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VarigLog se exime de obrigações da Varig e diz recorrer de bloqueio

Empresa declara acreditar em retomada dos 75 milhões de dólares retidos pela Justiça do Rio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Em comunicado emitido nesta quarta-feira (2/8), a VarigLog declarou que não tem responsabilidade pelas dívidas trabalhistas da Varig, empresa que adquiriu em leilão em 20 de julho. Argumentando ter comprado apenas a marca e parte da aérea, a ex-subsidiária da Viação Aérea Rio-Grandense afirmou que está recorrendo, com medidas legais, para reverter o bloqueio de 75 milhões de dólares que haviam sido investidos na chamada "nova Varig".

O bloqueio foi decretado pela Justiça do Rio de Janeiro para assegurar o pagamento de verbas rescisórias a funcionários demitidos, estimadas em 300 milhões de reais. "A VarigLog é solidária com a angústia de funcionários e credores, mas não pode ser responsabilizada por estes passivos, que são de responsabilidade da Viação Aérea Rio-Grandense", diz a companhia na nota. A empresa afirma também que os 75 milhões de dólares, aporte inicial exigido pela Justiça após a venda da Varig, devem ser utilizados apenas para despesas operacionais. "As dívidas da Viação Aérea Rio-Grandense S.A. têm sua fonte de pagamentos prevista no plano de reestruturação e não podem ser pagas pelos recursos operacionais da Varig", segue o comunicado.

De acordo com a nota, a VarigLog trabalha ainda para apressar o homologação de operação da "nova Varig" no transporte aéreo, concedida pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). Para as novas operações, haverá um investimento de 485 milhões de dólares e a ampliação da frota - das atuais 10 para 45 aeronaves. "Esses investimentos ensejarão a recuperação do quadro de recursos humanos da Varig, com contratações de funcionários destinados a operar uma companhia aérea de grande porte".

Operações

Também nesta quarta-feira (2/8), a Varig anunciou que manterá as atividades reduzidas até 24 de agosto.

Atualmente a companhia opera com 10 aviões, mantendo rotas para São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador, Recife, Manaus, Frankfurt e Buenos Aires, além de vôos extras para Europa e América do Sul e um diário para Miami e Nova York em dias alternados.

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