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Venda de fatias em refinarias da Petrobras pode incluir terminais

A empresa não irá se desfazer inteiramente de ativos, segundo diretor, que explicou que os negócios na área de refino vão buscar sempre parcerias

Refinaria: "Iremos compor ativos de refino e ativos de logística para que isso faça sentido econômico para o sócio" (Fernando Lemos/Veja Rio/Reprodução)

Refinaria: "Iremos compor ativos de refino e ativos de logística para que isso faça sentido econômico para o sócio" (Fernando Lemos/Veja Rio/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 19h46.

Rio de Janeiro - A Petrobras planeja apresentar ao Conselho de Administração até o fim deste ano um modelo de venda de participações em refinarias em conjunto com terminais e dutos que façam sentido aos possíveis investidores e agreguem valor aos ativos, afirmou nesta segunda-feira o diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino.

"Iremos compor ativos de refino e ativos de logística para que isso faça sentido econômico para o sócio", afirmou o executivo, após apresentar uma palestra no congresso de petróleo Rio Oil & Gas.

A empresa, entretanto, não irá se desfazer inteiramente de ativos, segundo Celestino, que explicou que os negócios na área de refino vão buscar sempre parcerias. Isso porque a empresa busca operar de forma integrada, em todos os elos da cadeia de petróleo.

"Quem está operando de forma integrada é que tira o maior valor... em parceria ou em operação própria", disse Celestino.

A possibilidade de abrir mão da operação das refinarias, segundo Celestino, será discutida com os sócios.

Questionado se esses ativos poderiam atrair interesse da Total, com quem a Petrobras fechou parceria nesta segunda-feira, o executivo explicou que ainda não começou a negociar o modelo com o mercado.

O executivo explicou que o modelo de vendas, que está em fase final de elaboração, prevê a criação de empresas que agreguem os ativos de refino e logística.

Ainda não está fechado o número de empresas que podem ser criadas e quais os ativos que poderão fazer parte nesse negócio.

Em sua palestra, o executivo explicou que o Brasil não tem uma vocação para exportar combustíveis de forma estrutural e que as exportações pontuais que ocorrem são devido a janelas de mercado que aparecem eventualmente.

"Construir refinaria para exportação de forma estrutural dificilmente terá viabilidade no Brasil", afirmou Celestino.

A estatal tem uma meta de desinvestimentos de 19,5 bilhões de dólares para o biênio de 2017 e 2018, após uma meta de 15,1 bilhões projetados em vendas de ativos entre 2015 e 2016.

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