Vendas fracas pressionam Nestlé a acelerar reestruturação
Desde que assumiu o controle da fabricante do KitKat e do café Nescafé em janeiro, Schneider enfrentou pedidos para que melhore sua performance
Reuters
Publicado em 27 de julho de 2017 às 11h52.
Última atualização em 27 de julho de 2017 às 11h53.
Zurique - A Nestlé reduziu a previsão de vendas para 2017 para o que seria o crescimento mais fraco em 20 anos, alimentando os pedidos para que o presidente-executivo, Mark Schneider, acelere a remodelação de um dos maiores grupos alimentícios do mundo.
Desde que assumiu o controle da fabricante do KitKat e do café Nescafé em janeiro, Schneider enfrentou pedidos para que melhore sua performance, apelos liderados pelo investidor ativista Daniel Loeb, cujo fundo de hedge norte-americano revelou que tem uma fatia de 3,5 bilhões de dólares em junho.
Empresas de alimentação globais enfrentam uma diminuição das vendas, com o paladar dos consumidores mudando, e a Nestlé tem sido acusada de responder mais lentamente do que rivais como Unilever e Danone, que adquiriram empresas com produtos voltados aos millenials, que se preocupam com a saúde.
A Nestlé refletiu estas dificuldades na quinta-feira, quando disse que espera que o crescimento das vendas em 2017 esteja "na parte inferior" de sua faixa estimativa de 4 a 2 por cento.
Embora o lucro da Nestlé no primeiro semestre tenha subido 19 por cento, para 4,9 bilhões de francos suíços, superando a estimativa média de 4,83 bilhões de francos obtida em uma pesquisa da Reuters, suas ações recuaram 1 por cento, com analistas considerando o resultado fraco.
A Nestlé disse que suas vendas orgânicas, o que inclui aumento nos volumes e preços, cresceram 2,3 por cento no primeiro semestre, a mesma taxa do primeiro trimestre, reduzindo as estimativas dos analistas, de 2,8 por cento, e desacelerando ante os 3,5 por cento do ano anterior.