Vales-presente dão alento para varejo americano neste final de ano
Como muitos vales nem são resgatados, as lojas podem acabar recebendo uma injeção de dinheiro grátis
Denyse Godoy
Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 11h49.
Vales-presente estão proporcionando a varejistas dos Estados Unidos um fluxo de caixa muito necessário no encerramento de um ano tão difícil.
Os americanos devem comprar mais vales-presente do que nunca: a estimativa é que os gastos com o item aumentem 19% nesta temporada de Natal em relação ao ano passado, de acordo com o serviço de pagamentos Blackhawk Network. Mais da metade dos consumidores americanos dizem que comprarão mais vales nesta temporada do que nos anos anteriores. O plano é comprar 10 vales em média, o dobro do ano passado. E, com bilhões de dólares em vales-presente que não são resgatados anualmente, esse boom das vendas poderia se traduzir em dinheiro essencialmente grátis para varejistas no meio do trimestre mais importante do ano.
Consumidores tem redirecionado o dinheiro antes gasto com viagens e experiências durante a pandemia de coronavírus. Além disso, um vale-presente viaja facilmente pelo correio durante a temporada de festas de distanciamento social. O aumento das vendas é um bom presságio para varejistas, especialmente os "não essenciais" como Macy’s e Nordstrom, que ainda tentam recuperar a receita perdida enquanto as portas estavam fechadas no início deste ano.
"Este ano deve ser muito forte para os vales-presente", disse Steve Sadove, consultor sênior da Mastercard e ex-CEO da Saks. Ele disse que as pessoas que podem estão dispostas a gastar. "O que vemos é a resiliência dos consumidores."