Vale sugere ferrovia conjunta de mineradoras na Austrália
Empresa quer reduzir custos em conjunto para acelerar desenvolvimento de projetos de carvão na Bacia Galilee
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2011 às 09h01.
Sidney - A Vale SA, maior exportadora mundial de minério de ferro, disse que as mineradoras interessadas em investir US$ 32 bilhões em projetos de carvão na Bacia Galilee, na Austrália, deveriam construir uma ferrovia em conjunto para reduzir custos e acelerar o desenvolvimento.
“Certamente, antes do final do próximo ano, precisamos estar alinhados com uma solução ferroviária”, disse Jason Economidis, diretor de projetos da Vale Austrália, em entrevista hoje em Brisbane. “Se não chegarmos a uma solução para porto e ferrovia, fica muito difícil desenvolver a mina.”
Gina Rinehart, pessoa mais rica da Austrália, e o bilionário Clive Palmer estão entre os interessados em desenvolver minas de carvão na Bacia Galilee para atender à demanda asiática pelo material. A Vale deve gastar US$ 8 bilhões no desenvolvimento do projeto Degulla na região, com capacidade para 30 milhões de toneladas anuais.
“Se todos os envolvidos construírem sua própria ferrovia, custaria mais de US$ 4 bilhões cada”, disse Economidis durante uma apresentação. “Baseado nas margens baixas associadas com o carvão térmico, corredores ferroviários individuais têm pouca possibilidade de serem viáveis”, segundo a apresentação dele.
A Hancock Prospecting Pty., da Rinehart, está desenvolvendo um projeto de US$ 10 bilhões com a GVK Power & Infrastructure Ltd., da Índia, que deve ter sua primeira produção de carvão em 2015. Palmer está planejando o projeto China First, de US$ 8,1 bilhões. A Adani Enterprises Ltd., maior importadora de carvão da Índia, deve gastar US$ 6,5 bilhões na mina Carmichael.
Demanda por carvão
Rinehart e Palmer propõem individualmente construir perto de 500 quilômetros de ferrovias para transportar o carvão até o proto de Abbot Point. Adani também está explorando suas próprias opções ferroviárias, disse ontem Jignesh Derasari, presidente da divisão de mineração da companhia na Austrália.
Empresas australianas planejam investimentos de cerca de 430 bilhões de dólares australianos (US$ 421 bilhões) em novos projetos para atender a demanda da China, maior consumidor do produto exportado pelo país. Os preços do carvão térmico devem subir nos próximos dois anos, sustentados pela demanda na Ásia, disse o Credit Suisse Group AG em relatório em 4 de outubro.
A Vale está investindo US$ 24 bilhões globalmente este ano em reservas naturais, incluindo o desenvolvimento de minas de carvão na Colômbia e Moçambique. A Vale quer ampliar a produção de carvão para 40 milhões de toneladas até 2016, para fazer do material a terceira fonte de receita depois do minério de ferro e dos fertilizantes.
Sidney - A Vale SA, maior exportadora mundial de minério de ferro, disse que as mineradoras interessadas em investir US$ 32 bilhões em projetos de carvão na Bacia Galilee, na Austrália, deveriam construir uma ferrovia em conjunto para reduzir custos e acelerar o desenvolvimento.
“Certamente, antes do final do próximo ano, precisamos estar alinhados com uma solução ferroviária”, disse Jason Economidis, diretor de projetos da Vale Austrália, em entrevista hoje em Brisbane. “Se não chegarmos a uma solução para porto e ferrovia, fica muito difícil desenvolver a mina.”
Gina Rinehart, pessoa mais rica da Austrália, e o bilionário Clive Palmer estão entre os interessados em desenvolver minas de carvão na Bacia Galilee para atender à demanda asiática pelo material. A Vale deve gastar US$ 8 bilhões no desenvolvimento do projeto Degulla na região, com capacidade para 30 milhões de toneladas anuais.
“Se todos os envolvidos construírem sua própria ferrovia, custaria mais de US$ 4 bilhões cada”, disse Economidis durante uma apresentação. “Baseado nas margens baixas associadas com o carvão térmico, corredores ferroviários individuais têm pouca possibilidade de serem viáveis”, segundo a apresentação dele.
A Hancock Prospecting Pty., da Rinehart, está desenvolvendo um projeto de US$ 10 bilhões com a GVK Power & Infrastructure Ltd., da Índia, que deve ter sua primeira produção de carvão em 2015. Palmer está planejando o projeto China First, de US$ 8,1 bilhões. A Adani Enterprises Ltd., maior importadora de carvão da Índia, deve gastar US$ 6,5 bilhões na mina Carmichael.
Demanda por carvão
Rinehart e Palmer propõem individualmente construir perto de 500 quilômetros de ferrovias para transportar o carvão até o proto de Abbot Point. Adani também está explorando suas próprias opções ferroviárias, disse ontem Jignesh Derasari, presidente da divisão de mineração da companhia na Austrália.
Empresas australianas planejam investimentos de cerca de 430 bilhões de dólares australianos (US$ 421 bilhões) em novos projetos para atender a demanda da China, maior consumidor do produto exportado pelo país. Os preços do carvão térmico devem subir nos próximos dois anos, sustentados pela demanda na Ásia, disse o Credit Suisse Group AG em relatório em 4 de outubro.
A Vale está investindo US$ 24 bilhões globalmente este ano em reservas naturais, incluindo o desenvolvimento de minas de carvão na Colômbia e Moçambique. A Vale quer ampliar a produção de carvão para 40 milhões de toneladas até 2016, para fazer do material a terceira fonte de receita depois do minério de ferro e dos fertilizantes.