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Grupo Vamos, da JSL, paga R$ 43,3 milhões por personalizadora de caminhões

BMB LatAm é considerada chave fundamental para os processos de internacionalização da companhia na América Latina

Exclusividade: BMB só trabalha com veículos MAN/Volkswagen há 18 anos (Volkswagen/Divulgação)

Exclusividade: BMB só trabalha com veículos MAN/Volkswagen há 18 anos (Volkswagen/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 23 de junho de 2021 às 10h11.

O Grupo Vamos, empresa de locação e concessionárias da JSL, anunciou a aquisição da BMB LatAm, companhia focada na personalização de caminhões e ônibus MAN/Volkswagen – que corresponde a 21% de todos veículos vendidos pelo fabricante nas últimas duas décadas. Para fechar negócio, foram pagos 43,3 milhões de reais (46,9 milhões de reais em valor patrimonial) por 70% de participação.

Com essa movimentação, o Grupo Vamos aumenta a verticalização do negócio, já que não precisará mais comprar caminhões e ônibus produzidos sob medida, o que adiciona duas camadas de eficiência à cadeia. Também há interesse na atuação da BMB no México, que, embora represente apenas 5% do faturamento nos últimos doze meses, adianta os processos de internacionalização da região.

No ano passado, a companhia da JSL confirmou o maior pedido da história de caminhões e ônibus MAN/Volkswagen, com 1.350 unidades – naquela época, cerca de 60% da frota com 14.000 veículos do Grupo Vamos eram do fabricante, que também é um dos maiores acionistas da Vamos. E, com essa aquisição confirmada, a expectativa é de que as duas companhias se aproximem ainda mais.

No acumulado dos últimos doze meses, de junho de 2020 a maio de 2021, a BMB teve receita bruta de 98,4 milhões de reais, o que representa um crescimento de 43% em relação ao exercício de 2020. E, no acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, a personalizadora reportou receita de 52,6 milhões (aumento de 130% em relação ao período de 2020) e caixa líquido de 3,6 milhões de reais.

Por outro lado, o Grupo Vamos fechou o ano passado com recorde no lucro líquido: 179,2 milhões de reais, o que representa crescimento de 26,3% em relação a 2019. Neste período, a empresa firmou 407 novos contratos de locação, aumento de 123,6% em relação ao ano anterior, e fechou com backlog (receita futura contratada) de 3,1 bilhões de reais, o que representa acréscimo de 44,3%.

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