Venda de ativos pode levar lucro da Petrobras a R$ 20 bilhões
A petroleira divulga nesta quinta-feira, 1º, seu balanço financeiro após o fechamento do mercado, com faturamento de 90 bilhões de reais entre abril e junho
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2019 às 06h47.
Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 07h18.
A Petrobras divulga nesta quinta-feira, 1º, seu balanço financeiro após o fechamento do mercado. A expectativa de analistas ouvidos por EXAME é que a petroleira apresente ganhos substanciais de lucro, diante da alta do barril do petróleo e da venda de ativos.
A média projetada para o resultado líquido no segundo trimestre é de 8,5 bilhões de reais, quase o dobro do registrado em período imediatamente anterior. A cifra pode alcançar ainda 20 bilhões de reais se houver o reconhecimento da venda de ativos. Os ganhos de capital provenientes do desinvestimento na BR Distribuidora devem ser reconhecidos no terceiro trimestre.
A receita deve ficar na casa dos 90 bilhões de reais de abril a junho; o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ( Ebitda ) estimado é de 32 bilhões de reais no intervalo. Com isso, espera-se que a petroleira apresente uma redução do endividamento no segundo trimestre.
O cenário global tem beneficiado os produtores do setor. A decisão de manutenção dos cortes de oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) ao longo do primeiro semestre impulsionou os preços do Brent. Em abril, as cotações atingiram picos de até 75 dólares por barril. Atualmente, os preços giram em torno de 65 dólares.
O Departamento de Energia dos Estados Unidos reportou ainda nesta quarta-feira, 31, queda dos estoques, o que deve trazer pressão adicional às cotações.
Neste cenário, é possível que as margens da Petrobras tenham sido afetadas no segmento de combustíveis, já que a importação da empresa é significativa e, com as cotações do barril elevadas, os custos tendem a crescer.
Analistas veem um avanço da produção de petróleo cru da Petrobras no segundo semestre, diante da expansão contínua dos volumes na camada pré-sal, que hoje já representa pouco mais da metade da produção da companhia. A expectativa é que a empresa continue apresentando aumento da produtividade nestes campos, prioridade número um da petroleira para o médio prazo.