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VCP e Ahlstrom criam parceria para produzir papéis especiais

Companhia finlandesa deterá 60% da joint venture, que utilizará as instalações da VCP em Jacareí (SP)

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Votorantim Papel e Celulose (VCP) e a finlandesa Ahlstrom Corporation anunciaram a criação de uma joint venture para a produção de papéis especiais. A Ahlstrom vai deter 60% da parceria, que utilizará as instalações da VCP em Jacareí. Pela participação, a finlandesa desembolsará 238 milhões de reais. A parceria deve ser concluída durante o terceiro trimestre. Até lá, as operações das empresas continuarão segregadas. Ao final de dois anos, a Ahlstrom tem a opção de comprar a participação da VCP.

A planta na qual a sociedade será baseada tem capacidade para produzir 105.000 toneladas anuais de papéis não revestidos e 80.000 toneladas de revestidos. A produção de papéis especiais será focada no mercado de auto-adesivos e de embalagens flexíveis.

Em Jacareí, a VCP também possui uma unidade de produção de celulose de eucalipto, que não integrará a parceria. De acordo com comunicado à imprensa, a empresa afirma que o acordo "faz parte da estratégia da VCP de focar o crescimento em larga escala da produção de celulose de mercado e reposicionar estrategicamente os negócios de papéis." No ano passado, a planta de papéis especiais de Jacareí respondeu por 273 milhões de reais de faturamento, o equivalente a 9% do total obtido pela VCP.

Segundo comunicado da Ahlstrom divulgado nesta quarta-feira (9/5), pelo acordo, a VCP também vai fornecer a celulose de eucalipto para as operações da joint venture a preços de mercado. "A parceria nos permitirá entrar nos crescentes mercados de adesivos e embalagens da América Latina. Além disso, ela fortalecerá nossa posição como líder global no segmento de papéis especiais. Após a conclusão do acordo, a América Latina vai gerar aproximadamente 10% das vendas líquidas da Ahlstrom", afirmou Jukka Moisio, presidente da empresa.

A Ahlstrom espera que os negócios mundiais com papéis especiais cresçam 3% a 4% neste ano. Já a América Latina e a Ásia devem apresentar taxas de expansão de dois dígitos. A empresa possui fábricas em cerca de 20 países. No ano passado, seu faturamento líquido foi de 1,6 bilhão de euros (cerca de 2,1 bilhões de dólares).

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