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Venezuela detém 10 pessoas por alterar números da PDVSA

"Estamos falando de um prejuízo patrimonial de US$ 1.156.900.000 para efeito de barris de petróleo não produzidos", afirmou o procurador-geral do país

PDVSA: autoridades estimam que o Estado pagou US$ 266 milhões em royalties "por petróleo contabilizado, mas que não existe" (Wilfredor/Wikimedia Commons)

PDVSA: autoridades estimam que o Estado pagou US$ 266 milhões em royalties "por petróleo contabilizado, mas que não existe" (Wilfredor/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 17h58.

Caracas - O procurador-geral da Venezuela, Tareq Saab, informou nesta segunda-feira que 10 pessoas foram detidas e que foi emitida uma ordem de captura para outras duas pela alteração de números de produção de petróleo da companhia estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), o que causou um prejuízo patrimonial ao país de mais de US$ 1 bilhão.

"Estamos falando de um prejuízo patrimonial de US$ 1.156.900.000 para efeito de barris de petróleo não produzidos (...). Esta alteração intencional de números de produção de petróleo ocorreu a partir do ano de 2014, período no qual foi causado um prejuízo" que afetou a indústria e a economia nacional, afirmou Saab em entrevista coletiva.

Além disso, as autoridades venezuelanas estimam que o Estado pagou US$ 266 milhões em royalties "por petróleo contabilizado, mas que não existe" e que as fraudes causaram um "déficit no caixa financeiro da PDVSA que pagou, sem dispor dos recursos, aproximadamente US$ 21 milhões".

O procurador-geral detalhou que a "maquiagem" dos números vinha sendo realizada nos processos de exploração e produção de petróleo na PDVSA Oriente, que mostrava "uma falsa eficiência e falsos níveis de comercialização".

Segundo Saab, a finalidade dessas alterações era "modificar o número de produção fiscalizada, obter um pagamento por royalties e, assim, aumentar o orçamento atribuído", o que, segundo o procurador, que ocasionou um "déficit no caixa financeiro da PDVSA".

Nesse sentido, as responsabilidades recaem sobre os gerentes vinculados à produção e à exploração na PDVSA Oriente, que, segundo Saab, estão sendo acusados pelos crimes de "descumprimento do regime especial de zona de segurança, peculato e formação de quadrilha".

Saab, que foi designado em agosto como procurador-geral da Venezuela pela governista Assembleia Nacional Constituinte (ANC), garantiu que, durante a sua gestão, averiguará todos os casos de corrupção no país e, nesse sentido, já iniciou investigações na PDVSA e em outras entidades.

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