de linhas já arrematada pela gestora em um leilão de 2016
Reuters
Publicado em 12 de julho de 2018 às 15h42.
Última atualização em 12 de julho de 2018 às 15h42.
São Paulo - A gestora de recursos Vinci Partners está em negociações avançadas para a aquisição de uma concessão para a construção de uma linha de transmissão de energia em Minas Gerais que deve demandar investimentos de quase 100 milhões de reais, segundo documento visto pela Reuters.
A transação envolve a compra por dois fundos controlados pela Vinci de um projeto arrematado por um consórcio liderado pela Empresa Construtora Brasil (ECB) em um leilão realizado pelo governo federal em 2016.
O negócio vem em meio a um forte interesse de investidores pelo setor de transmissão no Brasil-- os últimos leilões de concessões para a construção de novas linhas atraíram forte interesse de muitas empresas nacionais e estrangeiras e registraram intensa competição pelos empreendimentos oferecidos.
A ECB e sua sócia Mota Engil, com apenas 1 por cento do negócio, aceitaram vender à Vinci a totalidade do projeto que arremataram, o lote 5 do certame de 2016, que prevê a construção de uma linha de transmissão de 165 quilômetros em Minas Gerais, em 500kv.
Segundo documento visto pela Reuters, as empresas pediram aval prévio à Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) para a transação, que tem previsão de ser fechada em meados de agosto.
A concessão seria transferida para os fundos de investimento em participações (FIPs) Trans Infra e Trans Coinvest, ambos da Vinci.
Se o negócio for fechado com sucesso, a Vinci somaria o empreendimento a uma concessão para a construção de linhas já arrematada pela gestora em um leilão de 2016. Esse projeto da Vinci Partners tem investimento estimado de cerca de 270 milhões de reais para a implementação de duas linhas entre Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco com 198 quilômetros em extensão.
Procurada, a Vinci Partners disse que não iria comentar. A ECB também disse que não iria comentar. Não foi possível contato com a Mota Engil.
A ECB é uma construtora com atuação em diversos segmentos de infraestrutura, como rodovias e ferrovias, entre outros, segundo informações do site da companhia.
Já a Vinci tem aumentado o interesse por ativos no setor de energia-- a empresa está de olho em aquisições e privatizações de elétricas, incluindo a estatal paulista Cesp .